Caio
Alguns dias depois...
Tinha acordado durante a noite e fiquei olhando ela dormir. Marina é linda! Às vezes eu fico meio perdido, ela é tão inocente, doce e desde que entrou na minha vida fez com que tudo tivesse mais sentido.
Era um pouco assustador pensar que a minha vida agora girava totalmente ao redor dela. Eu trabalhava pensando nela, meus planos tinham ela, tudo agora era Marina.
Tava encolhida debaixo da coberta. Ela era muito carinhosa, fazia de tudo pra me agradar, dedicada e extremamente carente. Ela tinha necessidade de atenção, gostava de conversar, de fazer e ganhar carinho. Tudo que ela fazia tinha o propósito de demonstrar que ela se importava. Essa característica dela era o que eu mais gostava.
Ela valorizava os momentos mais simples do nosso dia. Uma mesa posta pra gente tomar café, uma pizza no fim de semana, os nossos treinos que já eram partes da nossa rotina. Ficar juntinho na hora de dormir. Tudo aos olhos dela era muito especial e isso fazia com que qualquer coisa se tornasse uma grande coisa. Era perfeita. Perfeita pra mim!
Ela se mexeu suspirando e sem abrir os olhos me chamou. Já sabia o que ela queria, mas esperei ela falar. Eu amava qualquer coisa que vinha dela.
— Caio? — Ela me chamou sonolenta com os olhos fechados, coberta até a orelha.
— Hum?
— Muito frio!
Eu já tava com o controle na mão, ela sempre acordava no meio da noite e pedia pra desligar o ar condicionado.
— Deixa eu te esquentar?!
Tirei a coberta e grudei o meu corpo no dela. Espalhei vários beijos pelo rosto, desci para o ombro, pescoço enquanto minhas mãos trabalhavam ávidas pelo corpo gostoso que já tava arrepiado. Ela era muito sensível ao meu toque e isso me deixava mais louco de tesão. Deixei ela deitada de costas na cama e me deliciei com seus peitos, perfeitos na minha boca. Ainda de olhos fechados ela gemia enquanto meu dedos deslisavam na boceta enxarcada do seu mel.
— Preciso entrar em você. — Não tava mais aguentando, o sexo entre a gente ficava cada vez melhor, Marina estava se soltando, se conhecendo, perdendo a vergonha, o medo. Eu me lembro de cada detalhe de como a encontrei naquele beco. Eu queria que ela esquecesse de tudo de ruim, queria que se abrisse.
— Então vem.
Vesti uma camisinha e pedi pra ela ficar de costas pra mim. Coloquei a perna dela aberta em cima da minha e invadi seu corpo. Ela tava sempre pronta, receptiva e eu me ajustava dentro dela de um jeito que nunca aconteceu. Deslizava dentro e fora. Os nossos gemidos se misturavam e a cada estocada eu a fazia minha, e me tornava mais dela.
🚔
Ela dormiu agarrada em mim e eu permaneci acordado, relaxado, pensando na nossa vida. As coisas estavam no lugar, ela tava trabalhando, estudando, treinando, eu seguia meu ritmo no trabalho e agora tinha em casa um motivo pra voltar todos os dias. Queria fazer mais por ela, desejava um futuro, uma família, fazê-la feliz. Ela merecia.
Precisava saber o que tinha acontecido, quem fez aquilo com ela, quem a machucou e quando eu descobrisse daria um jeito, mas o desgraçado não ficaria livre. Por enquanto queria dar espaço, era visível o quanto ela já tinha mudado. Tava mais leve, relaxada, se dava bem com o pessoal da academia, não tinha ninguém que não gostava dela.
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Marina (CONCLUÍDA)
Historical FictionUma jovem de origens simples, desconhecendo o rosto do próprio pai, e negligenciada por uma mãe egoísta e altiva. Forçada a suplicar por alimento nas ruas para subsistir, descobriu na fé um abrigo contra a solidão e o sofrimento que a envolviam. Apó...