Capítulo 40 - Difícil

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Camila Cabello  |  Point of View




Estava no escritório, agora que Vanessa mora aqui virou um escritório de verdade, esperando Lauren me chamar. Depois de um tempo jogando ela me ligou.

— Camz! – Coloquei na tela inteira e acenei para ela. — Que bom ver seu rosto.

— Digo o mesmo. Como estão as coisas por aí?

— Cansativas, são muitas coisas para aprender em um espaço curto de tempo.

— Mas você está bem?

— Sim, só sinto a sua falta.

— Eu também, amor.

— E com o time? Está conciliando bem?

— Sim, os outros são muito inteligentes, eles me queriam no time para dar um tom mais agressivo a ele. – Dei de ombros. — Não preciso fazer muita coisa.

— Você é inteligente também, não te chamaram só para isso.

— Foi o que eles me disseram, mas não importa, eu só queria o casaco mesmo. – Me ajeitei na cadeira. — Já fizeram amigos por aí?

— Hoje vai ter uma festa para os nós, mas até agora estamos tentando nos situar.

— Tem como mandar a Dinah parar de me mandar fotos os caras daí? Não que eu ache que você vai fazer as coisas que ela escreve, mas é irritante.

— Eu já falei para ela parar, mas vou ter que apelar para minha mãe.

— Como ela está? Estou cuidando do jardim ela.

— Ela sabe, e está mais encantada com você. Está bem… – Ela olhou para os lados. — Eu acho que ela está saindo com um professor meu. Ele é um gato.

— Que bom que ela está seguindo em frente. – Sorri e ela retribuiu assentindo.

— Você está bem? – Fiquei em silêncio por um tempo, me perguntando se estou bem mesmo.

— Não sei. Estou bem na medida do possível.

— Eu sinto muito.

— Você não tem culpa de nada. Sei lá, acho que o começo é mais complicado. Daqui a pouco deve passar.

— Duvido muito que passe, mas vamos torcer para esse tempo passar rápido.

— Ele não vai, Lauren. Ele vai se arrastar, como sempre é em situações como esta.

— Vamos passar por essa. – Assenti. — Preciso ir agora.

— Tudo bem.

— Eu te amo.

— Eu também te amo. – Ela me mandou um beijo e encerrou a chamada.

Sai dali e Mads estava assistindo TV, sentei ao lado dela e a abracei, ela acariciou minhas costas e eu comecei a chorar. Sei lá… é muito pesado para mim.

— Amor… não fique assim, a mãe fica sem saber o que fazer.

— Não tem o que fazer. – Ela beijou minha testa e continuou me consolando, quase chorando por me ver chorar.


×××


A noite eu estava arrumando minha mochila, pois passaríamos o dia em Dallas para a primeira fase dos jogos de matemática. Vanessa escolheu os professores responsáveis por nós na viagem.

— Meninos, estamos com vocês e torcendo pela nossa vitória. A escola nunca foi selecionada para essa olimpíada, então, caso passem por essa fase, vão sair na primeira capa do jornal. Isso vai nos dar muita visibilidade e mais fundos para os Matletas.

Lonely GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora