Capítulo LXIII.

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Shivani Urrea:

    Almoçamos em um restaurante pequeno que tinha perto do museu e eu finalmente pude tomar um suco, eu estava morrendo de cede e depois daquela ceninha de Bailey eu realmente precisava de algo para me hidratar, depois nos caminhamos pela cidade e nos sentamos na praça enquanto ele me contava que as crianças estavam brincando no parquinho enquanto as mãos estavam sentadas juntas fofocando e rindo sobre algo e eu passei as mãos pela minha barriga imaginando como seria quando Samuel estivesse naquela idade, se eu ainda estaria ali para sentar na praça e conseguir ver o meu filho brincar, se eu conseguiria ver o seu rostinho.

_ Que olhar perdido é esse? – Perguntou Bailey beijando a minha testa carinhosamente e eu suspirei quando ele entrelaçou as nossas mãos._ Conte para o seu marido o que está acontecendo para você ficar tão triste rapidamente. Irei fazer tudo que eu puder para que um sorriso volte para o seu rosto.

_ Estou apenas pensando no futuro. – Respondi deitando a minha cabeça no seu
ombro e suspirando, aquilo era realmente algo para o qual eu tinha que me preparar._ Como Samuel será quando nascer, será que ele vai ter os seus traços ou os meus, se eu irei conseguir ver ele crescer e me sentar em uma praça enquanto ele brincar com os seus amiguinhos, acho que quanto mais o parto se aproxima mais pensativa eu estou ficando caro e também mais apreensiva, pois, eu não sei quanto tempo eu ainda tenho, não sei como andam as coisas no meu cérebro, não sei se estarei aqui quando ele precisar da sua mamma e isso me deixa apavorada.

_ Não pense nisso. – Pediu ele apertando os meus ombros delicadamente e beijando o meu rosto._ Ainda temos tempo para nos preparar para a chegada do nosso garotão. Acho que nós deveríamos ir para casa, todo esse sol não está fazendo bem para a mia moglie, ela está apenas pensando besteiras.

    Sorri e deixei com que ele me guiasse pelas ruas enquanto me contava o que ele
estava pensando em fazer para o jantar, assim que chegamos em casa eu subi para tomar um banho e descansar um pouco e foi um alívio para as minhas costas quando eu deitei na cama e abracei o travesseiro de Bailey, sentindo a sonolência tomar conta do meu corpo e eu adormeci.

_Eu sabia que nós não deveríamos ter saído. – Resmungou Bailey trocando a compressa que estava na minha cabeça e eu suspirei sabendo que ele iria ficar se culpando sobre aquilo._ Por que não me disse que estava com febre? Sabe o quanto isso é perigoso Shivani? Estamos longe de casa e eu não posso ligar para os seus médicos e perguntar o que eu devo fazer, estou me sentindo muito frustrado.

_ Era apenas um resfriado eu pensei que ficaria bem depois de pegar um pouco de sol. – Sussurrei sentindo a minha garganta doer e eu estava me sentindo culpado por o deixar preocupado daquela maneira, principalmente porque ele tinha insistido que eu ficasse na cama naquele dia e eu apenas tinha negado, pois, eu era teimosa e queria sair de casa._ Dispiace caro, não queria deixar você preocupado.

_ Não saia dessa cama, você está queimando de febre, irei buscar um remédio para você e fazer uma sopa, espero que isso faça com que isso abaixe a sua febre, pois, se isso não acontecer, nós iremos para o hospital. – Avisou ele colocando a mão na minha testa e suspirou voltando a colocar a compressa gelada._ Me chame se precisar de qualquer coisa.

       Concordei e puxei o cobertor me enrolando nele e fechando os meus olhos, todo o meu corpo estava dolorido, eu estava com frio e parecia que a minha garganta estava queimando, pois, até engolir fazia com que ela ardesse. Bailey voltou com o meu remédio e me fez tomar rapidamente e saiu do quarto falando que logo o meu jantar estava pronto e que eu deveria comer um pouco, já que não era bom que eu ficasse de estomago vazio, principalmente porque eu tinha tomado um remédio.

      Mesmo que a comida de Bailey fosse maravilhosa, eu não sentia gosto de nada,
mas, era uma graça ele me dando comida na boca e por isso ele me fez comer tudo que tinha colocado no prato me deixando empanturrada e ele saiu falando que iria arrumar a cozinha e apagou as luzes e eu fechei os meus olhos sentindo a sonolência tomar conta do meu corpo e eu voltei a cochilar, eu sempre ficava sonolenta quando estava doente, tudo que eu queria era passar o dia inteiro na cama e não ter que fazer absolutamente nada.

Um amor para nós - livro Três - Mulheres Da Máfia - ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora