Capítulo 47 - Direitos

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Camila Cabello  |  Point of View




Nós dormimos até a tarde, Lauren cansada da viagem e eu me acalmando da adrenalina dos últimos dias.

— Amor... – Sussurrei e ela alisava minha mão, enquanto olhávamos para o teto do meu quarto.

— Sim.

— Quer conhecer meus avós?

— Claro, Camz. Manteve o Cabello, eles devem ser incríveis.

— Sim.

— Eu gosto desse nome. Cabello confusão... meu bebê rude.

— O que mais eu preciso fazer para me livrar desse apelido?

— Nada. Eu amo meu bebê rude, essa coisinha mais fofa que eu já conheci. – Neguei e a abracei.

— Eu amo você.

— Então ature meus apelidos fofos.

— O que eu não faço por esses olhos verdes lindos. – Selei nossos lábios. — Vamos agora, ela faz um bolo de cenoura maravilhoso, todos os cafés da tarde lá são movimentados de velhinhos.

— Vamos, só vou tomar um banho.

Ela foi no meu armário e pegou umas roupas que ela havia deixado ali. Coloquei meu tênis e um moletom, fiquei a esperando na cozinha.

Ela estava com minha jaqueta do time e eu sorri. Beijei a testa dela e peguei as chaves do carro de Vanessa. Mandei mensagem para Mads, elas estão dormindo ainda e não quero incomodar, o sono delas é pesado.

Chegamos aos portões e abri o vidro do carro, o porteiro sorriu, acenou e autorizou nossa entrada.

— Olha só. – Ouvi assim que sai do carro. — Que surpresa boa.

— E aí, vô? Beleza?

— Sim. E que moça linda é esta aqui?

— Essa é minha namorada, ela veio me ver.

— É um prazer, querida. Camila fala muito de você.

— Ela é um doce, o prazer é meu.

— Ela é sim. – Minha vó chegou e abraçou Lauren. — Mais bela pessoalmente, querida.

— Obrigada. – Lauren segurou minha mão e entramos na casa, as amigas da minha vó estavam ali, aproveitando o café.

— Essa é a namorada da minha neta, senhoras. – Ela gritou e elas nos cumprimentaram.

Ficamos ali, conversamos muito com elas e senti falta de meus avós ali.

— Lauren, vou procurar meus avós.

— Claro, Camz. Estou bem aqui.

Beijei a testa dela e fui procurando pela enorme casa, achei eles na sala com o piano.

— Ei... está tudo bem?

— Sim, só estamos descansando um pouco.

— Se quiserem ir deitar, podemos ficar com os amigos de vocês.

— É um anjo mesmo. – Ele falou e ela assentiu.

— Tudo bem, filha.

— Sabe... eu sou uma Cabello ainda, mantive meu nome em respeito ao meu pai e a vocês.

— Isso nos enche de alegria, minha neta.

— Não sabe o quanto isso nos deixa em paz.

— É. – Cocei minha nuca. — Gostei do papa que vocês me apresentaram.

— Ele sempre disse que teria uma filha especial, diferente de todos e com um coração enorme. Ele já sabia que você
seria essa garota incrível.

— Que isso. Estou longe de qualquer qualidade real, sou muito falha ainda, mas estou cercada de pessoas boas e não posso bobear. Sei que tudo seria diferente caso acontecesse, mas eu queria ter o conhecido.

Ele amava muito você. Isso era um fato. E ele faria qualquer coisa para te ver bem, ele deve estar te protegendo agora, por isso tudo encaixou tão bem.

— Comecei a pensar sobre isso faz um tempo.

— Eu acho que é ele. Ele era um grande administrador, minha neta.

— O senhor falou.

— Era sobre isso que conversávamos quando chegou. Meu filho era administrador das minhas empresas e largou tudo por sua... ela. E eu segui o barco, mas estou velho, não queremos que fique em choque quando acontecer, mas vamos deixar tudo para você quando partirmos.

— Nossa, vovô. Não fale essas coisas... e não acho certo eu ficar com tudo.

— Claro que é certo, tudo seu por direito e se quiser vender, ou continuar com nossos negócios vai ser decisão sua. Quem sabe até antes de partimos façamos essa entrega, já estou cansado de trabalhar.

— É muita informação para mim. Eu não lido muito bem com essas coisas.

— Não. Fique tranquila, converse com suas mães, elas vão nos dar razão.

— Podemos voltar para o chá agora?

— Claro.

— Ele colocou a mão sobre meu ombro e voltamos a sala.

— Caso se interesse, posso começar a te ensinar tudo que eu sei, como fiz com seu pai.

Assenti e ele foi sentar ao lado de minha avó, que engatou um papo frenético com Lauren e a tarde passou voando. Acabamos ficando para o jantar.

Entreguei as chaves para Lauren, ficamos em silencio a maior parte do percurso.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim. Bom, não ainda.

— Algo que queira compartilhar comigo?

— Meus avós querem me deixar tudo, sabe esses bagulhos de rico, que deixam empresas para os filhos e pah? Então,
eles querem fazer isso comigo.

— Isso é maravilhoso.

— Não parece injusto? Nem nos conhecemos direito...

— Você é herdeira por direito, Camila. Tudo isso é seu, não tem nada de injusto, só não foi criada junto a eles por conta daquela bruxa. E já notou o quão ruim é essa víbora? Ela podia ter deixado você com eles, mas não! Preferiu te largar sozinha. Pare de se negar as oportunidades que a vida está jogando em você, só curta tudo isso.

— Vou conversar com minhas mães, mas você está certa. Acho que isso deixaria eles felizes.

— Radiantes. Eles são ótimos, uns fofos e amam você. Eles ficaram tanto tempo sozinhos por conta do egoísmo de um ser. Os agrade de todas as formas, Camz. Eles sofreram como você.

— Eu amo essa garota brilhante que namoro.

— Boba.

— É sério. Você me dá tanta força, sempre sabe o que falar e eu pareço tão imatura perto de você.

— Você é incrível, Camila. Não me coloque em pedestais, pois sou muito falha ainda. Tenho muito que aprender. – Peguei a mão dela e beijei.

— Comigo nunca falhou, muito pelo contrário.

Ela sorriu e dirigiu até o cinema, assistimos os filmes e voltamos para minha casa tarde.

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