Um amor para nós - livro Três - Mulheres Da Máfia - Shivley

Capítulo VIII

Shivani Paliwal:

_Quem está aí? – Perguntei quando ouvi barulhos de passos aproximando-se, eu tinha certeza que todas as portas e janelas do andar inferior estavam trancadas, eu não era tão descuidada a ponto dar um mole como aquele. Agarrei uma das facas que estavam no suporte segurando-a com força, se eu queria alguma coisa teria que passar por mim primeiro._ Quem está aí? Eu não tenho medo de você, então apareça de uma vez.

_ Abaixe essa faca, nós dois sabemos que você não terá coragem de usá-la nem contra uma mosca e mesmo que tente a sua mira é péssima. – Mandou aquela voz deixando-me ainda mais assustada quando vi ele ser banhado pela luz fraca da cozinha, estava tão perplexa com aquela situação que acabei segurança a faca de maneira errada e cortando-me fazendo com que o sangue começasse a escorrer pelos meus dedos e mancharem o chão branco._ Que diabos! Você pode ser mais cuidadosa? Isso não é um dos seus pinces que você pode apertar sempre que estiver com raiva, me dê a faca Shivani, não queremos que continue a se machucar.

       Ele pegou o meu braço delicadamente tirando a faca das minhas mãos e puxando-me até a pia onde abriu deixando com que a água levasse embora o sangue que fluía do meu ferimento, eu não sabia a gravidade da situação, mas, ele xingava em italiano, as vezes eu me esquecia que nós tínhamos a mesma nacionalidade, Bailey sempre foi o perfeito playboy de Nova York.

_ Onde está a caixa de primeiros socorros? – Perguntou ele trazendo-me de volta para a realidade e fazendo com que eu tentasse me afastar dele rapidamente, mas, ele segurou-me onde eu estava mantendo a minha mão embaixo da torneira._Não irei fazer mal nenhum a você, então não se faça de tonta e me fale onde está a caixa de primeiros socorros.

_ No banheiro. – Sussurrei fechando os meus olhos com força, minha cabeça estava doendo, toda aquela situação era confusa demais. _ Há uma caixa de primeiros socorros no banheiro.

_ Não tire a mão debaixo da torneira. – Mandou-o passando por mim, eu apenas fiz o que ele mandou e continue no mesmo lugar, acho que eu não tinha forças para ir a lugar nenhum, todas as minhas emoções estavam inflamadas demais. Ele voltou e me puxou colocando-me sentada em uma das cadeiras e ajoelhou-se na minha frente abrindo a caixa de primeiros socorros e pegando a minha mão delicadamente e começou a limpar o ferimento._ Que ideia idiota apertar uma faca. Onde estava com a cabeça para fazer algo tão estupido? Sabia que poderia ter se machucado gravemente se ela estivesse amolada, nunca mais faça isso.

   Ele limpou o ferimento tão delicadamente que pareciam asas de anjo tocando a minha pele.

_ Não precisa de pontos. – Avisou ele quando terminou de enfaixar a minha mão. _Mas, você precisa ser mais cuidadosa. O que estava fazendo na cozinha essa hora?

_ Estou com fome. – Sussurrei vendo-o levantar-se e começar a andar pela cozinha e eu só percebi o que ele estava fazendo quando ele começou a tirar ingredientes de dentro da geladeira._ Não se preocupe com isso, eu posso fazer um sanduiche.

_ Fique quieta e não saia dessa cadeira ou eu irei amarar você. – Avisou ele quando eu tentei o impedir de continuar me intimidando com a sua presença esmagadora._Que tipo de chef eu seria se deixasse com que a minha garota comesse um maldito sanduiche no meio da noite?

      Eu estava tendo uma alucinação, pois, eu realmente tinha acabado de ouvir Bailey Urrea me chamando de sua garota, aquilo ou era uma peça que o meu coração estava me pregando ou o sonho mais maluco que eu tive desde que eu tinha chegado a Verona e não me permiti pensar naquele homem. Encarei-o e quase suspirei ao vê-lo tão dono de si enquanto cortava alguns legumes, suas mãos eram tão abeis que eu estava me perguntando se elas serviam apenas para cortar legumes com aquela agilidade ou sabiam apreciar o corpo de uma mulher, minha mente estava indo longe demais com aqueles devaneios e deixando o meu corpo em chamas.