No carro blindado Johnny, Isis e Isaac sentaram no banco de trás e James na frente.
Johnny montou nas pernas da Tia e a abraçou muito e ela o envolveu e o acariciou apertando como quisesse dizer que nunca mais ele sairia dos braços dela.
- Ah meu amor. Pronto, estamos aqui. Graças a Deus. Nunca mais ele vai chegar perto de você. Você vai ficar bem, vai ficar tudo bem.
Isaac juntou-se a eles e também, acariciou o menino que passou imediatamente para o abraço de Isaac ficando de joelhos no banco do carro.
Johnny estava tão aliviado de poder sentir o abraço e os carinhos deles novamente que nem reclamou de ser apertado e babado por tantos beijos. Afinal, poderia pegar mal para um homem como agir como um bebê com saudades. Mas, era muito bom estar com eles novamente.
O pai de coração o beijou a cabeça e respirou aliviado, soltando um gemido grave que fez Johnny deitar a cabeça no peito dele.
- Ah, Johnny. Nós tivemos tanto medo. Mas, graças a Deus acabou. Você foi incrível ligando para sua tia. Valeu a pena insistir para você aprender os números. Ele fez alguma coisa com você? Agora não precisa conversar, mas quando estiver pronto, quero que me conte tudo. Ele te ameaçou?
- Não ameaçou. Ele me enganou, pai. Ele disse que vocês estariam no Canadá e que a tia Isis estava ocupada. Eu ouvi você falar no Whatsapp que era pra eu ir com ele. Aí eu fui. Foi legal.
- Como assim, foi legal? - Perguntou Isis confusa.
- Foi legal. A gente viajou de carro, conversou, ouvirmos música, cantamos. Ele até cuidou de mim quando eu fiquei doente. Eu aprendia a dirigir. Só que eu liguei pra você e você chorou e o Ike gritou. Então, eu vi que ele não tinha falado nada pra vocês. Ele ficou zangado e começou a gritar. Eu gritei também pra fazer ele volta pra casa, porque eu fiquei com medo de ele nunca mais me deixar ver vocês.
Johnny mexeu na barba de Isaac e ele segurou sua mão para beijar.
- Ele é maluco meu Deus. - Disse Isis assimilando o relato de Johnny.
- Não tia. Ele não é maluco. Ele é burro. Ele não sabe amar, porque nunca foi amado. Por isso, só faz besteira. Mas, ele disse que nunca mais vai me roubar.
O casal se olhou e lamentou a ingenuidade da criança.
- Ele não sabe fazer as coisas de pai. - Falou novamente alisando o rosto de Isaac com carinho. - Mas, ele me disse que queria aprender a amar. Por isso eu não deixei a polícia atirar nele. Se não o meu pai não ia aprender a amar.
Johnny permaneceu sempre abraçado à sua tia em todas as etapas dos procedimentos, mas, Isaac e Isis acharam que o garoto estava mais calado e pensativo. Se fosse possível ler a mente dele, os dois se perderiam dentro da cabeça do pequeno, pois o misto de sentimentos e de pensamentos em sua mente era imenso.
Isis ficou em uma sala separada com Johnny, que mais parecia uma brinquedoteca. Haviam brinquedos, tatames, jogos, bolas, livros e até vídeo games.
Uma psicóloga orientou Isis a conversar com Johnny para ele colaborar com a perícia médica. Pois, eles precisariam examinar a criança em detalhes para verificar se não haviam marcas de violência. Isis acompanhou e constatou que todas as marcas que ele tinha era de ferimentos anteriores ao rapto, com exceção de uma marca vermelha no antebraço. Mas, Johnny explicou que se bateu quando Harry freou o carro no momento em que o vidro quebrou e Johnny caiu do banco. Ele coletaram amostras de sangue e cabelo para o exame toxicológico.
Enquanto isso, Isaac permaneceu com James que conversavam com um amigo advogado criminalista que cuidaria do caso deles.
Isaac solicitou falar com o acusado e como estava sob respaldo do senador, os policiais deixaram ele entrar em uma sala fechada com Harry.
Harry já estava de uniforme laranja de presidiário, algemado com as mãos para trás e já havia feito todos os procedimentos para ser encaminhado à prisão. Harry estava sentando atrás de uma mesa azul de cabeça baixa quando Isaac entrou ele balançou a cabeça para tirar o cabelo do rosto e levantou.
Um policial negro abriu a porta e deu passagem para Isaac entrar e fechou a porta. Ele ainda estava com seu terno cinza, sem gravata, e um botão aberto na camisa branca. Ele entrou sem olhar para Harry, mas percebeu quando Harry levantou da cadeira e Isaac foi até ele lhe acertando um soco de direita que atordoou Harry, fazendo ele cair sentado no chão.
Isaac ruboresceu de raiva.
- Isso é por você ser um completo idiota.
Harry balançou a cabeça e abriu a boca mexendo a mandíbula.
- Éh, Até que pra um fresco você bate forte. Ai...
Isaac deu as costas a ele passou a mão em sua nuca para tentar se acalmar e voltou novamente para Harry, lhe pegando pela gola da camisa, o levantando e colocando ele sentado na cadeira com um pouco de violência e se afastou novamente.
