Capítulo 11

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Pov. Namjoon

Liguei para Federico três dias depois de ir ao museu. O meu amigo estava tão animado que parecia que ele que tinha visitado o lugar. Foi engraçado. Comentei em como a Itália sempre retrata sua história de uma forma bonita, principalmente através da arte. Não era novidade que eu gostava de pinturas ou fotografias, mas tinha algo na história italiana que fazia com que eu me encantasse mais pelo mundo artístico.

Viveria aqui tranquilamente.

Viajar sozinho estava sendo uma experiência e tanto, mas não como eu imaginava. Por mais que eu me sentisse bem em minha companhia, sentia muita falta dos meninos na maior parte do tempo. Hoseok viajou com a família e eu só conseguia falar com ele de vez em quando. Suga mal olhava as mensagens, quem dirá atender uma ligação. Jin foi passar um tempo na casa dos pais e ficar com seu sobrinho...Estava um pouco entediado.

Nessa madrugada demorei para dormir. Fiquei pensando qual era mesmo o motivo de eu ter saído da Coreia, além da minha vontade de juntar minhas coisas e voltar para casa. Só então que percebi que precisava desse tempo, longe de tudo e todos... A viagem não tinha sido um erro, mas eu não estava sabendo aproveitar.

Sentado em uma das mesas da cafeteria, fiquei perdido nos meus pensamentos enquanto bebia meu café expresso. Quando dei por mim, um dos garçons balançou a mão em frente aos meus olhos, tentando chamar minha atenção. Pisquei algumas vezes para voltar a realidade.

— Desculpe, senhor, mas uma senhorita passou no caixa e deixou esse pedido. — Havia um prato de cookies com gotas de chocolate e um post-it colado em cima do plástico que os cobria. — Já está pago, fique tranquilo.

— Tudo bem, obrigado! — Sorri.

Peguei o pequeno papel amarelo e li o recado. Estava em italiano, então tive que traduzir.

"Espero que não sinta raiva de mim! Aquele não foi um bom dia. Aceite os cookies para acompanhar seu café da manhã como um pedido de desculpas. E, mais uma vez, sinto muito."

Sem nome. A desconhecida não deixou ao menos o nome para identificá-la. Olhei em volta na esperança de vê-la, mas a ela não estava mais na cafeteria. Isso porque tenho certeza que eu a reconheceria de cara.

Uma mulher como aquela é difícil de se esquecer.

Como eu já tinha comido, pedi para o mesmo garçom que me entregou o prato para embalar para viagem. Ele me olhou com um olhar desconfiado e em seguida um sorriso malicioso surgiu.

— Algum problema? — perguntei curioso.

— Nenhum, senhor  — respondeu rápido. — É que a mulher era muito bonita. Você tem sorte.

Realmente, ela era mesmo.

— Falando nisso... Por acaso você não sabe para que lado ela foi?

— Desculpe — torceu a boca —, ela estava com pressa e mal consegui prestar atenção por causa do café lotado.

— Esse horário é complicado mesmo — sorri, sem ânimo. Droga. — Mas, obrigado. Bom trabalho!

Assim que pisei na calçada, respirei fundo. Para onde eu iria?

Senti meu celular vibrar no bolso. Era uma ligação de Hobi.

— J-hope! — falei animado, ouvindo sua risada do outro lado da linha. — O que manda?

— Nada de especial, só tirei um tempo livre longe da minha família para falar com os membros. Chegou a sua vez.

Com Amor, K.Onde histórias criam vida. Descubra agora