Madelaine Petsch | Point of View
Após visitar os pais de Vanessa e comer como uma condenada, voltamos a nossa casa e Camila já estava ali.
— Ela disse que passaria a tarde com Tyga.
— Que bom que ela já voltou.
— Sim.
Assim que entramos, vimos sangue pelo chão e corremos ao quarto dela, Camila estava encolhida na banheira.
— Filha, o que aconteceu?
— Nada.
— Como nada? Onde você se machucou. – Vanessa levantou ela dali.
— Meu Deus! – Ela disse após ver o pescoço roxo dela.
— Vamos a um hospital.
— Não! Estou cansada de hospitais, de conversar... eu só quero dormir. Estou bem.
— Não está bem.
— Mama.... eu estou ótima agora. Sério.
— Não preocupe sua Mama, filha. Vamos ao hospital. – Vanessa disse, ela tinha um jeitinho de falar, um jeitinho de convencer... Camila assentiu e a vestimos, ela parecia desligada, olhando para pontos fixos e no fim, não falou nada.
Ela estava fazendo os exames e ficamos esperando na recepção.
— Você não pode passar por essas coisas.
— Eu estou bem, amor. Ela precisa que eu fique ao lado dela agora.
— Acreditou nessa história de assalto?
— Não muito, mas ela vai nos contar quando melhorar. Ela só precisa descansar.
— Claro.
O médico nos passou os remédios e ligamos para Lauren quando chegamos na nossa casa, ela chorou compulsivamente quando viu Camila. Talvez ela estivesse sentindo algo e confirmou.
Camila Cabello | Point of View
Fui até a mansão do meu avô, no horário que minha vó faz uma caminhada com as amigas e ele dá qualquer desculpa para não as acompanhar.
— Oi, filha. – Ele beijou minha testa e eu sentei no sofá, ele voltou a poltrona dele e ficou sorrindo para mim.
— Vai perguntar do pescoço mais uma vez?
— Todas as vezes... até me contar o que aconteceu.
— Eu aproveitei que a vovó não está aqui para contar algo bem pesado, o senhor tem que ser forte.
— Eu sou uma muralha, minha filha. Nem tem ideia pelo que já passei.
— Tudo bem. – Me ajeitei no sofá. — O dinheiro que pedi foi para dar a Sinuhe.
— Filha... como assim? Essa mulher te pediu?
— Sim, ela queria uma mesada para compensar os anos que me criou.
— Que mulher imunda.
— Mas foi só um ato simbólico, eu queria fazer o teatro de rasgar o dinheiro na frente dela, por isso não descontei o cheque, eu rasguei.
— Agora tudo faz sentido... ela não aguentou e te agrediu?
— Não, eu fiquei com a ideia de ela ter matado meu pai na cabeça desde aquela frase que me disseste no nosso último
encontro, foi culpa dela, aquilo me fez desmaiar, não preguei o olho a noite e meu plano mudou. Fui confronta-la. – Coloquei o pendrive sobre a mesa. — Ela confessou. Está tudo aqui nesse pendrive, todas as frases cruéis e sem filtro, mostrando a verdadeira Sinuhe. Estou com você, vovô. – Ele começou a chorar e eu o abracei. — Eu sei que é difícil, mas eu precisava te contar, ela nos tirou ele pelo dinheiro e como vocês não o deram, puniu vocês com a minha falsa morte.— Ela vai pagar, minha filha. Nem que seja a última coisa que eu faça em vida.
— Deixei para o senhor a decisão de contar a vovó.
— Eu vou, com jeitinho, mas ela se sairá melhor que eu. Ela sempre desconfiou disso tudo.
— Eu preciso falar com a tia Clara, ela também foi prejudicada por Sinuhe. Depois eu vou contar as minhas mães e elas vão querer matar essa mulher.
— Não mais que eu, filha.
— E depois vou voltar a minha rotina normal, vou levar minha morena para jantar e talvez viajar com ela no final de
semana.— É o melhor que você faz.
Ficamos abraçados por um tempo, depois fui à casa de Lauren que ignorou meus machucados pulando no meu colo.
— Meu amor...
— Camz... como você está? Até que enfim veio me ver.
— Conselho da Kate. Te dar mais atenção.
— Depois conversamos sobre essa daí. – Apertei as bochechas dela enquanto eu sorria e ela revirou os olhos novamente. — Idiota. Vou arrumar uma psicóloga decente para você.
— Ela é descente.
— Alguém velho e que não tenha olhos azuis.
— Eu te amo, Lauren.
— Eu também amo você, sua bobona.
— Vamos sair hoje? Sei lá, uma noite normal, como um casal normal e sem nenhum amigo. Só nós duas.
— Acho uma ótima ideia.
— Só preciso fazer uma coisa antes, preciso conversar com sua mãe.
— Tudo bem. – Ela foi conversar com a mãe e ela caminhou até mim.
— Quer conversar?
— Sim.
Ela assentiu e caminhamos até o escritório dela e sentamos no sofá ali.
— O que houve, filha? – Sorri para ela. — Sabe que é assim que te considero, não?
— Sei sim, não sorri em descaso. E eu gosto muito da senhora também, tanto que nem sei como falar com a senhora sobre isso.
— Pode falar, estou sempre à disposição.
— Eu encontrei minha mãe biológica nessa semana e ela me contou uma novidade.
— Qual? – Fiquei a encarando.
— Eu descobri porque o pai da Lauren me queria longe de vocês.
— Porque?
— Ele e essa víbora tiveram um caso. Ela achou que ele era rico, mas depois descobriu que a rica era você. Ele meio
que subornou ela para me soltar e depois ela gostou. E tipo... ele achou que eu sabia e tals, sei que não estão mais juntos, mas deve ser difícil.— Só fico me sentindo mal por você e por Lauren, nada que venha daquele homem me surpreende, filha. Eu sabia que ele me traia, depois de um tempo eu fui relevando, mas depois que ele enlouqueceu por conta da sua presença, foi o fim real. Quero que não conte nada a Lauren.
— Sim, por isso falei com você. É algo íntimo e deve ser tratado entre vocês, caso você ache necessário.
— Muito sensato pensar assim mesmo passando por um turbilhão desses.
— Nada me surpreendeu, nada mesmo. Eu já fui gravando por saber que ela tinha matado o meu pai. Então... agora acabou. Não tem mais fantasma, só preciso focar e seguir minha vida. Como tem que ser.
Ela me abraçou e ofereceu apoio. Depois voltei pra casa e minha mama grudou em mim. Ficou me mimando muito.
NÃO ESQUEÇAM!
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Lonely Girl
FanficCamila precisava de um pouco de atenção, mas sua mãe decidiu dar algo diferente. Agora, ela vai contar com a ajuda de novas pessoas em sua vida, afinal, mãe é quem cuida, quem se importa, e verá que as coisas funcionam melhor assim. Como nada é fáci...