Epílogo

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Caio

Eu não era muito ligado em datas comemorativas, até Marina chegar na minha vida. Ela amava decorar a casa, preparar algo especial e fotografar absolutamente tudo, que aos seus olhos se tornariam uma bela lembrança física como ela gostava de dizer.

Era véspera de Natal, uma manhã quente como de costume, um vento fresco aliviava um pouco a temperatura. Sentado na grama do jardim eu observava Tony brincar com Ana na parte rasa da piscina. Ele já estava bem velhinho, as estripulias de antes agora eram bem limitadas, amava o nosso jardim e principalmente ficar na água nadando calmamente.

Quando Marina se formou, me apressei a pedi-la em casamento. Passei semanas com o anel no bolso aguardando o momento certo. Foi umas das melhores decisões da minha vida. Vê-la tão feliz era a minha maior felicidade.

Marina se tornou uma mulher forte, a garota que eu encontrei naquele beco não existe mais. Hoje ela é confiante e determinada. Uma esposa carinhosa e advogada voraz.

Nos casamos no jardim da casa do meu sogro, uma cerimônia simples. Apenas para os mais próximos. Foi incrível vê-la de noiva, parecendo um anjo, o meu anjo. Observá-la caminhando na minha direção até o altar e me dizer sim, perdeu apenas para o momento que vi a nossa menina nascer. Ana era a luz das nossas vidas, ela veio para transbordar todo o amor que já tínhamos.

Quando nos casamos continuamos morando no apartamento, Marina não teve nenhum tipo de dúvida ao escolher entre ser mãe ou focar na carreira. Ela e Bruno alavancaram o nome do escritório, e o pai queria que ela seguisse a sua carreira, minha esposa decidiu engravidar ao invés de ser juíza e adiou os planos profissionais para se dedicar cem por cento a nossa família. Ela ainda pegava algumas causas, mas acredito que se encontrou verdadeiramente como mãe. E nesse papel ela era simplesmente perfeita.

Não sei como é possível, mas me apaixono por ela cada dia mais um pouco. Pensei que fosse surtar quando confirmamos a gestação, mas nada me preparou para o momento que tivemos Ana nos nossos braços pela primeira vez. Ela era o fruto de nós dois.

— Caio, amor! Preciso da sua ajuda! — Ouvi a sua voz me chamando e me levantei da grama, examinando mais um pouco Tony e Ana na piscina. Com quatro anos a minha filha já sabia nadar e o seu fiel amigo não a deixava sozinha por nada. — Ana, só mais um pouquinho na água e entra, filha.

— Tá bom, papai! — Ela respondeu sem desviar os olhos dos seus brinquedos.

Na cozinha da nossa casa, que compramos assim que a gravidez foi confirmada, encontrei uma verdadeira bagunça de vasilhas e todo o tipo de comida sobre a bancada. Desde que nos mudamos, tanto a véspera como o dia de Natal era comemorado na nossa casa. Não tinha um cantinho sem estar decorado com enfeites natalinos.

Abracei a minha mulher por trás e lhe beijei onde sabia que ela adorava. As minhas mãos percorreram por sua barriga que já denunciava a gravidez. Dessa vez seria um menino!

— Preciso que pegue as petisqueiras de Natal que estão na parte alta do armário. — Marina pediu.

— E o que eu vou ganhar de recompensa por fazer esse trabalho tão pesado? — Perguntei brincalhão e ela virou-se nos meus braços ficando de frente.

— Muitos beijos.

Quando as nossas bocas tocaram-se, senti um choque percorrer todo o meu corpo. Era sempre assim, Marina me fazia pegar fogo com apenas um beijo.

Ouvimos passinhos e nós dois desgrudamos a nossa boca e voltamos a nossa atenção para o som.

— Ah, não! Ana!!! Tony!!!

Os dois entraram na cozinha pingando água no chão e demos risadas.

— Vem aqui mocinha, vamos tomar um banho rápido e colocar roupas secas.

Observei Marina pegar a nossa filha no colo e saírem conversando, olhei para Tony encharcado, o chão molhado e me lembrei que nem peguei as tais petisqueiras.

— Vamos lá Tony, vou secar você e depois cuidar desse chão.

♥️

A minha esposa havia preparado uma mesa linda com vários petiscos. A decoração era um show a parte. E realmente cada detalhe fazia muita diferença. Ao redor da mesa estavam todas aquelas pessoas que fizeram parte da nossa história e estavam sempre presentes. As nossas amizades fortaleceram-se com o passar dos anos e nos tornamos uma grande família!

Sentado na ponta da mesa observei atentamente todo mundo. Marina estava com um vestido branco que evidenciava ainda mais a sua barriga, Ana no colo do tio Bruno, cantava uma música que tinha aprendido fazendo com que todos prestassem atenção nela. Tony estava dormindo no seu colchão no canto para ficar perto de nós. Sorri quando todos aplaudiram e gargalharam com o fim da apresentação da minha filha, ela era exibida como Bruno.

Fiquei de pé e imediatamente Marina se aconchegou nos meus braços, rodeando a minha cintura com as suas mãos e deitando a sua cabeça no meu peito, beijei os seus cabelos.

— Obrigada por ter me salvado tantas vezes.

Em todos esses anos ela sempre me dizia a mesma coisa.

— Eu te amo, amo a nossa família, amo saber que estaremos juntos para sempre. — Completei.

— Para sempre! — Ela confirmou.

FIM.

🚔🚔🚔

Esse momento é o mais esperado e o mais difícil. Desejo que tenham gostado de toda a história da Marina. Foi mais um desafio que eu consegui concluir, sinto que ainda faltou algo, mas reconheço com alegria que melhorei nesse terceiro livro em relação ao primeiro. Obrigada por cada mensagem, voto e apoio. Pode parecer besteira, mas é fundamental a interação de vocês.

Mais uma vez a palavra é GRATIDÃO.

Aguardo vocês na minha próxima aventura. Até breve! ❤️

Marina (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora