Entrevias

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Chegay

Com o penúltimo capítulo.

Preparem os coletes e o chá de camomila.

☆☆☆

"Seja qual for a matéria que nossas almas sejam feitas, a minha e a dela são iguais"

Narrador

Juliette estava conferindo pela milésima vez seus documentos antes de entrar no carro, a princípio tinha planejado levar Ravi consigo para que seus familiares o conhecesse, mas faria praticamente uma viagem de bate e volta já que estava indo rapidamente com o intuito de pegar os documentos que faltavam.

Até seus superiores esperavam que ela tomasse logo a posse do cargo e faria os cursos ao mesmo tempo em que já estivesse atuando, assim como iria ter duas escoltas policiais.

Sua cabeça estava fervendo naquele momento e ao mesmo tempo sentia um vazio, seu filho ficaria bem com as suas amigas e pela rotina na escolinha talvez nem sentisse a sua falta, só que faltava algo mais.

E antes mesmo de ela fechar as suas malas recebeu algumas ligações, era de um número desconhecido por isso achou melhor recusar e logo em seguida outro número que ela não conhecia.

- olha... eu não estou afim de adquirir nenhum plano da vivo... - ela parou de falar ao reconhecer a voz de Caio do outro lado da linha. - Caio? Porque você está me li...

E foi difícil fazer aquela tagarela parar de falar e escutar o motorista aflito, e Juliette sorriu negando com a cabeça quando ele lhe contou porque havia ligado e começou a rir achando que se tratava de uma pegadinha.

- avisa para Sarará que quando eu voltar de viagem nós duas vamos conversar, como adultas! Odeio essas brincadeiras ela sabe que eu tenho os nervos fracos.

- oh deus... - Caio gemeu do outro lado. - não é uma brincadeira... eu já liguei para Abadia também e ela entrou em contato até com o general do exército! Eu só estou te avisando porque... achei melhor, vou desligar agora porque tenho que seguir até a delegacia...

Juliette engoliu seco e de repente sua visão ficou turva e ela teve que se sentar na cama para não cair.

- eu preciso... - tentou buscar a maior quantidade de oxigênio para manter o equilíbrio, não podia desmaiar naquele momento.

Olhou ao redor do seu quarto em busca de algum sinal de Ravi, mas logo se lembrou que o menino estava na creche naquele momento e logo e ela precisava ir até Sarah.

Não tinha noção ainda do risco que a CEO estava correndo quando saiu igual a um turbilhão do apartamento em direção ao seu carro, havia corrido mais rápido do que o seu corpo estava acostumado e talvez pelo sangue fervendo em suas veias não seu deu conta quando torceu o tornozelo.

Assim que se sentou atrás do volante do carro, recebeu a ligação de uma mãe e avó aflita, Abadia estava apreensiva do outro lado da linha enquanto explicava o que estava acontecendo a Juliette.

Juliette estava tremendo enquanto tentava estabelecer seus pensamentos e começou a ignorar os sinais vermelhos, o carro era veloz, mas ainda assim parecia lento demais enquanto seguia até a delegacia especializada em sequestro onde Abadia pediu para que ela seguisse.

Seu coração estava tão dolorido, e se sentia tão inválida naquele momento que mal conseguia ouvir a voz da sua sogra que estava embarcando naquele momento para São Paulo.

Uma das policiais se prontificou em leva-la até o gabinete do capitão que estava dando seguimento a investigação do sequestro relâmpago e assim que entrou na sala reconheceu um dos advogados pessoais de Sarah.

Problema Em DobroOnde histórias criam vida. Descubra agora