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Ouça a música yearbook song do Hanson que está no topo para se inspirar a ler essa estória

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Ouça a música yearbook song do Hanson que está no topo para se inspirar a ler essa estória.
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Em um apartamento pequeno, de apenas um cômodo, onde era possível perceber a divisão dos espaços apenas pela disposição dos móveis como a cama, guarda-roupa, pia, geladeira, fogão, televisão e um pequeno sofá, Johnny, de oito anos, estava deitado de bruços na cama, cujo colchão parecia um pouco torto devido ao tempo uso avançado, porém coberto por uma colcha limpinha e cheirosa, mas muito simples.

Johnny apoiava com seu rostinho nas mãos, enquanto seus olhinhos passeavam pela tela da TV, quando sua tia Isis a desligou e também o aparelho de DVD, recebendo o protesto inconformado do sobrinho.

- Ah não, tia! porqueee? Por favor, deixe acabar, só falta um pouco... Ah, não! Agora que ia começar a melhor parte... – o menino fez uma expressão indignada e afundou o rosto no travesseiro, batendo as perninhas no colchão, ensaiando uma birra.

- Não, Johnny! Temos um trato e você está descumprindo. Já acabou seu tempo de TV hoje e você o desperdiçou todo vendo coisas... desses Hanson. Vamos! Leitura e cópia, Johnny. leitura e cópia! Porque a senhorita Carter reclamou que você está escrevendo devagar e precisa melhorar seu vocabulário.

- Tia, esses livros são maior chatos! Não quero escrever isso. Isso aqui – pegou o livro e mostrou para a tia – é história para bebê. Fica até mal um homem como eu ficar escrevendo essas historinhas de criança. – Falou o pequeno Johnny, sério e chateado, revirando as folhas do livro paradidático, organizando o caderno e lápis para obedecer à tia, apesar da frustração.

- Ah, um homem como você? – Ela gargalhou, olhando para cima com os braços cruzados, sendo encarada pelo olhar descontente de Johnny.

Depois sentou-se ao lado do sobrinho à pequena mesa de jantar e continuou falando: – Esse livro foi pensado e escrito por pessoas que conhecem os "homens" da sua idade e suas necessidades. Eles colocaram aqui muita inspiração e trabalho duro, para você vir e chamar de "maior chatos". Aproveite e tente imaginar a história aqui, ó, na sua cabeça, assim sempre fica mais interessante.

Johnny respirou fundo e começou a copiar, com a cabeça quebradinha de lado, às vezes colocando a língua para o lado da boca.

Isis abraçou Johnny apertando e beijando os cabelos cacheados, que caiam no rosto sapeca dele.

- Muito bem! Isso mesmo, assim está ótimo. Sabia que você é o homem da minha vida? Ehn? Eu amo você.

- Eu também amo você, menos quando você me tortura desse jeito. Depois posso voltar para a TV?

- Sim, pode.

- Ebaaaaa... – Comemorou levantando os braços que ainda seguravam o lápis e a borracha.

Johnny era um menino de 8 anos, mestiço, entre pardo e negro, tinha cabelos castanhos escuro, que faziam cachos de curvatura mais aberta, cumpridos até a nuca. Gostava de usar partidos ao meio da cabeça e uma franja cacheada caia nas laterais do seu rosto. Seus cachos quicavam como molas quando ele pulava no colchão e dançavam com o vento quando Johnny corria. O menino parecia menor do que os meninos da idade dele, mas era muito inteligente, falante, ativo e gostava muito de música. O pequeno era dono de olhos pretos como jabuticabas, emoldurados em formato de gota, rodeados por cílios longos. Johnny tinha um olhar cativante e muito expressivo. Ele sempre usava muito a expressão do rosto para completar suas falas, que acabavam ficando ainda mais engraçadas expondo as covinhas das bochechas e do queixo enquanto sorria.

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