Camila Cabello | Point of View
No outro dia eu esperei ansiosa por Lauren, com a demora, realmente achei que o convento na suíça havia solucionado o problema do delegado, mas logo ela chegou, com as amigas a rodeando. Eu não sabia como agir, então esperei ela chegar, mas foi tudo muito normal, ela me abraçou, me beijou, deu oi para as meninas, as outras sentaram com ela no gramado e eu fiquei a encarando como se ela fosse um ET.
— Como você está?
— Confusa, achei que viria escoltada e com a guarda nacional espalhando meus cartazes pela rua.
— Que exagero, bom. seria meio isso, mas eu conversei muito com o meu pai, ele falou que tudo bem.
— Sério? – Falei meio em dúvida e ela assentiu. — Hum… que estranho.
— Eu também achei, mas não vou discordar dele.
— Nem eu. – A abracei forte e selamos nossos lábios. — Bom… acho que alguém ia me pedir em namoro e pah.
— Vou mesmo, se eu esperar por você...
— Ai. – Levei a mão ao peito. — Doeu.
— Vamos namorar? Ou está muito cedo?
— Achei que já namorávamos. – Ela revirou os olhos. Ela me entregou uma caixinha e abri. Ela pegou a aliança e colocou no meu dedo. Sei lá… nunca nem me imaginei namorando alguém, quem dirá de aliança. — E a sua?
— Já estou usando. – Ela disse me mostrando e eu sorri.
— O sinal soou e nós fomos para nossas aulas, meio que arrastadas por nosso grupo.
×××
No intervalo, estávamos lanchando e Dinah convidou para uma festa.
— Não vou poder ir, a mãe convidou os pais dela para jantar. – Todos a mesa ficaram me olhando por um tempo e depois continuaram a conversar.
— Posso ir, Camz?
— Claro. – Beijei sua bochecha. — Se divirta e se cuide.
— Tudo bem.
— Mas eu ia te chamar para jantar lá com a gente. Tô meio nervosa com isso.
— Nossa… claro que eu vou. Achei que era familiar.
— Sim, mas você é minha namorada e tals.
— Af, vocês são muito grudentas, é um saco, não aguento mais. – Taylor disse e nos surpreendeu.
— Alguém aqui concorda comigo. Isso ai, garota. Bate aqui! – Dinah disse e acabamos caindo na risada.
ELa sorriu e escorou-se contra o meu peito.
Lauren Jauregui | Point of View
Teria o período vago então deixei Camila na sala dela e fui ao banheiro. Jennifer estava lá, a vadia que me irrita só por respirar.
— Jauregui… princesinha.
— Jennifer.
— Está mesmo amarrada na Cabello. Tipo, algo sério?
— Estamos namorando. – Ela arrumou o cabelo.
— Isso não é bom para você. Sabe… ano que vem, não vou mais estar aqui e você será a abelha rainha. Não vale a pena ficar amarrada com ela agora e depois não poder aproveitar as maravilhas que o terceiro ano vai te oferecer. Somos lindas, Jauregui. Ricas e privilegiadas, vai perder um monte de vantagens namorando a renegada.
— Não fale dela assim. Na primeira festa dela era sua língua que estava na garganta dela.
— Um beijo muito gostoso, admito, mas ela é mais para uma diversão e ela nem quis transar comigo. Fala sério... em que ano ela está?
— Primeiro.
— Pergunta retórica, Jauregui. Sei lá… só estou te dando um conselho, se liberte, somos tão novas e podemos bem mais. Deixa pra se amarrar na faculdade.
— Eu não pedi conselhos, nem somos amigas.
— É só minha opinião. As escolhas são suas.
Ela saiu dali e eu neguei. Patética, nem entendo porque babam tanto o ovo dela.
Camila Cabello | Point of View
Estava voltando para casa e ouvi sirenes soando. Fechei os olhos com força e continuei, seguindo meu percurso.
— Entra no carro, Cabello.
— Melhor não.
— Não estou brincando, entra logo na droga do carro e vamos conversar no seu habitat natural. A delegacia.
— Como se eu vivesse lá.
— Entra logo ou eu te algemo.
— Tá. – Entrei no carro e fomos a delegacia.
Sentei e ele pegou umas folhas.
— Essa sua historinha com minha princesinha acabou.
— Não.
— Vai sim. Ela é boa demais para você.
— Eu concordo com o senhor, ela é boa demais mesmo, mas ela gosta de mim. Eu gosto dela e vamos namorar até o dia que quisermos.
— Você é muito petulante, minha filha está muito cega por você. Anda a drogando?
— Eu não uso drogas. É a última vez que digo isso.
— Olha… vamos facilitar as coisas para você. Isso aqui são cópias da sua autorização de responsável legal. Totalmente ilegal, ou você deixa minha filha ou eu prendo Madeleine... a promotora já me autorizou a isso, a diretora da escola que está aceitando isso e qualquer outro que tenha aceitado essa merda. Todos processados e presos e você… vai para o conselho, mas não o daqui, eu dou um jeito de sumir com você, como já devia ter feito a muito tempo.
— Cê é louco? Tá me fazendo escolher entre a minha mãe e a Lauren? Que tipo de doente é você?
— Entendeu bem. Não sei qual é o tipo de relação doente que tem com essa mulher…
— Cale a porra da boca! Não fale da nossa relação, ela é minha mãe e você não vai falar nada sobre isso.
— Tem dois dias, Cabello. Ou some da vida de Lauren ou sua queridinha vai pra cadeia. Eu tenho muitos planos para Lauren, você atrapalha pelo menos uns três.
— Ela gosta de mim. Devia entender os planos dela. Isso é tão errado, não estou fazendo nada errado porque sou tão punida? Eu gosto da sua filha.
— Minha filha merece bem mais e não vou permitir que ela estrague a vida dela. Sua “mãe” vai ser solta, mas eu vou deixar bem claro pra ela que a escolha dela ter ficado presa foi sua.
Peguei minha mochila e saí dali, estava com raiva, me achando pequena em meio a esse turbilhão de emoções, cansada das coisas negativas dessa vida.
No jantar, eu já sabia que teria que me afastar de Lauren, pois eu nunca permitiria que nada de ruim acontecesse com Mads. Meu coração estava partido, me sentia mal por não encontrar uma solução, demorei para pensar em namoros e agora não me vejo sem ela, mas é a Mads… sei lá. Por mais que eu goste de Lauren, não posso deixar isso acontecer com ela.
NÃO ESQUEÇAM!
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Lonely Girl
FanfictionCamila precisava de um pouco de atenção, mas sua mãe decidiu dar algo diferente. Agora, ela vai contar com a ajuda de novas pessoas em sua vida, afinal, mãe é quem cuida, quem se importa, e verá que as coisas funcionam melhor assim. Como nada é fáci...