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Capítulo 53

Christopher Vélez

Os chocolates preferidos da minha namorada foram quase inúteis, já que ambos estávamos dispostos a conversar e resolver as nossas questões da melhor maneira possível. Quando lhe dei os bombons já era perto de ir embora, mas antes conversamos bastante, e enquanto isso eu me pegava pensando em como amava esses momentos, e como senti falta tão somente com algumas horas sem contato.

— Eu fui até sua casa sim antes que você fosse embora, estava disposta a conversar com você, igual fizemos agora, e a entregar sua camisa da seleção brasileira, mas fui recebida por Ana — começou a explicar porque não me contou que tinha ido me ver antes da viagem, e eu a interrompo:

— Agora eu entendi tudo... — ironizo, recebendo um tapa leve como repreensão, acompanhado da risada da brasileira.

— Engraçadinho você, né? — brincou — Enfim, vê-la em sua casa só me fortaleceu o pensamento de que você estava viajando com ela e viveriam juntos como um casal. Então só lhe entreguei a camisa e pedi que colocasse em suas coisas disfarçadamente, e que nunca avisasse que eu tinha ido até lá.

— Eu ainda tenho essa camisa sabia? — perguntei vendo a surpresa na expressão de Giu — Sempre que usava me lembrava de você, exatamente como você tinha desejado quando me deu.

Ela sorriu. E eu senti meu coração se derreter como um sorvete no sol, abobado com ela. Recebi mais um beijo rápido nos lábios e senti que minha expressão foi idêntica a de Ollie quando ganha um petisco.

— Vamos poder usar ela juntos na Copa! — comentou animada — Até porque você vai torcer pelo Brasil, não vai? — disse pausadamente, enquanto se aproximava ainda mais, logicamente usando de seus beijos e sedução como poder persuasivo.

E havia funcionado.

— Lógico que sim. Pedindo assim... — mordo seus lábios e a puxo para meu colo, iniciando um beijo cheio de vontade.

— Pervertido! — falou enquanto pressionava meu lábio no seu.

Se eu não tivesse que ir para o estúdio de dança, ensaiar para a turnê, provavelmente a levaria para o quarto e mataria o meu outro tipo de saudade, mas fui consciente e responsável — como às vezes não gostaria de ser — e quando nos faltou o ar, decidi apenas continuar a conversa.

— E como foi ontem? — pergunto vendo como a boca de Giulia havia ficado inchada e seus cabelos fora de ordem, evidentemente por minha culpa. Ela se acomodou numa de minhas pernas e passou a mão pelos cabelos antes de responder.

— Zabdiel te contou que estava, finalmente, conversando com Duda?

Não. Ele não tinha dito.

E eu ainda queria perguntar qual é a dele com Eduarda, já que ele sempre fica estranho quando estamos no mesmo ambiente que ela, ou quando falamos dela.

— Sério? Ele não me disse nada! — respondo — Mas, e aí? Ficou só na conversa?

— Na hora do karaokê já estavam todos bêbados, e ele dedicou uma música pra ela! — contou sorrindo, parecendo rebobinar a cena.

— Daria tudo pra ter visto isso! — confesso.

— Espero que Eduarda se lembre disso ainda... — disse quase que em sussurro.

— Ela costuma esquecer tudo quando bebe?

— Você não tem ideia! Ela é super fraca pra bebida, duas doses de tequila e já temos uma Duda muito mais que alegre.

Best Part • Christopher VélezOnde histórias criam vida. Descubra agora