8. O penhasco.

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Notas iniciais: Nem vou me prolongar aqui, então vejo ocês nas notas finais.

Boaaaaaaaaaaaaaaa leituraaaaaaaaaaaaaaaa!

Capítulo 8.

— O penhasco.

ESTAR PRESTE A me jogar do alto de um penhasco com uma queda livre que daria diretamente de encontro ao mar revolto, com águas escuras e gélidas poderia me fazer hesitar e sentir medo, todavia, era exatamente o oposto. Sentia a ansiedade, a alegria e a adrenalina percorrerem as minhas veias como um surto de coragem, porém imbecil, que um adolescente inconsequente estaria sentindo no meu lugar.

Depois de muito anos, yo voltei a me sentir quase como uma garota normal e humana de 18 anos, com amigos imbecis e idiotas os suficientes para pularem de um penhasco na praia de La Push.

La Push, baby!

— Uau, isso é realmente alto e perigoso. — Kendra murmurou, levemente assustada. Minha prima apertou o meu braço com ambas mãos e arregalou os olhos, quando se aproximou do precipício e observou a altura da queda até as águas gélidas. — Será incrível, Ye! — Apesar do receio, sorriu animada. — Quem irá primeiro? — Soltou-me e andou para trás. — Só sei que o meu primeiro salto será com o padrinho ou Yelena.

Soltei uma risadinha e neguei com a cabeça, enquanto observava como as ondas violentas quebravam e batiam contra a parede rochosa do penhasco e as enormes pedras ao seu redor. A brisa marítima era fria e forte, naquele momento. Era inegável que seria algo extremamente mortal e perigoso se as duas humanas pulassem desacompanhadas.

— Oras, chaveirinho, tu não dissera que iria sozinha? — Rebati, bem humorada, virando-me e caminhando na direção do estranho e inesperado ciclo de amizade que encontrei em Forks nas últimas semanas. — Perdeu a coragem, yo se. — Zombei e pisquei um olho na direção da minha prima, que rolou os seus com falso desprezo.

Se algum dia no passado, alguém me afirmasse que um lobo e yo viraríamos amigos, apenas iria rir e mandaria essa pessoa ir se foder. Em qual mundo paralelo duas criaturas inimigas por natureza e mortais poderiam ter um laço verdadeiro de amizade? Por outro lado, ali, em meados de fevereiro, ao lado de meu padrinho, prima e a humana agregada a bagunça sobrenatural que era a minha família, se encontrava um sorridente e alto Jacob Black.

Oh, sim!

Após o encontro com Laurent, Thierry Delyon, o vampiro de sangue quente que era um hijo da puta e meu padrinho, chegou em Forks com um sorriso enorme e a notícia que passaria uma temporada com conosco. Nós três não poderíamos ter ficado mais felizes, uma vez que Minerva estava ao lado do seu melhor amigo e tanto Kendra quanto eu teríamos o ''nosso pai'' perto mais uma vez.

Sim, yo ainda me indagava como mierdas poderia ver aquele francês seboso como uma figura paterna.

Logo, o francês se tornou amigo de Isabella Swan, então viramos um grupinho unido e totalmente oposto em meio ao infierno que era a Forks High School. O ápice, que fizera o quarteto vira um quinteto mais excêntrico ainda, fora quando Bella apresentou Jake, o seu melhor amigo já transformado cachorro de dois metros, a meu padrino e a magia Quileute aconteceu.

Me deliciei em ver o Conselho Quileute cuspir fogo, quase literalmente como yo, por um filho da Deusa Fengári, um irmão de matilha e descendente direto de Ephraim Black, ter tido o imprinting por um vampiro, mesmo que esse fosse de sangue quente. Jamais poderiam tocar ou sequer pensar em matar quem fora impresso pelo lobo. Essa era a lei mais absoluta deles, o que me dava uma enorme sensação de paz e alivio, pois não gostaria de ter que decapitar alguns pulguentos por assassinarem o meu padrinho.

𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 - 𝐴𝑙𝑖𝑐𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 / 𝐿𝑒́𝑠𝑏𝑖𝑐𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora