7. Embate entre raças.

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Capítulo 7.

— Embate entre raças.

LAURENT ERGUEU UMA sobrancelha, cético.

— Eu? — Apontou para si mesmo, com desdém. — Acha que pode comigo? — Ele negou com a cabeça e riu baixo em seguida. — Não seria mais interessante e delicioso fazermos delas o nosso café da tarde? Confesso que já me alimentei no caminho, quando passei por Port Angeles, porém um bom sangue nunca é demais. — Deu de ombros como se estivesse falando do tempo e não do plano de dois possíveis assassinatos.

Estreitei os olhos na sua direção e cruzei os braços atrás do meu corpo. Uma pequena chama dançava entre os meus dedos. Yo poderia me arriscar e tentar queimá-lo na distância de 20 metros que nos separavam, todavia seria uma grande e tola ideia, pois, com certeza, o frio seria mais ágil e escaparia. Puxar conversa e distraí-lo era o meu melhor plano.

— Não me alimento de humanos, apenas de animais como os Cullens. — Dei de ombros e desci da pedra com um pulo.

Os olhos rubis me encararam descaradamente em uma análise desconfortável e maliciosa. O nojo me percorreu e senti asco daquele homem, pois já fui vítima de olhares assim pelos meus 60 anos de vida. Não importava se fosse um homem mortal ou sobrenatural, sempre existiria os desse tipo.

— Perdeu alguma coisa em mim? — Rompi o tenso silêncio e arquei uma sobrancelha em resposta ao seu largo sorriso. Por fim, parei uma curta distância, a qual yo poderia me mover e entrar na frente de um possível ataque. — Sei que soy perfeita, todavia não precisa ficar me encarando como se fosse me comer. — Pisquei um olho, desdenhosa.

Em todo esse tempo, Kendra e Bella não movimentavam nenhum músculo. Os seus corações batiam de forma enlouquecida, já os seus corpos estavam tensos e trêmulos. Era possível sentir o medo, a ansiedade e nervosismo que exalavam de ambas. Yo quis berrar e chamá-las dos piores nomes que conheci em quase 6 décadas.

Estupidas! Irresponsáveis! Infierno! Mierda!

Por dentro, eu era um verdadeiro furacão furioso e preste a fazer mierda. Por outro lado, me mantinha com uma expressão impassível e corpo, falsamente, relaxado. Com extrema lentidão, yo dava pequenos e quase imperceptíveis passos na direção delas, tendo o frio fazendo o mesmo na posição oposta à minha. Laurent estava curioso e atraído, todavia não era tolo a ponto de não perceber a minha movimentação.

— Talvez, eu queira realmente comê-la. — Laurent murmurou. — Já te disseram o quão incrível e bela é? Aliás, uma das criaturas mais perfeita que já tive o imenso trazer de conhecer nesses meus séculos.

Mais um passo e pendi a cabeça para o lado, fitando-o. A minha vontade era de tocar o foda-se e pular no pescoço do frio, porém distraí-lo era o principal plano.

— Tenho espelho em casa. — Mais uma vez, abri um sorriso irônico. Havia chegado o momento de dar o ponto final nisso. — O que ainda não me diz o que você faz pelas essas bandas, já que pertencem ao maior clã fixado. — Observei, enquanto lutava contra a vontade de rosnar e assumir uma posição de ataque-defesa. — Como um nômade, deve saber que isso poderia ser bem arriscado para você, sabe? Lidar sozinho com outros sete vampiros frios, caso os desagradem por caçar tão perto. — O ameacei de forma velada.

Estranhamente, Laurent gargalhou.

— Está me ameaçando, garota? — Fitou-me dos pés à cabeça com desprezo. — Acha que não me informei antes de colocar os meus pés em Forks outra vez? — Indagou, sério. — Nos últimos meses, estive no clã Denali e sei que os Cullens não residem mais aqui. No entanto, nunca cogitei a presença de uma sangue quente nessa área. Aliás, como não senti o seu cheiro ou aproximação?

𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 - 𝐴𝑙𝑖𝑐𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 / 𝐿𝑒́𝑠𝑏𝑖𝑐𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora