Capítulo 67 - Surto

1.8K 188 8
                                    

Madelaine Petsch  |  Point of View





Ele não esboçava reação, só nos analisava muito enquanto falávamos. Somente quando Vanessa mostrou o áudio a ele, sua expressão suavizou radicalmente.

— Que mulher é essa? Não pode ser. – Ele disse entrando em desespero na nossa frente, segurava os cabelos enquanto esbravejava. Do nada ele sorriu. — Sabem o que é mais imbecil? Eu ter escolhido ela ao invés de uma jovem por medo delas se interessarem só pela minha grana. – Ele negou e colocou as mãos na cintura.

— Eu sei que é cruel e uma difícil novidade, mas ela bateu na minha filha e agora quero conversar com ela. Ela quase a matou.

— Ela quase matou a própria filha também? Nossa... me casei com satã.

— Meio isso. – Vanessa me repreendeu.

— Bom... depois dessa eu nem posso deixa-la aqui em casa, não quero me encrencar com a polícia e muito menos me meter com o Cabello, ele pode me destruir com uma ligação.

Ele saiu dali, visivelmente abalado e falou algo aos seguranças.

Depois de um tempo, a mulher que me desperta o meu pior, atravessava o jardim, ela estava irritadíssima, mas nem esperei ela falar para socar seu rosto e a fazer cair no chão em total confusão.

Nem demorou muito e Vanessa a levantou pelos cabelos, a encarando bem no rosto.

— Falei para ficar longe dela. – Ela cuspiu no rosto da mesma e a fez cair novamente com outro puxão em seu cabelo, acertou um chute em seu rosto e me aproximei para ajudá-la, só saímos de cima dela quando os seguranças nos retiraram.

Depois nos ligamos que aqueles seguranças não eram do marido dela, e sim os do senhor Cabello.

— Vejo que encontraram essa víbora. – Ele apareceu entre eles. — Você está bem, minha filha? – Ele perguntou e eu assenti. — Não pode se esforçar deste jeito.

— Ela mereceu cada desgaste. – O encarei. — Como sabia?

— Camila ficou preocupada e segui vocês. – Ele olhou a mulher no chão. — Que belo trabalho, sorte que elas chegaram primeiro a você. Eu a mataria, mas não vale a pena, quero você sofrendo assim... no chão.

— Velho imundo. – Ele chutou terra em seu rosto.

— Shiu... – Ele se abaixou e o segurança colocou o casaco contra meus ombros e o que estava com Vanessa fez isso com ela. — Cobras não falam, elas ficam rastejando um pouco entre as pessoas de bem, sugando e tentando elas, mas depois caem. Morrem na terra fria da solidão. Não leu a bíblia, sua profana? Nem imagina os castigos que a esperam... na cadeia ninguém vai ter pena de uma pessoa que abandonou a filha e depois a tentou matar... como elas sabem? Um amigo meu já espalhou toda sua história por lá. E você vai mofar lá, são muitos crimes... e graças a minha neta, eu tenho provas que o seu marido já autorizou serem usadas. Pensou que ia ser uma gravação inútil? Ele está tão indignado quanto nós e você vai ter que se virar um defensor público.

Ela tonta no chão, tentou bater nele, mas os seguranças foram mais rápidos e a prenderam.

Ele nos retirou dali, não falamos durante a viagem toda.

— Isso pode ficar entre nós? – Vanessa falou quando chegamos ao hospital.

— Vai ficar, vamos nos preocupar com a mamãe pugilista aqui. – Eu sorri e ele segurou meu ombro, ficamos ali até meu médico chegar e me dar aquela bronca, mesmo que tenha ficado tudo bem.

~ Flashback Off ~


— Mads... – Olhei Vanessa que tinha uma expressão assustada. — Você dormiu com os olhos abertos?

— Só estava pensando.

— Uau... algo que te tirou desse mundo.

— Só pensando que você é uma mamãe muito fofa.

— Mas olha como ele é lindão... – Ela colocou ele com os pés apoiados em seus joelhos. — Bebezão da mamãe.

Ele sorria para ela, depois Camila chegou com Lauren e elas traziam comida tailandesa para nosso jantar.

— Lauren, como está a faculdade?

— Bem cansativa, nossa... não sabia que era tão complicado.

— Podes mudar o curso.

— Sim, mas até agora não achei nada que me chamasse mais atenção que isso.

— É assim mesmo, conforme vai passando vai melhorando e lá no fim vai dar saudade.

— Fez administração?

— Mamãe fez tudo, administração, enfermagem, cursos de psicologia, cursos de direito, ela não parou até ser diretora e não tem no mundo alguém mais indicado para cuidar de escolas. – nLauren segurou as bochechas de Camila.

— Eu sou muito babona pela minha mamãe.

— Não me enche. – Camila disse bufando e corando, seguiu o seu jantar.

— Mas é isso que eu penso em fazer, administração por que tenho e alguns cursos aleatórios para satisfação pessoal.

Quando Travis chorou, Camila e Vanessa quase apostaram corrida até o quarto para busca-lo. Lauren e eu nos entreolhamos e sorrimos.

— Isso que Camila era desconfortável com a ideia, agora só falta dar de mamar para o irmão, de resto ela faz tudo.

— Ela tem um instinto aflorado de proteção. Exagerado, na verdade.

— Bem exagerado e Vanessa não fica longe.

— Eu fico tão feliz com isso, estava com tanto medo de uma recaída dela.

— Camila é cabeça dura, mas não é irracional, no fundo ela já sabia que tudo ficaria bem.

— Foi um longo caminho para ela.

— Por um lado, ela amadureceu muito nesse caminho, eu lembro dela antes e agora... são duas pessoas completamente diferentes.

— Acho que ela sempre foi assim, minha cebolinha. Várias camadas de proteção.

— Cebolinha? – Perguntei e Camila estava entrando na sala.

— Mama! Assim você acaba com a minha moral, né.

— Desculpe, bebê. Escapou.

— Bebê?

— Mama!

— Ai, me desculpe, eu esqueço, Lauren é da família e ela te chama de coisas piores.

— Vocês estão acabando com meu estilo.

Ela me entregou Travis que não quis mamar, acho que ele só queria o movimento e ficar nos encarando com aqueles olhinhos completamente atentos a cada gesto entre nós, mas era nítido que a voz de Camila chamava mais sua atenção.

NÃO ESQUEÇAM!

===================================
Não esqueçam de ACENDER a ESTRELINHA e COMENTAR, é importante para que mais pessoas consigam ler a história.
===================================

Lonely GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora