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Sabe quando você se pergunta por que ainda está vivo?

Me faço essa pergunta todos os dias.  Vivo uma vida que não desejo a ninguém, um jovem que passa quase 24 horas trabalhando para ganhar uma miséria que não dar nem para poder comer e viver dignamente.

Minha mãe uma prostituta viciada em drogas, meu pai deve ter sido um daqueles homens também viciados em drogas, um de seus clientes, pois ela nem consegue lembrar quem é meu pai. Não posso chamar isso de família.

Trabalho numa cafeteria de esquina,  num bairro onde a droga e a prostituição são a maior referência. Triste, mas é a realidade. Meu pequeno apartamento fica próximo, foi o lugar onde eu conseguir pagar. Mas pensando pelo lado positivo, pelo menos eu tenho um teto.

Meu sonho é conseguir dinheiro suficiente e sair daqui, ter um futuro. Uma vida melhor. Mas com o que ganho no momento vai ser difícil, mas como lí num livro, sonhar não custa nada.

Tenho 26 anos, vim para este lugar com minha mãe, não tenho nenhum carinho por ela, desde pequeno cresci vendo o jeito que ela sustentava a casa, a maioria das vezes me deixava sozinho em casa, então desde cedo aprendi a me virar sozinho, hoje ela ainda vive essa vida, mas é muito raro que eu a veja. Sua vida é algo que eu não quero para a minha.

- Hobi acorda, vai trabalhar, tem gente esperando para ser atendido.  - ouça a voz do meu chefe.

- Estou indo.- Falei e fui atender a clientela.

É assim que eu passo praticamente o dia inteiro, servindo café e limpando a mesa, ouvindo as pessoas reclamarem de suas vidas infelizes.
Quando estava me preparando para sair, meu turno tinha terminado, recebo uma ligação. Meu celular era tao antigo e tinha a tela quebrada que não conseguia mais ver quem estava ligando. Só atendi rapidamente.

- Alô, Hobi, preciso da sua ajuda. Troque de turno comigo, por favor?   - Era meu colega de trabalho.  - Já conversei com o chefe, é só dizer que você concorda, de manhã cedo estou aí, agora à noite realmente não posso.  - suspirei, à noite o movimento não era tão intenso. Resolvi aceitar.

- Vou fazer isso, mas amanhã passo o dia todo em casa.

- Tudo bem.  Obrigado Hobi, boa noite.  -  desligo.

Deixei minha mochila no mesmo lugar, estava com minhas coisas, principalmente documentos, não podia correr o risco de deixá-lo em casa e ser assaltado, como já aconteceu comigo tantas vezes.

Passei a noite trabalhando, já estava exausto,.mal tive tempo pra comer um lanche, depois das 6 comecei a me arrumar, precisava dormir. Assim que chegou a hora peguei minha mochila e fui embora, a rua estava tranquila,ventava um pouco. Coloquei minha mochila no braço direito, fui abrir e não consegui.  O zíper da bolsa estava emperrado. Foi quando um barulho de carro freando perto de mim chamou minha atenção, eu olhei assustado e comecei a correr.

- Pega ele.  - ouvir a voz de um homem.

- Não!  - Falei e dois homens sairam correndo atrás de mim,  logo senti meu braço sendo agarrado..- Não ...Deixe-me!  -  Gritei e tentei me desvencilhar dele ,mas só senti algo forte no meu nariz e de repente vi tudo preto.

{...}

Acordei em um quarto, tentei abrir os olhos, mas a claridade me ofuscou, pisquei várias vezes até conseguir enxergar direito, três pessoas vestidas de branco se aproximaram. Eu estava tão confuso.

- Onde estou, quem são vocês?  - Um se aproximou da maca e começou a olhar meu corpo, olhou minhas partes íntimas.  - Deixe-me! - falei com medo e tentando sair, o que era impossível.

- Ele não tem nenhuma infecção, está limpo.  -  Falou e logo um dedo começou a penetrar minha entrada, isso foi muito horrível.  - É virgem, como imaginávamos. 

- Isso vai nos dar muito dinheiro... - o outro falou sorrindo

- O que? Eu quero sair daqui.  - eu disse desesperado vendo um dos homens ir até uma mesa.

- Será melhor você colaborar. - outro falou e pegou meu braço.

Olhei a injeção, fiquei ainda mais nervoso, odeio  injeção, ele colocou aquela agulha na minha veia e assim que o líquido entrou no meu corpo e aos poucos fui ficando tonto, outra vez, depois não vi mais nada.

{...}

Despertei ao som de gritos, ainda um pouco tonto, percebi que estava em uma jaula, olhei pro meu corpo e percebi que eu estava somente de roupa interior, o desespero me invadiu.
Tentei forçar o ferro para tentar sair, não consegui, meus olhos se encheram de lágrimas.  O que estava acontecendo? Onde estou meu Deus?
Olhei em volta e então percebi o ambiente cruel que eu me encontrava, várias pessoas dentro de jaulas, sendo tratados como animais, uma garota gritava desesperada.

- Eu quero ir embora, onde está minha mãe?  Onde está minha mãe?  - ela gritou, um homem forte agarrou seu rosto brutalmente e colocou um pano em sua boca impedindo ela de continuar gritando.

- Cala a boca vadia! Vem comigo, chegou a sua vez! - ele disse e a levaram embora.

Olhei para frente e um homem estava olhando para mim, ele era tão assustador quanto o outro que levou a garota.

- Seja obediente e não faça escândalo. Eu não quero ter que ser pior do que ele.  - me ameaçou

- Eu não vou fazer nada!  - Eu disse morrendo de medo, só queria saber onde estou. Enxuguei minhas lágrimas.

Alguns minutos se passaram e eu vi um homem apontar para outro na minha frente, ele se levantou e abriu a jaula, me pegou pelo braço bruscamente e  me levou ate frente a uma cortina, estava um pouco escuro, porém, podia se perceber que era um lugar mais sofisticado. De repente a cortina abriu e uma luz se acendeu em cima de mim, eu não conseguia olhar para frente, aquilo era uma espécie de palco? Coloquei minha mão acima dos meus olhos para poder enxergar melhor e notei que havia várias pessoas olhando para mim, imediatamente eu tentei cobri meu corpo com as mãos. O que era impossível.

- Senhoras e senhores, este é um jovem americano, descendente coreano,26 anos. - Um homem de terno falou.  - Chama-se Jung Hoseok, é virgem, o primeiro lance é de 100 mil wons.

Foi aí que percebi que eles estavam me vendendo, como mercadoria, melhor dizendo traficado, fechei os olhos e comecei a chorar.

- 200mil wons.- alguém falou.

- 350 mil wons- falou uma voz de mulher.

- 500 mil wons-  outra voz ecoou e abro os olhos com surpreso.

- 500 mil wons, alguém dá mais?  - O homem de terno fala. Era possível ouvir as pessoas sussurrando

- 5 milhões de wons.  - ecoou uma voz grossa e senti minhas pernas vacilarem. Aquele lugar ficou em completo silêncio.

- 5 milhões de wons! Uau, isso é fantástico, mais alguém? - o apresentador parecia surpreso. Ninguém disse nada.  - Dou-lhe 1 Dou-lhe 2 Dou-lhe 3, vendido ao Sr. Kim  - bateu o martelo.

Eu fui vendido! Meu Deus, o que está acontecendo?O que vai ser da minha vida!?










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Ele 😍💗

Ele 😍💗

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𝑉𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑎 𝑢𝑚 𝑀𝑎𝑓𝑖𝑜𝑠𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora