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Boa leitura!

#JisuMafiosa

🎭

– Está se sentindo bem...?

A italiana acordou de seus devaneios, encarando os olhos negros da bela moça que ultimamente ocupava seus pensamentos.

– Ah...estou. – corou ao perceber que ficou a encarando tempo demais. – Só...estive meio doente esses dias sabe... – inventou atrapalhada. – Veio comprar pão também...? – tentou quebrar o silêncio, visivelmente nervosa.

– Eu já estava de saída, mas pensei que precisasse de ajuda.

– É, e tinha razão. Obrigada... – sorriu, podendo sentir que a moça lhe retribuía um fraco sorriso.

Joanne pareceu procurar por algo nos bolsos do sobretudo com a mão livre. Parou de o fazer quando finalmente puxou algo do bolso direito, era uma cartela de analgésico. Quebrou pela ranhura um pedaço da cartela, lhe entregando duas pílulas.

– Espero que isso ajude. Felizmente trago esses remédios sempre comigo, as enxaquecas me perseguem. – riu fraco. – Mas deve aliviar um pouco suas dores.

A Choi não pôde deixar de sorrir com o gesto. – Muito obrigado moça...é de grande ajuda.

A moça sorriu por baixo da máscara, olhando no fundo dos olhos vermelhos da mais baixa. Aquela presença definitivamente não lhe era estranha. Sentia que conhecia a estranha de algum lugar, mas não sabia de onde.

Mas antes que pudesse falar algo, ouviram a buzina de um carro.

– PARE DE NAMORISCAR E VEM LOGO CARALHO! NÃO TEMOS O DIA TODO! – ouviu Yuna gritando pela janela do carro. Soobin, no banco do passageiro, riu alto do comentário da mais nova.

Joanne revirou os olhos. – É melhor eu ir indo. As melhoras para você.

Lia se despediu em silêncio, a vendo se afastar com um sorriso bobo brincando em seus lábios.

– Afinal ela é boa pessoa...

Confessou que não esperava um gesto assim dela. Mesmo parecendo tão fria e séria, ficou feliz por ver que bem lá no fundo ela era gentil.

Quanto mais a conhecia, mais sentia que, afinal, podia confiar nela.

Tomou a medicação quando pôde e foi comprar os doces que tanto queria, ainda um pouco atordoada. Precisava mesmo de descansar. Sabia que não podia voltar para a boate, pois o estabelecimento estava sob investigação. E não lhe apetecia voltar para seu apartamento, muito menos queria ter que lidar com os interrogatórios que a polícia faria caso aparecesse lá dizendo que morava naquele prédio.

Se encostou à parede, pegou o celular e ligou para um de seus funcionários.

Signora? – ouviu a voz masculina do outro lado da linha enquanto inspirava um pouco do fumo doce do cigarro eletrônico.

– Preciso de um carro. Imediatamente. – expirou.

Com certeza. Já está a caminho.

– Ótimo. – desligou a chamada.

Não demorou muito, e dez minutos depois o carro cinza chegou e estacionou ali do lado.

– Para onde deseja ir, Signora? – o motorista perguntou assim que ela entrou.

– Para o Ruby Hotel.

– Com certeza.

O Maserati fez sua trajetória até ao destino desejado, enquanto Lia observava em silêncio a paisagem urbana da cidade passar rapidamente diante dos seus olhos.

Scandal | Ryujisu (G!P) [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora