Capítulo 34 - Nervosa

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Camila Cabello  |  Point of View




Fiquei esperando Lauren na frente da casa dela, ela demorou um pouco para chegar, assim que o táxi estacionou na frente da casa, fui ajudar elas com as malas...

— Como foi o vôo? – Perguntei abraçando Clara.

— Ótimo.

— Está cansada, Lo?

— Não. Descansamos muito por lá.

— Posso sequestrar sua filha?

— Claro. – Clara beijou minha testa e Lauren foi abraçá-la.

Depois me segurou pelo moletom e me beijou, tão intensamente que quase perdi o equilíbrio. Apertei a cintura dela contra meu corpo e aproveitei o beijo, duas semanas longe dela, isso é tempo pra caralho.

— Senti sua falta, bebê rude. – Revirei meus olhos.

— Até desse apelido ridículo senti falta. – Ela sorriu e colou a testa na minha.

— Vou trocar de roupa antes ir. Tudo bem?

— Sim.

Ela correu para casa e eu a segui, mas caminhando, encontrei Clara conversando com a governanta e fiquei ali a analisando. Ela era uma mulher muito forte, sei lá, ela transmitia segurança nas palavras dela, ela era muito inteligente e a única coisa que pairava em minha cabeça era… como aturou alguém tão escroto?

— Camila… minha garota, como foram esses dias?

— Bons, eu dormi, comi e maratonei séries.

— Então não foi muito diferente de nós duas, temos uma série nova maravilhosa para assistir com você. – Ela passou o braço por meus ombros e caminhamos até a sala. — E o psicólogo?

— Mama me trocou para aquele que você indicou. Ele é bem legal, gosta de séries também. Minha primeira sessão foi falando sobre Pretty Little Liars.

— Falei que ele era ótimo. Jonatan também é, mas ele tem uma clientela mais velha e isso o deixa mais formal. – Ela sentou no sofá e eu na mesinha de centro. — Michael nos contou daí que tinha feito aquela barbárie.

— Sente falta dele?

— Por mais incrível que pareça… não! Ele só me atrapalhava, mas quando se tem filho, devemos pesar um monte de coisas. Só que no fim, acho que vou criar Lauren melhor sem ele. E já o mandei para bem longe para não ter que vê-lo novamente. A delegacia de tampa é bem agitada, pena que até responder o processo ele não poderá exercer o cargo, o quero tão ocupado que nem lembre do meu nome.

— Ele podia sair da cidade?

— Não, mas consegui adiar as caídas de processo para depois da sua transferência, agora ele não pode sair de lá.

— Muito bem pensado. Puta merda, a senhora é inteligente demais.

— Só precisei agir rápido, a adrenalina do momento, junto com a raiva deixa as coisas mais intensas.

— O amor acabou? – Ela ficou me encarando por um tempo.

— O amor existiu? Questionamentos, querida. Tantos questionamentos que passamos diariamente.

— Muito profundo.

— A ama?

— Amo sim. Sem questionamentos.

— Me parece bem promissor. Você já se decidiu por qual faculdade vai seguir?

— Ainda não, cada teste vocacional que faço me leva a um resultado diferente.

Lonely GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora