Scandal | Ryujisu (G!P) [REESCREVENDO]

17.

Cheguei atrasada mas voltei! 😁

Oi gays! Tudo bom? Espero que sim! Eu prometi atualização e aqui estamos! 🙏

Sem mais delongas, fiquem com o capítulo. Tenham uma boa leitura!

#JisuMafiosa

🎭

O foco das duas garotas deixou de ser a festa que acontecia atrás daquela porta, e passou a ser a conversa profunda que estava bem mais interessante para ambas do que a própria festa. Somi já estava em sua terceira lata de cerveja, latas que trouxeram quando fizeram uma pausa para ir à cozinha.

– Digamos que meu pai era o típico homem alcoólatra que batia na mulher e filha. – Somi tragou o cigarro. – Muitas vezes ele chegava em casa tarde da noite sabe-se lá de onde, completamente bêbado e qualquer coisa que minha mãe dissesse ou fizesse era motivo para apanhar. Tinha noites que eu não conseguia dormir, porque ouvia minha mãe chorando e apanhando do meu pai e eu tinha medo de fazer alguma coisa a respeito. Ele batia nela quase todos os dias por motivo nenhum, e ela sempre andava cheia de machucados. Mas sempre sorria para mim e tentava fingir que estava tudo bem quando eu sabia que não estava. – soltou a fumaça. – Eventualmente, ele começou a bater em mim também...

A Jeon não tinha palavras para o que acabou de ouvir. – Eu lamento, deve ter sido muito difícil para você...

– Foi. Minha mãe não tinha coragem para pedir ajuda, e eu muito menos. E ela não queria. Ela achava que a culpa disso tudo era dela por não ser uma boa esposa, ou que ele iria mudar uma hora ou outra. Mas ele nunca mudou. Sei que essa situação não se equipara à sua, mas, de alguma forma, eu a compreendo, Heejin...e se precisar de ajuda, não hesite em pedir...

Heejin sorriu. – Obrigada...Mas está tudo bem com vocês agora, certo?...

– Sim, nossa vida está melhor agora. – sorriu. – A gente procurou por ajuda psicológica durante esse tempo. Eu, principalmente. Minha mãe estava preocupada comigo, achando que eu ia desenvolver algum distúrbio por causa dos abusos. Digamos que minha, ou melhor, nossa psicóloga foi colega de minha mãe no ensino médio, e acho que elas tiveram um rolo antes de minha mãe se casar com meu pai? Ainda não entendi muito bem a história delas, é demasiado complicada. Mas enfim, vai fazer dois anos que elas estão juntas e acho que eventualmente vão se casar. No fim, ganhei outra mãe e dois irmãos, e nossa vida está melhor do que nunca.

À medida que escutava a história, um sorriso foi surgindo nos lábios da Jeon. – Ainda bem. Fico feliz que tenha dado tudo certo.

– É. Joohyun é legal. Ela faz minha mãe feliz. Acho que nunca a vi sorrir tanto quanto agora... – sorriu. – Mas então e você? Espero que sua família seja mais normal que a minha. – riu.

– E é, não se preocupe. – riu também. – Somos uma família normal, tirando que minha irmã é filha fora do casamento.

– Oi!?

– Longa história.

Silêncio.

– Você sofre de alguma doença? – Somi quebrou o silêncio.

– Como?

– Sempre te vejo segurando um frasco de remédio...sabe, naquele dia quando a vi no banheiro...

– Oh, são calmantes. – tragou o cigarro que estava quase no fim. – Tenho depressão e ansiedade desde muito nova. Esses remédios ajudam a acalmar minhas crises. – expirou. – A ansiedade tenho desde muito nova por causa do ballet. O mundo do ballet é um lugar cruel. Já a depressão....A grande maioria desenvolve depressão quando são adolescentes, eu recebi o diagnóstico aos dez anos. – fez uma pausa para pôr os pensamentos em ordem. – Dois anos antes tive minha primeira experiência com a morte, e nunca mais fui a mesma desde que meu irmão faleceu.