Décima quarta página

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Acordei na cama do Caio e não demorei muito a me lembrar do que tinha acontecido na noite passada. Eu nunca imaginei que sexo pudesse ser tão bom, será que é porque era com ele? Impossível não comparar, com o Téo não foi daquele jeito. E a violência que eu sofri, me fez pensar que talvez eu nunca conseguisse sentir prazer, mas foi incrível.

Fizemos várias vezes e só de pensar já sentia os pelos do meu corpo todo se arrepiando. Ele foi tão carinhoso e ao mesmo tempo tão intenso. A forma como ele me tocou, as coisas que falava durante, me deixaram extasiada. Sem contar o quanto ele era lindo!

E agora? Como as coisas ficarão entre nós? Continuaríamos apenas amigos? Será que ele iria me tratar diferente? Melhor não sofrer por antecipação, Marina!
Procurei minhas roupas e encontrei tudo jogado no chão, o quarto dele era de frente ao meu, vesti a calcinha, a camiseta e sai.

Tomei um banho rápido, vesti uma roupa leve e fui até a cozinha, onde ele preparava alguma coisa no fogão. Acho que ele sentiu minha presença, pois se virou exatamente quando cheguei. Ele tava só de cueca, cozinhando. Nunca vi nada tão atraente.

— Bom dia! — Estava meio sem graça, sem saber como agir.

— Ah não! — Ele largou o que estava fazendo e veio até mim, me deu um beijo na testa e um beijo rápido na boca. Meu coração estufou de tanto carinho. — Você estragou minha surpresa.

— Que surpresa? — Sentei no banco ao redor do balcão e ele voltou para o fogão.

— Ia levar café na cama pra você!

Eu era muito boba por ficar emocionada? Eu nunca tive nenhum tipo de carinho, cuidado! Sempre fui sozinha, tentando me virar e agora ser tratada assim, com tanto  cuidado me deixa completamente emocionada. Me deu vontade de chorar, assim como ontem, tivemos uma conexão tão intensa. Tive que engolir o bolo que se formou na minha garganta.

— Vou querer na próxima vez então. Você fica me devendo.

Tentei ser leve, ele tava tão bonito, relaxado mexendo naquela panela.

— Hum, safada! Quer dizer que vai ter próxima vez?

Acho que ele percebeu o quanto fiquei sem graça, o meu rosto queimou e tentei falar alguma coisa, mas só gaguejei. Que tonta que eu sou, é claro que ele não ia querer de novo. Ele deveria ter várias garotas no pé dele. Por que escolheria ficar apenas comigo?

— Ei! — Ele desligou o fogão e veio até mim. Daquele jeito todo mandão e forte, me pegou no colo e me colocou sentada no balcão. Segurou meu queixo e ergueu minha cabeça para que ficássemos olho no olho.

— Eu tô brincando com você. Se depender de mim terão muitas próximas vezes. Você é uma delícia Marina, e eu tô louco por você.

Fiquei sem palavras e recebi sua boca na minha. Um beijo suave, lento, gostoso. Eu parecia ter um interruptor que ligava toda vez que ele me tocava.
Não demorou nada e eu já estava agarrada a ele, sentindo meu corpo pegar fogo.

A minha semana com certeza seria perfeita!

🚔

Fui pra academia com o Tony, e a segunda-feira, pós final de campeonato na academia, estava bem tranquila.
Só tinha uma turminha de meninos treinando, e a cobra da Carol com as seguidoras dela. Já estava me preparando, tinha certeza que ela faria alguma gracinha. Depois de tanta perseguição comigo ela não ia deixar barato o beijo que o Caio me deu.

Tava aproveitando o sossego da tarde pra estudar um pouco, enquanto o pessoal que treina a noite não chegava. Passei boa parte do dia com o Léo, contabilizando os números do evento. Tava ansiosa, louca pra ver o Caio.

Marina (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora