Capítulo 39.5: Amarrando as pontas soltas.

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A batalha acabou, todos estavam exaustos, mas ainda havia coisas a serem resolvidas, Malleus retirou a barreira e restaurou o castelo e tudo que havia sido destruído, era mesmo assustador o nível de poder dele, Ortho tinha me dito que o nível de Malleus era conhecido como "Calamidade" em resumo, nunca irrite o príncipe dos espinhos. Após as coisas se acalmarem, reparei que um certo "alguém" não estava mais ali, mesmo estando acabado, corri procurá-lo, mas descobri não ser necessário, na entrada do castelo, uma pequena batalha acontecia, era mais pessoal então não tinha o direito de interferir, Zizi enfrentava seu pai, que por mais ferido e humilhado que estivesse, se recusava a cair.

— Garota ingrata! Tudo que fiz, foi para que você estivesse no trono, o trono que deveria estar em nossa família! — Okon rugia enquanto tentava usar sua magia sem a varinha, até que estava indo bem.

— Acreditei em você por muito tempo! Me fez acreditar que eu amava o Leona, que eu era a única digna dele..., mas nada era real, foi tudo uma falsa crença que você me fez enxergar, e graças a isso quase destruí minha vida! Quase feri pessoas inocentes...

— Inocentes? Alguém que rouba o que por direito é seu! É um inocente? Menina ingênua, essas pessoas ainda vão te trair...

— Como você fez? Machucou muita gente, manchou o nome de nossa família, eu e minha mãe, não poderemos mais viver aqui! Assim como o resto do nosso clã..., mas vou redimir tudo, começando pela mancha em minha frente! Devo uma ao Yuuken e os rapazes por seu estado, de outra forma, não poderia fazer isso. — Zizi chorava enquanto erguia sua varinha, preparada para ir pela última vez contra o pai. – "Música no ar!"

O ataque foi direto, sem oportunidade de defesa ou esquiva, Okon não morreu, apenas foi chocado contra o pesado portão de ferro dourado, que se abriu, entrando por ele a rainha Solei, acompanhada da vovó Bucchi e vários guardas e servos, ao ver Okon caído a rainha ordenou que o prendessem imediatamente; Zizi caiu de joelhos, chorando muito, fiz a única coisa que poderia naquele momento, me aproximei e me ajoelhei ao lado dela, ela me olhou, chorava muito e alto, me abraçou e desabou mais ainda. A levei para o jardim mais longe da entrada, e deixei que chorasse o quanto precisasse, assim que ela se acalmou, conversamos um pouco.

— Está bem? — Perguntei assim que as lagrimas começaram a parar. — Sei que foi algo pesado de se fazer.

— Vou sobreviver... — ela olha para o céu, o pôr do sol estava começando. — Agora sou apenas eu e minha mãe...

— Falando nela, está tudo bem? Sabe não a vejo há um tempo...

— Oh! Bem... é meio que um segredo por enquanto, só precisa saber que certa noite, nós duas conversamos, e acabei confessando que me sentia em dívida... com todos, principalmente com a Ruria. — Ela parecia nervosa. — então tivemos uma ideia, que colocaria fim aos nossos problemas, então para colocar esse plano em prática, minha mãe fez uma viagem de "emergência".

— Agora fiquei curioso... o que ela disse para o seu pai?

— Nada, apenas que ficaria fora um tempo... a verdade é que ele não se importa, nunca ligou, casou com minha mãe por status, era um casamento de aparência... Sabe, uma vez por semana, as garotas da Aura Serafim dão festas do pijama, é uma forma dos outros dormitórios se misturarem, eu nunca participei, graças a minha má reputação; contudo nos últimos meses, Ruria, Zuri, Najma e as demais vinham até o meu quarto e faziam a festa ali mesmo, passei a me sentir... acolhida... e ouvir as estórias da Ruria, principalmente aquelas sobre o significado de amor, só me fez ver quanto o casamento deles era ridículo, e por pouco, eu quase entrei na mesma situação, fiquei obcecada pelo Leona, devido aos planos do meu pai, uma felicidade falsa... agora sei que apenas tenho gratidão e amizade por ele.

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