Camila Cabello | Point of View
Eu tentei sair da cama, mas Lauren me segurou.
— O que está acontecendo aqui? – Ele gritou.
— Nada de errado. – Lauren respondeu. A mãe dela apareceu e me sentei na cama.
— Que grito foi esse?
— Nada. Só o que Papa entrou sem bater.
— Essa Cabello estava se esfregando na nossa garotinha. Isso é inadmissível. – Eu queria me defender e dizer que eu estava até controlando a situação, quem se esfregou foi a Lauren, mas isso não melhoraria minha situação.
— Por favor, Mike. De novo não, vamos deixar as meninas em paz e bate na porta antes de entrar. – Mike sussurrou alguma coisa pra ela.
— Ela não tem mais seis anos, vai beijar na boca e temos que conviver com isso. – Foi o que ela disse e fechou a porta.
— Melhor eu ir embora.
— Fica mais um pouco.
— Não. Está tudo bem, a cinta está me machucando e eu estou com sono.
— Me desculpa por ele.
— Está tudo bem, se eu fosse mãe também seria assim… eu acho. – Falei pegando meu celular da mesinha.
— Já disse para não usar cinto. Achei que estivesse sem.
— Se eu estivesse sem, seu pai teria me matado quando visse o estado que tu me deixa. – Ela gargalhou. Me ajoelhei na cama e dei um selinho nela, depois saímos do quarto e falei para Clara que iria embora. Ela insistiu para me deixar em casa.
— Desculpe, senhora Jauregui. Eu não quis desrespeitar vocês, foram beijinhos, mas ele está certo, eu estava sobre ela, mas nada aconteceria.
— Não precisa se desculpar, Camila. Já tivemos a idade de vocês e eu fazia coisas bem piores na minha época. Mike também por isso ele acha que todos são como nós. Essa idade é intensa, cheia de hormônios, é normal. E eu tenho que dar graças a Deus pela filha que tenho e sei que ela é extremamente consciente dos atos dela. Confio na educação que dei a ela e confio em você também. Mike vai se acostumar.
— Obrigada, senhora Jauregui. Eu vou ser honesta com a senhora…
— Eu já sei. Lauren me contou e está tudo bem.
— Obrigada.
— Não me agradeça. Só não a magoe.
— Eu não vou.
Sorri para ela e depois ela me abraçou. Ficamos assim um tempo e sai do carro, acenei quando ela partiu.
Dias depois…
Estava assistindo TV na sala e Mads sentou ao meu lado. Aproveitei o momento para falar sobre minha ideia.
— Tava pensando. Já que aquela casa está no meu nome, a gente podia vender ela e guardar o dinheiro para uma emergência.
— Você pode precisar dela quando for mais velha. É bom ter imóveis.
— Eu queria um carro, se vendêssemos ela, poderíamos comprar e sobraria dinheiro, aí você não faria tantas horas extras.
— Isso tem que ser bem pensado.
— Faz dias que estou pensando nisso, acho que é o certo a se fazer. Aquela casa não me trás lembranças boas e eu moro aqui agora.
— Tudo bem, vou falar com meu advogado. Vamos ver se a escritura está em seu nome mesmo.
Assenti e escorei a cabeça no ombro dela. Ela ficou me fazendo cafuné.
— Quer ter aquela conversa agora?
— Não sei. É bem vergonhoso.
— Não é. Isso é extremamente natural.
— Tudo bem. – Ela levantou e pegou uma sacola.
— Comprei algumas camisinhas para você. Tem alguma dúvida em específico?
— Não sei muito bem. Ela vai sentir dor, né? Eu não.
— Um desconforto, mas se você for cuidadosa isso vai ser bem suportável.
— Hum. – Abri uma camisinha e ela a colocou no meu dedo, como se me explicasse sem falar nada. Assenti. – Tem como saber que ela está gostando?
— Acho que dá pra perceber, mas você não vai prestar muita atenção. Vai ficar perdida na hora, o que é natural, mas a primeira vez em si… sempre é rápida. Depois sim vai melhorando e dependendo a intimidade de vocês, vão falar o que gostaram e o que não gostaram.
— Primeira… outras vezes. Quantas vezes eu posso… você sabe? – Levantei meu indicador.
— Depende da pessoa. Isso não tem um número exato.
— Hum… – Ela tirou um DVD da sacola.
— Minha mãe me mostrou esse DVD quando me explicou sobre sexo. Pode assistir no seu quarto hoje à noite, feche bem as cortinas, isso pode gerar polêmica se os vizinhos perceberem. Mas é um pornô bem didático, é com os atores interpretando adolescentes virgens e não é exagerado, me tirou um monte de dúvidas, acho que vai te ajudar também.
— Você tem dvd de sacanagem? – Falei rindo e ela revirou os olhos.
— Só guardei porque achei que seria legal mostrar para meus filhos, pois é realmente esclarecedor. Se acha ruim não precisa assistir.
— Eu vou sim. – Abracei ela. — Você é um anjo, muito obrigada por tudo.
— Não me agradeça. Se ficar com mais alguma dúvida pode me falar. E isso é só pra quando você se sentir muito preparada, por mais que seja banalizado hoje em dia, é muito importante. A gente sente quando está no momento certo.
— Tudo bem.
Ficamos ali, até ela sair e eu subir para o quarto, fechando as cortinas, trancando a porta e colocando o tal DVD. Que era bem bom, ele ensinava tudo, onde apertar, como colocar a camisinha de maneira correta, as reações do corpo, como eu me sentiria depois, como ela se sentia depois.
Meu celular tocou e eu me assustei, deixei a TV do mute e atendi. Era Lauren.
— Por que não está respondendo minhas mensagens?
— Porque estou assistindo pornô. – Ela gargalhou. — É sério. Mads falou sobre sexo comigo e me deu um filme, ele é didático, vai explicando as coisas que acontecem. É estranho, eu sei…
— Não é. É legal, minha mãe também me mostrou um filme, mas era bem leve.
— Esse também é.
— Vai vir me ver hoje?
— Vou sim. Em uma hora estou aí.
— Okay. Vou te esperar. E responde minhas mensagens.
— Pode deixar.
Encerrei a ligação e terminei o filme, o deixei no quarto de Mads e fui tomar um banho para visitar Lo. Quando cheguei lá tinha um café da tarde enorme, quase não consigo levantar depois de tanto que comi. Depois elas me mostraram o jardim nos fundos da casa e o chafariz enorme. Era muito lindo.
NÃO ESQUEÇAM!
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Lonely Girl
FanfictionCamila precisava de um pouco de atenção, mas sua mãe decidiu dar algo diferente. Agora, ela vai contar com a ajuda de novas pessoas em sua vida, afinal, mãe é quem cuida, quem se importa, e verá que as coisas funcionam melhor assim. Como nada é fáci...