Capítulo 76 - Semente

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Camila Cabello  |  Point of View





Organizando meu lado do closet, achei minha caixinha especial e já me emocionei só de tocá-la, era como voltar no tempo, eu lembrava de cada detalhe daquele dia.

~ Flashback On ~


Me organizei para ter uns dias de folga e organizar a bagunça que minha cabeça estava, por mais que trabalhar em escritório pareça uma maravilha, pois alguns confortos nos são proporcionados, a cabeça fica exausta, tem dias que não tem como, ou você para ou você surta.

Estou organizando meus gibis, alguns extraviaram quando nos mudamos para cá, foi uma confusão que eles quase se perderam. Lucy estava me ajudando, mas ela só estava preocupada com a adoção, que estava demorando para sair.

— Senhora Cabello, carta para senhora. – Lívia me entregou um envelope.

— Obrigada. – Ela saiu e eu rasguei o envelope. Era um convite “Comparecer no American Airlines Arena, hoje as 20:00, acompanhada de sua esposa. Evento exclusivo para sócios”.

— De última hora? – Lucy perguntou pegando o convite.

— Sim, muito estranho. Vou ligar para me informar. – Após uma rápida ligação, eles confirmaram e pediram desculpas por ter mandado os convites assim, mas os entregadores deles estavam de greve.

— É?

— Sim. Vai ser difícil convencer Lauren.

— Já comece agora.

— Verdade, vou mandar umas flores para ela. – Mandei mensagem para floricultura e depois voltamos nossa atenção para meus gibis.


×××


Lauren chegou na nossa casa e se jogou no sofá. Beijei a testa dela e me sentei na poltrona ao lado.

— Cansada?

— Muito.

— Sabe, meu amor. Eu detesto esses eventos...

— Então não vá.

— Mas é do estádio, já não fui no outro.

— Então vá sozinha.

— Amor, sabe que me sinto deslocada e você falou que queria estrear aquele vestido que comprou em Amsterdã. É a oportunidade perfeita.

— Eu não vou ir, Camila. Estou muito cansada.

— Mas falta pouco para seu recesso também e vais poder descansar. Nós vamos dormir o dia todo se quiser, não vamos fazer mais nada. Me ajuda nessa, por favor!

— Vem cá! – Ela abriu os braços e me deitei sobre ela. — Você é uma mala, sabia?

— Ainda bem que o romance não morreu.

— Me sinto uma ogra quando me cobra o romance.

— Não! Estou brincando, amor. Eu amo seu jeitinho e você é romântica.

— Claro que sou, eu aturo você.

— Viu. – Ela gargalhou e selou nossos lábios.

— Eu amo você, sai sua chata. Eu vou nessa droga de evento com você, mas vai ter que ir ao clube comigo todas as quartas.

— Mas amor... – Ela arqueou uma sobrancelha. — Vai ser um prazer.

— Negócio fechado.


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