23- Lucas

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Passar esses dias longe da Manu estavam sendo uma provação de confiança tanto pra mim quanto pra ela. Caio e a Gabi estavam em um patamar onde ambos estão em um nível de relacionamento que está dando mais do certo.

Já eu por outro lado continuo recebendo mensagens e ligações de verônica que insiste em nos encontrarmos, coisa que está fora de cogitação, e por causa disso recuso todas as outras investidas. Letícia por outro lado se deu por vencida e parou de me cercar, acho que a vaga no escritório e mais atraente do que atazanar minha vida.

- tem que ir nesse jantar - Caio diz assim que passa pela porta.
- eu sei! Mas você sabe que o Vinicius e a prima vão estar lá também.
- cara quando dois não querem dois não fazem!
- pra você é fácil falar quando nenhuma maluca tenta atrapalhar teu namoro!- bato em seu ombro.
- não dá brecha pra isso irmão, jantamos e viemos embora.

O jantar era com uma empresa de alta tecnologia onde Vinicius amigo do investidor estaria presente, Veronica também já que era essencial na parte de marketing.

Assim que nos acomodamos e todos os demais chegaram o jantar foi servido, lidamos muito bem a parte de negociação e fechamos, para comemorar estouramos um champanhe. Veronica continuava a me encarar mesmo eu não mantendo meus olhos fixos com os dela. Ela não era a minha manu.
Brindamos até que sinto saltos encostando em minha perna por baixo da mesa. Não preciso olhar para saber de quem se trata. Eu a encaro e ela sorri com os lábios vermelho sangue.

Um mulher bonita nunca passava batido, ainda mais quando tinha uma história por trás, mas dessa vez nenhuma mulher me distrairia daquela que está me esperando em casa. A única por quem só o pensamento me deixa duro.

Retiro minha perna sem da tempo de que seu contato seja mais provocativo já que suas intenções não são as melhores.

Nos despedimos no fim e Caio chama um táxi. Já no hotel depois de falar com a minha mulher tomo um banho e coloco uma bermuda qualquer até que a campainha toca.

- o que você quer seu mane - falo rindo achando ser Caio. Mas para minha surpresa e quem eu menos esperava. Veronica.
- oi querido - ela sorri - vim trazer um vinho para comemorar a conquista.
- Veronica, não sei até que ponto devo ter sido claro com você. - respiro fundo quando seus olhos me analisam - eu não tenho interesse nesse tipo de comemoração e você sabe meus motivos.
- ah que bobagem querido!- ela ri - somos amigos.
- Veronica não quero ser indelicado mas não - digo quando a vejo entrando porta a fora.
- uma taça e eu vou embora - revira os olhos.
Respiro fundo e me sento longe dela.
- ok.- me dou por vencido.

Uma taça e um brinde, a sensação de fazer algo errado é gritante. Mas uma taça e eu me livro dela.
Veronica serve e me entrega uma.
- um brinde a nossa conquista - sorri e bate a taça na minha.
O primeiro gole entra como frescor, nada que um bom vinho não traga prazer ao paladar.
Ela geme satisfeita enquanto bebê. Aquele som me irrita pois sei que faz de propósito.
- pronto - digo sorvendo o restante da minha taça.- agora você pode ir embora por favor.

Me sinto meio tonto. Levanto e me arrasto até a porta.
- querido? Tudo bem?- suas mãos seguram meus braços.
- por favor saia - digo com a voz enrolada e sem conseguir manter os olhos abertos.
- Lucas vem deixa eu te colocar na cama - algo me puxa.
- me solta - digo confuso - Manu...

Não consigo caminhar sozinho.
Entre delírios consigo chamar o nome dela.
- Manuela......

O sol batendo forte contra janela arde meus olhos e minha cabeça parece explodir.
- droga!- digo.
Abro os olhos com dificuldade e me encontro Nu. Não lembro de ter vindo para o quarto e muito menos de dormir pelado.
Minha memória está trazendo flashback.

Veronica....
Vinho....
Sono.....

Não! Não! Não!

A porta do banheiro abre e vejo Veronica sair vestindo um roupão e sorrindo.
- acordou dorminhoco - ela ri.
- o que você faz aqui?
- esqueceu que passamos a noite juntos querido?
- não passei a noite com você Veronica!
- tem certeza?- ela aponta para onde estou com o lençol por cima.
Coloco as mãos na cabeça e a dor e absurda.

Levanto enrolado no lencol.
- não sei o que aconteceu ontem, mais eu espero que quando eu sair do banho que você já tenha dado o fora daqui.- digo ríspido e ela me olha assustada.
- nossa!- coloca a mão no peito - você nunca falou assim comigo.
- fora Veronica! Daqui e nunca mais se aproxime de mim.
Ela solta um sorrisinho sínico.
- quando você cansar de brincar de casinha, me procure.

Bato a porta com força e me tranco.
Eu não posso ter feito isso! Eu não lembro de nada.
Minha cabeça dói só de pensar nessa merda!
Manuela......

O melhor amigo do meu irmão 💘Onde histórias criam vida. Descubra agora