Capítulo 22 - Perseguição

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Camila Cabello  |  Point of View




Estava indo visitar Mads no trabalho e antes que conseguisse entrar, o pai de Lauren ligou a sirene, nem precisei virar para saber, olhei para trás e continuei caminhando, mas ele usou o megafone do carro. Como todo mundo ficou me olhando, tive que ir lá.

— Cabello… é bem mais esperta que pensei.

— Pior que não, mas minha mama arrasou.

— Ela não é sua mãe, sua mãe desistiu de você.

— Bom… ela acha que é minha mãe, se nós duas achamos, pouco importa o que os outros acham.

— Sabe que se pisar uma vezinha fora da linha eu acabo com você.

— Escuta aqui, delegado. – Senti meu braço ser puxado e Mads ficou a minha frente. — Deixe minha garota em paz. Estou cansada desse seu comportamento invasivo, na próxima vez, eu que vou denunciar você. Tirei fotos do estado que ficou minha casa e sabe muito bem que todas as vezes que levou Camila a delegacia sem prova nenhuma, fora ela ser menor de idade, me dão munição para isso. As meninas estão felizes, fique feliz por sua filha e pare de encher o saco da minha. Eu não quero mais ver você conversando com ela abusando da autoridade deste jeito. – Ela me segurou pelo moletom. — Vem. E não pare mais por conta de sirenes, você não fez nada.

Ela me arrastou, ela estava puta e virei para trás e sorri para ele, que saiu arrancando e cantando pneus. Sentei na bancada e Mads se escorou na mesma, pelo lado de dentro.

— Ei… fique calma.

— Ele não pode fazer isso. Ligar sirenes e te constranger em frente a todos, isso é humilhação.

— Eu tô legal, tá? Não fica assim, nem vale a pena e desta vez foi meio que ameaça de sogro… eu acho. Bom… eu nunca tive sogros.

— Nunca namorou? – Neguei. — Sua mãe falou sobre o que acontecia? Falou sobre sexo?

— Nunca. Ela nem mencionava direito que eu tinha pau, por vergonha. – Olhei para os lados, para ver se alguém prestava atenção na nossa conversa.

— Você tem alguma dúvida? Vocês já falaram sobre isso?

— Não diretamente, só falamos sobre virgindade.

— Ela também é?

— Sim.

— Quer conversar sobre isso?

— Acho que sim.

— Conversaremos, então. Quer um milk-shake?

— Claro. – Eu sorri e ela foi lá fazer, me trouxe uma torta de queijo que estava maravilhosa.

Logo Lauren chegou ali com as amigas, não as vi entrando, mas meu tronco foi abraçado então deduzi que ela fosse a única a fazer isso e pela quantidade de vozes, ela estava acompanhada, mas eu estava errada, era Jennifer, quase pulei em cima do balcão.

— Tá doida, garota?

— Não queria te assustar. – As amigas dela saíram e ela ficou ali. — Como tá?

— Tô bem.

— Sozinha?

— Vim ver minha mãe. – Ela assentiu.

— E Lauren?

— Está vindo. – Eu menti, ela assentiu.

— Vocês voltaram mesmo?

— Sim. Eu preciso ir, vou dar tchau pra Mama. – Falei saindo me encostando no balcão, sem virar de costas para ela. Corri para os fundos e Mads estava colocando o lixo fora.

— Oi. Algum problema?

— Problemão. Eu vou embora, depois volto com a Lauren se ela quiser. – Beijei o rosto dela e sai.

Troquei mensagens com Lauren, ela queria que eu fosse a casa dela, mas a última experiência me deixou traumatizada. Só que lembrei que o pai dela está trabalhando. Ela fez Vero ir me pegar em casa e deixar na porta dela.

— Foi um favor que eu estava devendo a ela. – Ela disse quando eu perguntei se devia alguma coisa. — Mas se quiser me agradar, eu gosto de colares e uso toucas. Escolhe umas bem estilosas.

— Vou lembrar disso.

Sai do carro e fiquei pensando, aquela casa está no meu nome, mas eu já tenho uma casa, seu eu vender ela, podemos ter uma folga no orçamento de casa, já que Mads não me deixa trabalhar para ajudá-la. É uma ideia.

A mãe dela quem me atendeu, foi bem simpática e disse para eu subir até o quarto de Lauren, me explicando qual era. Perguntou se eu estava com fome, avisei que tinha comido a pouco e ela assentiu. Bati na porta e Lauren gritou entra.

— Não precisa bater.

— Eu tô um pouco perdida ainda. – Me sentei ao lado dela na cama. — Que filme é esse?

— Para todos os garotos que já amei.

— Hum… é sobre todos os garotos que ela amou?

— Muito perspicaz, Camz.

— Obrigada. – Falei levando a mão ao peito e ela gargalhou. — Seu pai me procurou hoje, bom… ele me achou na rua.

— Ele fez algo a você? – Ela disse virando rapidamente.

— Não, só disse que se eu pisar na bola com você, vai me castrar. Meio isso. – Falei e ela assentiu.

— Ele queria me mandar embora ontem. Quase me fez ir para Nebraska. Sorte que minha mãe chegou na hora certa, já aproveitei e contei tudo sobre o que ele fez. Depois que ela soltou os cachorros nele, resolveu bem rapidinho. Ficou bem calmo.

— Na minha cabeça ele te mandaria a um convento. – Ela revirou os olhos.

— Assistir Tierra de lobos não está te fazendo bem.

— Eu nunca vou superar Crisabel.

— Não vou nem assistir pra não sofrer.

— Bem que cê faz.

— Agora vamos prestar atenção no filme. Vou voltar porque eu não entendi nada. – Ela o fez e depois deitou contra meu peito, abracei ela e ficamos assistindo o tal filme. A mãe dela entrou com pipocas e ficou assistindo conosco.

— Muito melhor que Barraca do beijo. – A mãe dela disse levantando.

— Mil vezes melhor. Peter Kavinsky é um príncipe encantado perto do abusivo Noah Flynn.

— Verdade.

— É outro filme?

— Sim. Nunca assistiu?

— Não.

— Quer perder quase duas horas da sua vida para aprender como não agir em um relacionamento?

— Se você quiser.

— Mais pipoca, Mama.

— É pra já.

— Nós assistimos, ela reclamavam muito o tempo todo, o cara era um babaca mesmo, não tinha como defender.

— Preciso ir.

— É cedo, Camila. Jante conosco.

— Não… Mads já deixou janta pronta, fica pra próxima.

— Tudo bem, fique a vontade e eu te deixo em casa quando quiser ir.

— Obrigada, senhora Jauregui.

Ela saiu do quarto e avancei em Lauren. Estava a tarde toda ali e nenhum beijo foi trocado. Isso é muito tempo. Ela me puxou pela nuca e só parou quando me deitei sobre ela, ficamos assim… até o pai dela entrar no quarto.

NÃO ESQUEÇAM!

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