Madelaine Petsch | Point of View
Ele não esboçava reação, só nos analisava muito enquanto falávamos. Somente quando Vanessa mostrou o áudio a ele, sua expressão suavizou radicalmente.
— Que mulher é essa? Não pode ser. – Ele disse entrando em desespero na nossa frente, segurava os cabelos enquanto esbravejava. Do nada ele sorriu. — Sabem o que é mais imbecil? Eu ter escolhido ela ao invés de uma jovem por medo delas se interessarem só pela minha grana. – Ele negou e colocou as mãos na cintura.
— Eu sei que é cruel e uma difícil novidade, mas ela bateu na minha filha e agora quero conversar com ela. Ela quase a matou.
— Ela quase matou a própria filha também? Nossa... me casei com satã.
— Meio isso. – Vanessa me repreendeu.
— Bom... depois dessa eu nem posso deixa-la aqui em casa, não quero me encrencar com a polícia e muito menos me meter com o Cabello, ele pode me destruir com uma ligação.
Ele saiu dali, visivelmente abalado e falou algo aos seguranças.
Depois de um tempo, a mulher que me desperta o meu pior, atravessava o jardim, ela estava irritadíssima, mas nem esperei ela falar para socar seu rosto e a fazer cair no chão em total confusão.
Nem demorou muito e Vanessa a levantou pelos cabelos, a encarando bem no rosto.
— Falei para ficar longe dela. – Ela cuspiu no rosto da mesma e a fez cair novamente com outro puxão em seu cabelo, acertou um chute em seu rosto e me aproximei para ajudá-la, só saímos de cima dela quando os seguranças nos retiraram.
Depois nos ligamos que aqueles seguranças não eram do marido dela, e sim os do senhor Cabello.
— Vejo que encontraram essa víbora. – Ele apareceu entre eles. — Você está bem, minha filha? – Ele perguntou e eu assenti. — Não pode se esforçar deste jeito.
— Ela mereceu cada desgaste. – O encarei. — Como sabia?
— Camila ficou preocupada e segui vocês. – Ele olhou a mulher no chão. — Que belo trabalho, sorte que elas chegaram primeiro a você. Eu a mataria, mas não vale a pena, quero você sofrendo assim... no chão.
— Velho imundo. – Ele chutou terra em seu rosto.
— Shiu... – Ele se abaixou e o segurança colocou o casaco contra meus ombros e o que estava com Vanessa fez isso com ela. — Cobras não falam, elas ficam rastejando um pouco entre as pessoas de bem, sugando e tentando elas, mas depois caem. Morrem na terra fria da solidão. Não leu a bíblia, sua profana? Nem imagina os castigos que a esperam... na cadeia ninguém vai ter pena de uma pessoa que abandonou a filha e depois a tentou matar... como elas sabem? Um amigo meu já espalhou toda sua história por lá. E você vai mofar lá, são muitos crimes... e graças a minha neta, eu tenho provas que o seu marido já autorizou serem usadas. Pensou que ia ser uma gravação inútil? Ele está tão indignado quanto nós e você vai ter que se virar um defensor público.
Ela tonta no chão, tentou bater nele, mas os seguranças foram mais rápidos e a prenderam.
Ele nos retirou dali, não falamos durante a viagem toda.
— Isso pode ficar entre nós? – Vanessa falou quando chegamos ao hospital.
— Vai ficar, vamos nos preocupar com a mamãe pugilista aqui. – Eu sorri e ele segurou meu ombro, ficamos ali até meu médico chegar e me dar aquela bronca, mesmo que tenha ficado tudo bem.
~ Flashback Off ~
— Mads... – Olhei Vanessa que tinha uma expressão assustada. — Você dormiu com os olhos abertos?— Só estava pensando.
— Uau... algo que te tirou desse mundo.
— Só pensando que você é uma mamãe muito fofa.
— Mas olha como ele é lindão... – Ela colocou ele com os pés apoiados em seus joelhos. — Bebezão da mamãe.
Ele sorria para ela, depois Camila chegou com Lauren e elas traziam comida tailandesa para nosso jantar.
— Lauren, como está a faculdade?
— Bem cansativa, nossa... não sabia que era tão complicado.
— Podes mudar o curso.
— Sim, mas até agora não achei nada que me chamasse mais atenção que isso.
— É assim mesmo, conforme vai passando vai melhorando e lá no fim vai dar saudade.
— Fez administração?
— Mamãe fez tudo, administração, enfermagem, cursos de psicologia, cursos de direito, ela não parou até ser diretora e não tem no mundo alguém mais indicado para cuidar de escolas. – nLauren segurou as bochechas de Camila.
— Eu sou muito babona pela minha mamãe.
— Não me enche. – Camila disse bufando e corando, seguiu o seu jantar.
— Mas é isso que eu penso em fazer, administração por que tenho e alguns cursos aleatórios para satisfação pessoal.
Quando Travis chorou, Camila e Vanessa quase apostaram corrida até o quarto para busca-lo. Lauren e eu nos entreolhamos e sorrimos.
— Isso que Camila era desconfortável com a ideia, agora só falta dar de mamar para o irmão, de resto ela faz tudo.
— Ela tem um instinto aflorado de proteção. Exagerado, na verdade.
— Bem exagerado e Vanessa não fica longe.
— Eu fico tão feliz com isso, estava com tanto medo de uma recaída dela.
— Camila é cabeça dura, mas não é irracional, no fundo ela já sabia que tudo ficaria bem.
— Foi um longo caminho para ela.
— Por um lado, ela amadureceu muito nesse caminho, eu lembro dela antes e agora... são duas pessoas completamente diferentes.
— Acho que ela sempre foi assim, minha cebolinha. Várias camadas de proteção.
— Cebolinha? – Perguntei e Camila estava entrando na sala.
— Mama! Assim você acaba com a minha moral, né.
— Desculpe, bebê. Escapou.
— Bebê?
— Mama!
— Ai, me desculpe, eu esqueço, Lauren é da família e ela te chama de coisas piores.
— Vocês estão acabando com meu estilo.
Ela me entregou Travis que não quis mamar, acho que ele só queria o movimento e ficar nos encarando com aqueles olhinhos completamente atentos a cada gesto entre nós, mas era nítido que a voz de Camila chamava mais sua atenção.
NÃO ESQUEÇAM!
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Lonely Girl
FanficCamila precisava de um pouco de atenção, mas sua mãe decidiu dar algo diferente. Agora, ela vai contar com a ajuda de novas pessoas em sua vida, afinal, mãe é quem cuida, quem se importa, e verá que as coisas funcionam melhor assim. Como nada é fáci...