Um amor para nós - livro Três - Mulheres Da Máfia - Shivley

Capítulo LXXII.

Bailey Urrea:

    Os médicos me barraram na entrada do sala de cirurgia falando que eu não poderia passar dali e que eles iriam cuidar bem da minha esposa, mas, que eu tinha que fazer a sua ficha de entrada e esperar na sala de espera, informei todos os dados para a enfermeira que estava na recepção e sentindo todo o meu corpo entrar em colapso, eu precisava saber como a minha esposa estava, tudo que eu queria era poder estar ao lado da minha esposa naquele momento. Joguei-me em uma das poltronas da sala de espera e liguei para os irmãos de Shivani avisando o que tinha acontecido e pedindo para que eles avisassem aos seus pais, pois, eu não tinha condição nenhuma de fazer aquilo.

_ Joseph está com ela. – Avisou Pietro sentando-se ao meu lado e fazendo com
que eu o encarasse, pelo menos alguém confiável estava ao lado da minha esposa._ Eu tentei falar com ele, mas, a residente disse que ele tinha entrado na sala de cirurgia, por mais que ele não possa fazer nada, mas, ele está ao seu lado.

_ É minha culpa. – Sussurrei agarrando os meus cabelos com força e enterrando a minha cabeça nas mãos e sentindo-me a pior pessoa da face da terra._ É tudo minha culpa, se eu tivesse a convencido de se internar isso não estava acontecendo, ela estaria segura no hospital e não precisaríamos passar por aquela nuvem de abutres e mia moglie estaria bem. Eu não posso perdê-la Pietro, não posso perder nenhum dos dois e isso é assustador pra caralho.

_ Fique calmo, Shivani é muito mais resistente do que você possa imaginar. –
Garantiu ele apertando a minha coxa como se aquilo fosse me dar um pouco de conforto._ Não se preocupe com nada, eu avisei os seus irmãos e os nossos pais, mamma deve estar pegando um voo nesse momento e Joshua me garantiu que eles chegariam o mais rápido possível.

     Agradeci e voltei a enterrar a minha cabeça entre as mãos e rezei para todos os
santos que eu conhecia e aqueles que eu não conhecia para que eles salvassem a minha esposa e o meu filho, pois, eu não sabia o que seria da minha vida sem os dois, as horas se passaram me deixando ainda mais angustiada, eu vi quando Andrea Paliwal chegou e sentou-se ao lado do filho abraçando-o e se debulhando em lágrimas, Marco não pareceu gostar muito da minha presença, mas, não disse uma única palavra, apenas sentou-se ao lado da esposa a consolando, eu não gostava nem um pouco daquele velho maldito, já que ele tinha feito a minha Shivani sofrer, mas, eles ainda eram os seus pais e por mais que eu não gostasse daquilo eu não podia proibir a presença deles.

    Aquela esperava era angustiante, parecia que os minutos não passavam e a cada
volta do relógio eu me sentia ainda mais culpado, eu vi Giovanni chegar e juntar-se a sua família e também quando zia Giovanna sentou-se ao meu lado e me abraçou deixando com que eu chorasse no seu colo e ela me consolasse, por mais que eu as minhas lágrimas não fossem mudar aquela situação, eu não conseguia mais mantê-las presas dentro dos meus olhos e tudo que eu precisava era que alguém me falasse que tudo iria ficar bem e que minha esposa iria estava a salvo e bem.

_ Familiares de Shivani Urrea. – Chamou o médico fazendo com que eu me levantasse e me aproximasse dele rapidamente, antes que qualquer uma daquelas pessoas tomassem o meu lugar, me apresentei como o seu marido e ele me encarou com aqueles olhos piedosos e um arrepio percorreu o meu corpo._ A situação da paciente não é boa, ela teve uma embolia pulmonar por conta de todo o estresse que o seu corpo está sofrendo por conta da gravidez, no momento ela está sedada e na UTI, a obstetra virá conversar com o senhor em breve, o bebê está bem e conseguimos o manter na barriga da mãe sem nenhum risco a sua vida. Não é permitido a entrada de visitantes na unidade de terapia intensiva, então tudo que eu posso falar para os familiares é que voltem para casa e descansem, retornem amanhã que o relatório médico deve sair pelas oito horas da manhã, logo após a troca dos plantonistas.