Os Cᴀᴄ̧ᴀᴅᴏʀᴇs Dᴇ Dᴇᴍᴏ̂ɴɪᴏs -ᵗᵃᵉᵍʸᵘ-

Mente corrompida

Kai

Acordei após me assustar com um barulho no quarto de Taehyun, Yeonjun não se encontrava mais deixado na cama, então me levantei assustado, achando que estariam brigando de novo e fui até o quarto do mais velho, me surpreendendo após vê-los abraçados.

- Hyung? - Chamei por um deles, indo até o Kang ao notar que o mesmo chorava - Aconteceu alguma coisa? O Terry está bem?

- Ele vai ficar melhor - Disse Yeonjun após desfazer o abraço, mostrando assim, o verdadeiro estado do Kang.

- Kai... Me prometa que não vai gritar, ok? O Soobin Hyung está cansando e não é muito bom ele acordar agora - Disse Taehyun enquanto secava as lágrimas que ainda caiam de seu rosto.

- O que aconteceu? É algo tão ruim assim? - Perguntei.

- Depende do seu ponto de vista, na verdade. O Soobin está dormindo, então não grite - Pediu o demônio enquanto se aproximava de mim - Tenta se controlar, ok?

- Tá..

- O Beom pode voltar a se lembrar da gente - Disse o Kang, finalmente revelando o que escondia para mim.

- O QU.. - Notei quando Yeonjun colocou sua mão sob minha boca, assim, me impedindo de gritar.

- Calma. Como o Taehyun disse, o Binnie precisa descansar - Yeonjun dizia enquanto tirava sua mão de minha boca.

Ainda não sabia o motivo pelo qual Soobin o odiava tanto, Yeonjun se preocupava com todos ali e mesmo assim, Soobin não enxerga isso.

- Para falar á verdade, estou com um pouco de medo disso - Taehyun voltava á ficar pensativo, o que me deixou um pouco confuso com sua fala.

- Como assim? - Perguntei.

- Ele pode ter as memórias de volta... mas quais ele se lembrará? Do dia em que ele foi sequestrado ou de quando me viu brigar com Soobin? - Taehyun não parecia mais tão animado com aquela notícia. O Kang me olhava naquele momento, estava com medo mas ainda tentava esconder daquele sentimento.

De repente aquela notícia se tornava preocupante. Mais um dia difícil.

Beomgyu

Minha cabeça não parava de doer, não sabia mais quantos remédios havia tomado naquela noite para tentar aliviar a dor, porém nada funcionava. A dor apenas crescia. Eu tentava descansar já que era fim de semana, um domingo um pouco frio, comparado aos outros, um boa para tentar descansar depois de uma semana difícil. A dor não ia embora. Meu avô estava dormindo, não queria acordá-lo por uma simples dor, então fui até a sala, mesmo com dificuldade, me sentando no sofá ficando por lá, quase implorando para que a dor sumisse de vez.

Não sabia dizer exatamente o que aconteceu depois disso, estava lendo novamente, até que me assustei ao sentir uma dor familiar, meus olhos se arregalaram por ponta da dor e comecei a soar frio, olhei para a minha perna e á vi sangrando. Me levantei com um pouco de cuidado para tentar entender o motivo pelo qual ela sangrava, porém não conseguia uma resposta.

As vozes voltaram de repente, muito piores que antes e nunca diziam nada que conseguisse compreender. Eu estava ficando louco.

"Mas qual seria o motivo disso, Kai?"