Mães por acaso • Jenlisa

Algumas perguntas

Hey pessoas mais estimadas e amorosas deste app! Boa leitura ;)

Ao estacionar o carro Jennie respirou fundo discretamente tentando não deixar transparecer seu nervosismo, não apenas isso, a culpa ainda a assombrava, ela chateou Lisa o bastante para fazê-la tentar tirar a própria vida, aquele peso não largava seus ombros cansados.

— Chegamos. — Ela disse finalmente.

Lisa olhou atentamente para a casa através da janela.

— É bonita. — Ela disse causando um sorriso pequeno na coreana.

— Espero que goste dela por dentro também.

— Ela vai gostar mamãe. — Misuk disse balançando as perninhas para lá e para cá.

Jennie deu a volta no carro e abriu a porta para Lisa que a deu um pequeno sorriso tímido.

— Obrigada. — Agradeceu sem olhá-la nos olhos e desfez-se do cinto de segurança com mais esforço do que realmente queria, quando Jennie cogitou ajudá-la, ela declinou a oferta. — Eu consigo. — Ela a disse tentando não se irritar com o fato de que apesar de seus braços estarem bem em questão de movimentos, sua mente estava devagar demais para os comandos do seu cérebro.

Jennie desviou seu olhar rapidamente, não sabia como agir diante da frustração da noiva com suas sequelas, quando Lisa finalmente se livrou do cinto de segurança teve de pegar as muletas, muito a contragosto as usaria, achava algo humilhante ter de fazê-lo.

Jennie e Misuk a esperaram calmamente até que ela estivesse de pé para que entrassem na residência, ela observava cada detalhe que podia enquanto escorregava seu olhar pelo primeiro cômodo.

— O que acha mamãe? — Misuk perguntou plantando-se ao seu lado com os braços para trás, um sorriso largo e mãos umas nas outras.

A tailandesa demorou um tempo para respondê-la, a encarava sentindo a estranheza que era ter uma filha, todavia, lembrou-se de Jennie dizendo-a como ela deveria tratá-la e da relação carinhosa que as duas tinham.

— É linda meu bem. — Ela disse honesta e a menina assentiu rapidamente em concordância.

— Não é? É tão bom ter você de novo, digo, é estranho que não lembre de nada, mas sete meses sem você foi tão ruim que você desmemoriada é a menor parte, digo, é claro que...

— Mimi, devagar, por favor, lembre-se, tem de ser paciente com a sua mãe. — Jennie advertiu com um tom suave.

"Mimi", Lisa memorizou.

— Que bom que está feliz Mimi. — Ela a respondeu e viu os olhos da garota brilharem, provavelmente pelo uso do apelido carinhoso, a reação a causou um pequeno sorriso, ela tinha uma filha adorável, podia ver porquê sua relação com ela era tão boa.

— Próximo cômodo? — Jennie perguntou atraindo sua atenção.

"Eu tenho bom gosto para mulheres", Lisa pensou observando-a, a beleza da mulher era inegável, seus olhos gatunos eram charmosos e adoráveis ao mesmo tempo, os seus sorrisos eram lindos, o gengival e mais frouxo deles se destacava, quando ela estava concentrada seu ar adorável se esvaía para dar espaço a uma mulher sexy e quando ela passava a mão pelo cabelo, bom, era elegante como o inferno.

— Por favor. — Ela respondeu e se dirigiram para um lugar que as duas chamaram de "seu estúdio".

— Você tem um canal no youtube, é a melhor dançarina que eu conheço e este espaço é todo seu.

Lisa ouviu a risada de Misuk.

— É mamãe! A gente chama você de máquina de dança.

O sorriso que Jennie dera fora pequeno e triste, naquele instante lembrou-se de que foi naquele lugar que as duas se beijaram pela primeira vez para a gravação do seu primeiro vídeo no canal, mas Lisa não se lembrava.