Twisted Wonderland

Capítulo 1: A contadora de histórias

Academia, Night Raven, uma escola de magia só para garotos, um lugar curioso onde por algum motivo eu, Enma Yuuken vim parar, no começo claramente me recusava a ficar aqui, depois me foi oferecido o cargo de zelador até que conseguisse voltar para casa, mas como o destino é difícil de se entender, o diretor encontrou o motivo para estar ali, sou conhecido como "domador" uma espécie de aluno que consegue realizar o impossível, fazer um bando de machos briguentos se darem bem, o que sinceramente dependendo da ocasião e sendo sincero, é quase impossível... Já tinha se passado três meses que estava morando no dormitório fantasma, e já estava na hora de dar um jeito na situação precária a qual eu e Grimm vivíamos, por sorte não estávamos sozinhos nessa empreitada.

— Pela milésima vez! — Ace discutia com Grimm. — Yuu é o regente do seu dormitório, e ter uma estátua sua, na entrada do dormitório é a ideia mais idiota que já ouvi!

— Por que não? Todos os outros dormitórios têm uma estátua de alguém, a minha com certeza seria a melhor!

— As estatuas não são enfeites, são a representação de cada dormitório... Está me ouvindo?

— Para de perder tempo, Ace! — Deuce o repreende. — Vem me ajudar a pintar as paredes!

— Porque escolheram essas cores sem graça? — Grimm repara nos tons de areia. — O Yuu deveria ter me deixado escolher!

— São cores neutras e, além disso, foi o pessoal do Savanaclaw que nos deram as tintas! — Deuce agarra o gato pela nuca. — E vamos terminar logo aqui, o Yuu já deve ter terminado... — As luzes se acendem e tudo parece novo em folha.

— Tudo pronto! — Desço as escadas, acompanhado de Ortho. — Arrumamos todos os fios elétricos, estão novos, agradeça novamente ao seu irmão por isso!

Ortho o irmão androide do regente do dormitório Ignihyde, representados pelo Deus da morte Hades; Ortho havia vindo ajudar com a parte elétrica, trazendo lustres modernos que Idia havia mandado, na semana anterior tínhamos arrumado pisos e encanamento, e nessa semana era a vez das paredes e eletricidade, segundo o cronograma só faltava arrumar telhado e a parte externa depois pensar nos moveis, o diretor e alguns professorem vinham ajudando quando podiam, não ficaria uma maravilha como os outros dormitórios requintados, mas pelo menos daria para morar.

— Os moveis que podem ser restaurados, estão ali! — Digo enquanto checava a lista do que faltava. — Os que não tinham salvação já foram descartados... *risada dos fantasmas*

— Seria mais rápido se eles parassem de tentar... — Ace segura um balde de tinta antes que fosse roubado. — Atrasar as coisas!

—Eles só estão animados, claro que foram contra no começo, mas acho que aceitaram o plano agora... *batida na porta* — abro e era o professor Ashton Vargas de educação física.

—Enma, Grimm, Ace, Deuce e Ortho venham comigo agora! — Ele parecia assustado. — Todos estão sendo chamados no salão do espelho.

Algo estava errado naquele dia, a maioria dos alunos foi mandada de volta para os dormitórios, apenas os diretores e alguns alunos foram chamados para o salão do espelho magico, (lugar esse que serve de portal para chegada de novos alunos e onde fui digamos "sequestrado") após nos trocarmos, chegamos ao salão onde todos os professores e principalmente o diretor parecia inquieto, enquanto os alunos e regentes desejavam saber o que estava acontecendo.

—Diretor! — Riddle extravasa sua irritação num único grito. — Porque estamos perdendo tempo? Preciso voltar e "cortar a cabeça" de três infratores.

Detalhe interessante, "cortar a cabeça" não significa literalmente isso, é a magia do Riddle que meio corta a magia do adversário e o deixa impotente, ele costuma usar como castigo, para quem não segue as regras e leis de copas. Após essa fala todos os outros diretores de dormitórios começaram a questionar o mesmo, até que o professor Crewel mandar todos se calarem e assim dar a vez da palavra ao diretor, no entanto, invés de falar, ele aponta para um caixão que até então ninguém tinha reparado, escondido atrás do espelho magico no canto mais escuro do salão, deixando todos boquiabertos.