Capítulo XLI.

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Shivani Urrea:

     Não foi difícil inventar uma desculpa para Bailey para esconder a minha internação, eu disse apenas que precisaria fazer alguns exames noturno sobre a qualidade do meu sono e mesmo não parecendo satisfeito ele concordou quando eu disse que não precisaria de um acompanhante e que se precisasse de algo eu procuraria por Any que estava de plantão, a comida que eles serviam para os pacientes não era nada parecida com a da cafeteria, não tinha gosto de nada, eles poderiam pelo menos fazer um agrado para as pessoas que estavam doentes.

       A enfermeira Taylor passou no meu quarto para ver como eu estava me sentindo um pouco antes de eu apagar as luzes e avisar que iria tentar dormir pelo menos foi isso que eu disse para que ninguém me incomodasse, eu tinha muito o que pensar. Eu era uma mulher nova, tinha apenas 27 anos, sempre tinha uma saúde de ferro, era muito difícil que eu pegasse um resfriado ou que tivesse qualquer tipo de doença, eu cuidava do meu corpo, fazia exercícios diários, mantinha uma alimentação saudável mesmo não gostando muito daquilo, não bebia exageradamente, nunca tinha usada nenhum tipo de drogas, eu era uma pessoa saudável e ainda não conseguia acreditar que algo poderia estar crescendo dentro do meu cérebro. Eu ainda tinha muitos planos para o meu futuro, não podia estar morrendo, não daquela maneira, não com algo me consumindo por dentro, eu estava casada a tão pouco tempo, tinha tanto para aproveitar ao lado de Bailey, nós tínhamos uma vida inteira juntos pela frente, ainda iriamos explorar o mediterrâneo juntos, ajudar as crianças na África, voltar a Verona, construir uma família, ver os nossos filhos crescerem e nos tornamos avos, mas, tudo isso parecia tão distante nesse momento, parecia que eram apenas sonhos de uma vida distante da minha realidade. Eu tinha esperado a minha vida inteiro por um homem e quando finalmente eu consigo encontrar a felicidade ao seu lado o destino vem e puxa o meu tapete, era como uma brincadeira de mal gosto que estavam me pregando.

        Além de Bailey, eu queria fazer as pazes com os meus pais, mesmo depois dos últimos acontecimentos, eles sempre foram os melhores pais do mundo e nunca deixaram com que me faltasse nada e eu era grata por todo o amor que eles tinham me dado durante todos aqueles anos. Precisava ver os meus sobrinhos crescerem e se tornarem adultos fantásticos, tinha o desejo de passar mais tempo com os meus irmãos, de voltar a Sicília e recordar a minha infância quando eu corria por aquela ruas com Bailey, tinha planos de deixar com que Sabina me levasse para conhecer a Rússia, se continuar ouvindo ela tocar os meus instrumentos e continuar a fofocar com Any sobre trivialidades que não tinham nada a ver com as nossas vidas. Tudo que eu queria era ter uma vida tranquila e envelhecer ao lado das pessoas que eu amava e que me amavam. A porta do quarto foi aberta fazendo com que eu fechasse os meus olhos e tentasse controlar a minha respiração.

_ Está acordada? – Perguntou Yuri sentando-se ao meu lado e eu abrisse os
olhos e o encarasse._Precisa conversar?

_ Está aqui como médico ou como amigo? – Retruquei vendo um sorriso surgir nos meus lábios._ Pois, nesse momento eu estou precisando apenas do meu príncipe russo e de nada além do que isso, já que eu estou aqui quebrando a minha cabeça e não consigo chegar a uma conclusão óbvia sobre essa situação.

_ Estou aqui como seu amigo. – Respondeu ele quando eu me sentei na cama e ele segurou a minha mão levando-a aos lábios e me fazendo suspirar._ Estou aqui porque eu sei que você não quer passar essa noite sozinha, apenas é teimosa para não contar ao seu marido o que está acontecendo.

_ Bailey tinha uma reserva importante hoje no restaurante e eu não poderia atrapalhar a sua noite desta maneira e acho que eu precisava de um tempo a sós para colocar as minhas ideias no lugar. – Falei sorrindo e lhe encarando._ Não me encare dessa maneira, eu sei que irei ter que contar para ele sobre essa situação, mas, primeiro quero ter a confirmação concreta do que está acontecendo comigo, não quero preocupar as pessoas atoa.

Um amor para nós - livro Três - Mulheres Da Máfia - ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora