Shivani Paliwal:
As malas sobre a minha cama estavam praticamente fechadas, eram poucas as coisas que eu levaria comigo dali, se eu queria uma nova vida, teria de deixar aquelas coisas para trás e eu iria para Verona, não precisaria de vestidos de festa luxuosos ou saltos, eu queria começar com o básico, focar a minha arte e tentar ser feliz isolada de qualquer problema do mundo externo, não queria mais me envolver com a máfia, não queria saber os negócios da família, eu queria apenas aprender a ser eu. Queria ser apenas a Shivani que amava fazer esculturas e pintar quadros, a garotinha que tinha se perdido por conta de um homem que nunca teve a intenção de retribuir esses sentimentos e ela foi se moldando aos seus caprichos apenas para o agradar. Eu precisava desse tempo sabático para conhecer a mim.
O interfone tocou quando eu estava terminando de arrumar a última mala.
_Bailey Urrea. – Confirmou o porteiro fazendo com que eu respirasse fundo. O que diabos ele estava fazendo no meu prédio? _ Ele está falando que vocês são amigos próximos, posso liberar a entrada dele senhorita Paliwal.
_ Não conheço ninguém com esse nome. – Avisei apertando com força o interfone. _ Se ele insistir em subir, chame a polícia. Boa noite.
Coloquei o aparelho no gancho e voltei para o meu quarto, a banheira já deveria estar pronta e eu precisava relaxar um pouco, seria um longo voo de volta para Verona, com conexão em Roma e troca de aeronave. A água morna com certeza fazia bem aos meus músculos doloridos e a taça de vinho a minha saúde mental, enrolei-me no roupão e calcei as minhas sandálias de pelúcia antes de sair do banheiro secando os meus cabelos e os amarrei em um coque frouxo e voltei para a minha tarefa.
Me assustei quando um barulho na cozinha chamou a minha atenção, peguei a arma que papà tinha me dado por segurança e estava guarda dentro do meu criado mudo e saí a passos lentos na direção da cozinha. Sabia que aquela arma era apenas para assustar as pessoas, eu tinha uma péssima pontaria, porém, ninguém precisava ficar sabendo, pelo menos até eu conseguir chamar a polícia ou me trancar em um local seguro.
_ Você pode abaixar essa arma, eu realmente não gosto de ser ameaçado enquanto cozinho. – Pediu Bailey me deixando perplexa. Como diabos ele tinha conseguido subir? _ Não fique tão supressa assim, não fiz nada contra o pobre porteiroeu apenas o subornei, qualquer pessoa tem o seu preço e posso falar que ele é bem barato e acredita no amor.
_Dê o fora do meu apartamento antes que eu chame a polícia. – Mandei colocando as mãos na cintura. _ Achei que tivesse entendido que eu não queria vê-lo, já que eu pedi para que não o deixassem subir.
_ Como você vai provar que eu invadi? – Perguntou ele enquanto picava os legumes que estavam sob a bancada. _ Com certeza o porteiro vai falar que você me conhece e os policiais vão achar que eu estou apenas cozinhando para uma velha amiga. Sente-se, está quase pronto, estou fazendo capeletti in brodo, para a nossa última refeição juntos. Se não estou enganado é o seu prato preferido.
_ Cortei carboidratos da minha dieta. – Avisei cruzando os meus braços irritada, ele não tinha o direito de invadir a minha casa e me preparar uma refeição, isso era contra qualquer proteção que eu tinha construído sobre o meu coração. _ E tenho um compromisso, então por favor vá embora e leve os capeletti com você, não preciso que cozinhe pra mim, eu sei usar o micro-ondas e se quiser comer, posso pagar uma refeição em um maldito restaurante.
_ Já passa das dez da noite, então é importável que você tenha qualquer compromisso e eu tentei ser gentil, mas, parece que você não consegue controlar a sua língua, preferia quando você gaguejava quando me encontrava, era mais fácil lidar com você. – Falou ele largando a faca e vindo na minha direção me encurralando sobre a bancada da cozinha. _ Se está saindo da cidade por minha causa, não precisa fazer isso, você tem uma vida em Nova York e a cidade e grande o suficiente para nós dois conseguimos morar nela sem os esbarramos em todos os cantos. A gargalhada que saiu dos meus lábios não apenas me surpreendeu, mas, fez com que ele fechasse a cara e coloque os braços me prendendo quando eu tentei sair de perto dele.
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Um amor para nós - livro Três - Mulheres Da Máfia - Shivley
Romance1°#Bailey 1°#Pintura 1°#Verona 1°#Shivani 1°#Artista 1°#Distância Um amor para nós - Livro três - Série mulheres da máfia O mundo dá voltas e agora é ele quem corre atrás do seu amor. Depois de se decepcionar pela milésima vez com Bail...