Capítulo LX.

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Shivani Urrea:

_ O que você está aprontando Bailey Urrea? – Perguntou quando ele colocou a venda nos meus olhos, não que aquilo fosse necessário, já que tudo que eu conseguia enxergar eram vultos e algumas variações de cores. Agradeci aos céus por ter colocado tênis naquela manhã, já que nós já tínhamos descido algumas dezenas de escadas e o vento marítimo batia nos meus cabelos levando-os para trás e aquilo era maravilhoso, eu estava realmente em casa._ Para onde está me levando?

_ Logo você vai saber esposa. – Respondeu ele ajudando-me a descer o resto das escadas, eu podia ouvir a voz dos turistas se misturando ao barulho ao nosso redor. Bailey parou e segurou as minhas mãos avisando que eu poderia tirar a minha venda e eu fiz, já que estava realmente curiosa para saber onde eu estava, ele tinha me trazido para rejeitar a comida de zia Giovanna._ Sabe onde estamos moglie?

    Céus ele era realmente uma caixinha de surpresa, claro que eu conhecia aquele lugar, era praticamente impossível não reconhecer aquele lugar, por mais que fossem apenas enormes vultos, eu reconheceria aquelas ruínas de qualquer maneira, encarei em volta, praticamente nada tinha mudado, eu podia projetar casa pedaço daquele lugar na minha mente. Dei um passo à frente sorrindo e Bailey segurou o meu braço quando eu me desequilibrei por conta do terreno desregular.

_ Tenha cuidado, não somos mais crianças. – Falou ele colocando o meu braço no seu e andando a passos lentos._ Não queremos que um acidente aconteça na nossa primeira semana na Itália, esse lugar não mudou nada, se eu fechar os meus olhos conseguirei ver uma garotinha Morena enchendo o meu saco por eu não querer correr com ela.

_Você era muito chato quando era criança. – Afirmei ouvindo a sua risada e coloquei a minha cabeça no seu ombro quando paramos perto de uma das ruinas onde tinha a melhor vista de Agrigento, o vale dos tempos eram o locais onde as ruivas dos sete tempos gregos estavam localizados, era perto de Palermo e por isso aquele tinha sido praticamente o jardim da nossa casa._ Eu adorava quando a sua mamma me convidava para vir com ela nas suas escavações, eu realmente achava aquilo incrível, por muito tempo eu sonhei em um tornar uma historiadora como ela, mas, então a pintura entrou na minha vida e eu segui um rumo diferente.

_ Mamma adorava você. – Resmungou ele e eu apenas gargalhei, aquele garotinho ciumento que não queria dividir a atenção da sua mãe comigo, por isso ele estava sempre emburrado e puxava as minhas tranças quando eu era pequena._ E eu sentia muito ciúmes dela, principalmente porque você era uma menina e eu não podia bater em você, eu estava acostumada a ter toda a atenção por ser o caçula e ela não deixar com que os mios fratellos implicassem comigo, mas, então você apareceu nas nossas vidas, com esses enormes olhos castanhos e esses cabelos longos que parecia um anjinho e encantou mia mamma, eu realmente não gostava de você quando eu era criança Shivani.

_ Você me amava, apenas não sabia disso. – Brinquei beijando o seu rosto e sorrindo sentindo-o entrelaçar as nossas mãos._ Tenho lembranças maravilhosas desse lugar Bailey, eu realmente consigo ver duas crianças correndo por esse lugar se eu fechar os meus olhos enquanto Ivana brigava conosco e mandava com que parássemos antes que acabacemos nos machucando e sempre quem saia machucada dessas brincadeiras era eu, você era um garoto muito levado Bailey Urrea.

_ Eu estava apenas tentando chamar a sua atenção, mio coure. – Garantiu ele sorrindo e entrelaçando os nossos braços quando começou a me puxar lentamente na direção das outras ruínas._ Vamos lá mia moglie, nosso itinerário de hoje ainda tem muitos lugares para irmos, vamos relembrar a nossa infância Shivani Urrea.

   Concordei e caminhei ao seu lado sentindo aquele vento gostoso que tinha apenas na Itália e nós realmente fomos a todos os lugares onde costumávamos ir quando éramos crianças e vivíamos grudados em Ivana, por ser a mais nova de quatro irmãos mamma não tinha sido muito presente na minha infância por ela estar cuidando de tudo e ainda trabalhando fora, então a senhora Urrea tinha praticamente me adotado e eu sofri muito quando ela morreu na sua viagem a Nova York, ela estava tão feliz por estar se mudando, por mais que eu não quisesse me separar dela, eu preferia que ela morasse em outro país do que ter me despedir dela daquela maneira.

Um amor para nós - livro Três - Mulheres Da Máfia - ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora