𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 - 𝐴𝑙𝑖𝑐𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 / 𝐿𝑒́𝑠𝑏𝑖𝑐𝑜

23. Vida e Morte - 1.

Notas iniciais: Olá, vampirinhes! Estou muito feliz por estar de volta com mais uma atualização e triste por estarmos chegando ao fim de Filha da Noite.

Vampirinhes, já pararam para pensar qual é a história de Kendra Morgado? Já conhecemos de todos os personagens, exceto dela.

Ah, vampirinhes, irei responder os comentários dos últimos capítulos ainda. Não fiz pq estava enrolada até o talo do rabo e sem tempo.

Boaaaaaaaaaaaaaaaaaa leituraaaaaaaaaaaaaa!

❦

Capítulo 23.

— Vida e morte.

Parte 1.

Há 10 anos.

HÁ QUASE UMA década, decidimos residir em Londres, Inglaterra, por alguns poucos anos enquanto nenhum humano começasse a perceber que nós não mudávamos fisicamente. Minerva tivera uma curta estadia pelas terras inglesas em algum período do século 18, embora as minhas passagens também se resumissem há pouquíssimos dias hospedada em hotel qualquer. Particularmente, o país da Rainha Betinha nunca me chamara muito atenção para cogitar fixar moradia por um longo período de tempo. Por outro lado, em 2012, mi madrina confessou a sua vontade de tentar uma vida simples como professora no pré-primário, então aceitei em acompanhá-la e me matriculei University College London para cursar cinema. Yo não tinha a menor pretensão de seguir carreira, porém fora a única área que me chamou atenção. Era a minha segunda vez em estudar com os projetos de adultos fora do colegial, pois, na primeira passagem, me formei em jornalismo.

Era como se algum extinto de mi madrina implorasse para que nós mudássemos para Londres.

— O que foi, madrinha? — Inquiri, curiosa. Já morávamos na Inglaterra há alguns meses, enquanto ela dava aula em um colégio exclusivamente para pirralhos e eu queria pular no pescoço de alguns humanos estúpidos em University College London. — Mãe? — Insisti, ficando preocupada com a sua quietude excessiva. — Minerva?

Naquela época, era apenas nós duas juntas e contra o mundo. Já tínhamos passado por períodos solitários, onde cada uma seguiu um rumo diferente e viveu uma vida com novas falsas histórias. Embora, sempre voltávamos a conviver sob o mesmo tempo, após algum tempo separadas. Foram poucas as vezes em que fiquei longe de minha madrinha por um período considerado longo, o que me fazia conhecê-la muito bem. Carregávamos um passado sôfrego e trágico em comum, o mesmo em que ela perdeu a irmã mais velha e o cunhado; já eu, os meus pais.

— Ye... — Ela pareceu retornar à realidade e sentou-se no sofá de frente para mim. Era começo da noite, e eu fazia um trabalho da faculdade sobre a mesinha de centro da nossa sala de estar. O meu curso era no período matutino. — Tem uma menina na minha turma... — Pausou, pensativa. — Ela se chama Kendra Hill. Apesar de ter 8 anos, ela é bastante miúda e introvertida do que os meus outros alunos, mas é muito inteligente e bonita. A menina tem os olhos verdes como os seus. — Me fitou, dando um sorriso triste.

Empurrei o notebook para longe e me arrastei sobre o tapete, me acomodando na frente da minha tia. Pendi a cabeça para o lado e a analisei, calada. Era explícito como Minerva parecia estar presa em uma guerra interna, sem saber o que me falar ou qual decisão tomar sobre a menina.

— Você quer adotá-la, madrinha. — Murmurei, convicta.

Não era uma pergunta, sim uma certeza. No mesmo instante, ela arregalou os olhos e passou a negar com a cabeça com veemência. Reprimi um sorriso.