- Eu mereci. Mereci esse soco. E merecia bem mais. Eu percebi a merda que eu estava fazendo quando vi meu filho implorar para voltar pra a casa. Sabe Hanson, quando eu tinha 8 anos, se alguém me pegasse de casa e quisesse me levar para outro país, eu agradeceria muito. Porque com 8 anos eu morava com minha mãe e um padrasto. Meu pai tinha morrido e eu vi o meu padrasto bater e estuprar minha mãe. Eu apanhei dele, minha mãe passou anos com ele e não conseguia sair daquele casamento. E a música me tirou de casa. Eu comecei a sair para tocar e não voltei mais para casa. Então, se alguém me colocasse em um carro para ir pra outro país, eu iria feliz. Aliviado de estar longe da minha família. Mas, o Johnny não. Ele me mostrou o quanto vocês são importantes na vida dele. Eu achava que era porque você é Playboy, famoso, tem essa fama de careta, certinho, rico que ele queria fica com você. o moleque te ama.
- Você é tão imbecil, mas mesmo assim ele também te ama Harry. O sangue deve ter falado mais alto, porque você só está aqui vivo falando comigo agora por que ele te salvou. Ele arriscou levar um tiro para te proteger mesmo depois de tudo que você fez.
- Eu sei. Ele é um cara e tanto. Nós temos muita sorte de termos um filho como ele. Mas, ele teve o azar de ter um pai como eu. Aí Deus quis arrumar as coisas e trouxe você. Cuida bem do meu filho, Hanson. Talvez eu nunca tenha essa oportunidade de ver ele de novo. Vão encher meu processo de tudo que imaginarem e eu não saio tão cedo. Mas, independente de qualquer coisa eu quero que ele saiba que eu tenho muito orgulho dele.
Isaac sentou na cadeira a frente dele.
- Vai ser mesmo uma longa temporada. Não existe como apagar tudo que você fez. Ninguém te obrigou. Fez porque quis.
- Eu sei. Vai ser duro. Mas, vou cumprir tudo que tiver que cumprir. Pelo menos vou poder pedir tratamento. Eu vou fazer tudo o que for necessário para melhorar Isaac. Pode ter certeza. Eu não vou desperdiçar essa segunda chance de vida que o Johnny me deu. Aliás, eu quero que você peca ao seu advogado musculoso, Russell Crowe, para preparar os papéis. Vou abrir mão por completo de qualquer direito sobre ele e sobre qualquer bem dele. Se um dia o Johnny quiser ficar comigo, vai ser porque ele quer de verdade.
- Certo, eu agradeço. Pelo Johnny, eu espero que Deus te ajude e que um dia ele possa ter orgulho de você também.
Isaac levantou, foi andando e saiu á porta, enquanto Harry permaneceu sentado de cabeça baixa.
Quando tudo estava resolvido, eles voltaram de helicóptero à Tulsa e quando chegaram ao edifício de Isis, havia uma legião de jornalistas esperando na entrada da garagem.
O porteiro chamou o reforço de outros funcionários para ajudar na contenção dos jornalistas que queriam entrar na garagem junto com o carro de Isaac.
Já em seu apartamento, Isis deu um banho de banheira e Johnny, secou os cabelos dele e ficou deitada na cama do casal, abraçada ao menino para tentar fazê-lo dormir um pouco. Isaac saiu do banho, vestindo um pijama de girafas igual ao de Johnny e todos riram.
- hahaha... onde você conseguiu isso assim do seu tamanho? - perguntou Johnny.
- Eu encomendei. Fiquei um girafa muito estiloso, confessem. - falou colocando as mãos na cintura e posando como se fosse para uma sessão de fotos.
- Ah, e eu vou ser a única humana aqui? Isso não é justo.
- Claro que não... o que seria de nós sem a mamãe girafa? - Disse Isaac jogando uma sacola para Isis que estava no guarda roupa.
Ela gritou e Johnny sorriu da alegria dela.
- Fechem os olhos. - Isis levantou e trocou sua roupa alí mesmo na frente dos homens.
- Olhem para mim? Eu estou fofa de mamãe girafa? Olhe meu rabinho papai girafa? - Falou rodando a caldinha.
E Isaac sorriu pretensioso. - hummm.
- Ah, por favor, na minha frente não, vai... - Disse Johnny com uma pseudo revolta.
Os papais girafa pularam na cama com o filhote e fizeram algumas fotos, vídeos e finalmente conseguiram fazer Johnny gargalhar, desfazer o olhar perdido e ficar falante como antes.
Depois um tempo, os três girafas adormeceram e puderam descansar depois dos momentos de tensão que viveram.
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Oiiii ❤💚💙E aí? Termino aqui???? por que eu ainda tenho fôlego e ideias para mais 30 capítulos kkkkkkk e vcs?
O que aconteceu com o Harry?
A Isis conseguiu o visto?
Eles se casaram?
A imprensa deixou eles em paz?
A turnê RGB trouxe alguma surpresa para Isaac?
Isis se comportou no Brasil?
Johnny ainda viu o Pai biológico?
Johnny decolou na carreira infantil?
Eles tiveram mais girafinhas ?
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JOHNNY GO
FanfictionIsaac Hanson tinha uma carreira musical sólida e próspera, mas sentia-se incompleto. Até olhar nos olhos de Johnny, um pequeno fã, de 8 anos, que vive uma aventura para tentar descobrir como ser um músico de sucesso, assim como seus ídolos, os Hanso...