Capítulo XXV

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Feliz quatro anos de Nine in the Afternoon.

Feliz quatro anos de Nine in the Afternoon

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Sem nenhuma mudança,

estou pronto para te receber

[...]

Mesmo se o fim chegar, fique ao meu lado

Fique comigo.

ONEUS - Stand By


Pela segunda vez desde que veio para Suna cinco meses atrás, Hinata não acordou assustada e suando. A primeira havia sido logo quando chegaram da longa viagem de Konoha até ali, onde estava exausta demais para sequer pensar nas consequências daquela decisão que havia feito: reviver o seu passado. No dia seguinte da viagem teve sua primeira sessão com Ino, e com sua aprendiz, uma adorável ninja chamada Saori que estava iniciando os ensinamentos naquela área tão delicada que era a mente das pessoas e, mais delicada ainda, a mente dos ninjas. Depois daquele dia, não houve uma madrugada em que ela não acordasse com o corpo inteiro suando, lágrimas escorrendo pelos olhos e muitas vezes a garganta rouca por um grito que ela sequer sabia que tinha saído por seus lábios. Olhos vermelhos brilhantes a atormentavam, mas não os vermelhos de Sasuke que se tornaram tão familiares e lhe traziam uma sensação de proteção, não.

Os olhos de seus pesadelos prometiam apenas a morte.

Depois da primeira semana, Hinata convenceu Ino que era melhor que ela se hospedasse em outro lugar, pois não queria que seus pesadelos acabassem assustando as crianças. Após muita conversa, e os olhares firmes de Gaara que não deixariam que ela pagasse um hotel ou mesmo um aluguel, a perolada se viu em uma das pequenas casas cujos proprietários eram os Sabakus. Ela era bonita, clara e com amplas janelas para refrescar nos dias mais quentes, mas com mecanismos para protegê-la de qualquer tempestade de areia. Também era perto dos limites da vila, o que significava que pouquíssimas pessoas viviam ali, tão longe do centro e tudo que ele oferecia.

Assim, Hinata sentia que não incomodaria ninguém.

Saori era tão delicada e gentil que a Hyuuga muitas vezes se lembrou da própria mãe quando ela cuidava dos ralados de seus joelhos ou desembaraçava seu cabelo pela manhã. A jovem sempre conversava com Hinata com a voz calma, o que a ajudava a contar tudo o que havia passado durante todos aqueles meses infinitos que acabaram virando anos. Mas mesmo a delicadeza dela e todos os chás de camomila após cada sessão não foram capazes de parar todos aqueles pesadelos.

Era como reviver aquela cena de novo, de novo e de novo. Ao mesmo tempo que era protagonista do que estava acontecendo, Hinata também era o telespectador, vendo cada coisa que ela poderia ter feito diferente, cada jutsu que ela poderia ter usado, cada golpe que ela poderia ter aparado com sua barreira de vento.

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