26. Veneno.

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Notas iniciais: A pergunta que não quer calar: Kendra morrerá? E se isso acontecer, o que a Ye fará?

Vampirinhes, esse capítulo tá maravilhoso, tenso e desesperador. Ah, a cena do parto dei uma copiada e colada do livro amanhecer.

Boaaaaaaaaaaaaaaaa leituraaaaaaaaaaaaaaa!

Capítulo 26.

— Veneno.

SANGUE E MAIS sangue faziam parte da cena de horror que se desenrolava bem diante dos meus olhos. Por um milésimo de segundo, fiquei inerte e rendida ao medo, completamente presa no desespero. No entanto, algo dentro de mim despertou e berrou para que eu agisse logo. Segurei o corpo mole de Kendra com mais cuidado em meus braços e dei as costas a Alice, Rosalie e Leah, subindo as escadas como um verdadeiro furacão furioso. Chutei a porta com violência, fazendo-a bater e rachar uma parte de vidro da parede, e entrei na biblioteca de Carlisle, onde fora montado uma ala hospitalar improvisada.

— Morfina, Rosalie! — Berrei, desesperada, e deixei o corpo mole de Kendra sobre a maca. — Agora, porra!

A loira pareceu despertar e me trouxe a morfina. Ela passou a rasgar as roupas da minha irmã, ao mesmo tempo em que eu pegava o seu braço e espetava a injeção na sua veia. Parecendo ter um pico de consciência de novo, a chaveirinho arregalou os olhos e soltou mais um berro horripilante. Eu queria chorar e implorar as Deusas que não permitissem que ela morresse, contudo, não havia tempo para mais nada que não fosse salvá-las.

Yo jamais continuaria existindo em uma realidade que a minha irmã tivesse morrido pela minha incapacidade de salvá-la.

— Venha, Leah! — Alice ordenou, puxando-a para longe de tanto sangue. — Vamos ligar para Carlisle, Yelena!

— Ela está sufocando, Yelena! A placenta deve ter deslocado! — Rosalie estava ensanguentada e me auxiliando no parto. — Precisamos retirá-la agora! Kendra, se mantenha acordada, por favor! — Ela chorava sem lágrimas.

Tive que engoli as minhas próprias e me manter completamente concentrada em cada passo que daria. Yo nunca havia feito ou sequer assistido um parto. Eram os meus extintos e o amor pela aquela humana que me moviam.

— Tirem ela! Salvem a minha filha! — Kendra reagiu as palavras da loira, berrando em súplica. — Yelena, salve a minha menina, por favor!

Por um breve segundo os nossos olhares se encontraram no meio de todo o caos, e as lágrimas escorreram pelas minhas bochechas.

— Preciso de mais morfina, Rosalie! — Grunhi, no ápice da angustia. — Infierno!

A morfina não agiria a tempo para aplacar a dor da minha irmã. Me vi perdida no que fazer.

Quem eu deveria salvar?

— Salve ela, Yelena! Por favor, a minha filha! Agora!

Kendra iria gritar mais alguma coisa, porém apenas virou a cabeça para o lado e vomitou mais uma jorrada do líquido quente. Cravei os dentes no meu pulso e fiz sinal para que Rosalie a segurasse, o que me permitiu fazê-la beber uma boa quantidade do meu sangue que a ajudaria no processo de cicatrização. Passei a língua pelo ferimento, fechando-o.

— Yelena, a bebê está morrendo!

— Eu sei, porra! Eu sei! — Praguejei e peguei um bisturi. — Me perdoe, Kendra!

Na luz forte sobre as nossas cabeças, a pele de Kendra parecia mais roxa e preta do que branca. Haviam temores violentos na sua enorme barriga, pois a bebê se movimentava de forma desesperada. A minha irmã uivou e agonizou de dor, e yo desci o bisturi e o sangue jorrou da abertura feita no seu abdômen. Chorei e continuei cortando a extensão de pele. Os olhos seus verdes e quase sem vida fixaram-se na luz forte.

𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 - 𝐴𝑙𝑖𝑐𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 / 𝐿𝑒́𝑠𝑏𝑖𝑐𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora