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CAKE 🍰 CAKE 🍰 CAKE 🍰 CAKE 🍰 CAKE 🍰

ALO ALO MEU POVO 😊 Como estamos?

Ai cara eu ADOREI o Kill My Doubt inteiro e a title track é simplesmente MARAVILHOSA (não é o conceito que eu imaginava, mas a música não deixa de ser boa) e Killshot, Bet on Me e Psychic Lover são as melhores bsides. De quais músicas vocês mais gostaram? 

Enfim, sem mais demoras, deixo vocês com esse capítulo. Boa leitura!

#JisuMafiosa

🎭

Já fazia quase um minuto de silêncio naquele consultório, e Ryujin ficava mais nervosa a cada tic tac do relógio na parede e cada página virada dos apontamentos da psicóloga.

Não queria iniciar conversa. Não queria interromper a possível linha de raciocínio da bela moça que trabalhava em seu diagnóstico. Então se limitou a observar aquele consultório. Olhou para o relógio sem graça na parede, para os desenhos confusos e coloridos dos pequenos pacientes, para os bichinhos de pelúcia sentados no sofá, e para os brinquedos arrumados num canto da sala que, deduziu ela, ser para as crianças que frequentavam aquele consultório de psicologia infantil. Mesmo depois de já algumas sessões, se sentia estranha naquele ambiente, apesar de muito acolhedor. Mas confiaria nas palavras de Jisu:

Ela é amiga de minha mãe

Ela é especializada em tratar de crianças e adolescentes, mas também faz terapia com adultos

Confie em mim, ela é boa no que faz

Subiu o olhar para a médica à sua frente, que analisava os papéis na prancheta. Era muito bonita, e pela aparência muito bem conservada e apontamentos de cabelos brancos, diria ter uns quarenta e poucos anos. Usava sempre roupas simples e de cores neutras, e hoje não era exceção: envergava uma camisa abotoada preta, de mangas puxadas até acima dos cotovelos e uma calça formal cinza. Achava engraçado o facto de sempre ter consigo um pequeno ursinho de pelúcia, que hoje estava no bolsinho que tinha ao peito.

Leu mentalmente o nome no cartão que tinha pendurado ao pescoço: Bae Joohyun. Aquele nome não lhe era estranho. Mas também não conseguiu se lembrar de onde o conhecia.

Fixou os olhos na queimadura que destruía o lado esquerdo e o olho cego do rosto lindíssimo e pálido da mulher. Queimadura essa que se espalhava por mais pele exposta no seu corpo como se fossem manchas. Se perguntava como aquilo tinha acontecido, como ela conseguiu aquela cicatriz. E estava tão distraída que não se apercebeu que soltou um:

– É uma cicatriz muito feia...

A Shin imediatamente tapou a boca, sentindo a alma sair-lhe do corpo quando viu a mulher de olhos postos em si. Eu disse isso em voz alta!?, pensou.

– M-Me desculpe, doutora, eu...

– Eu sei. – concordou com um sorriso descontraído, se aproximando um pouco dela. – Devia ter visto como ficou o outro cara. – murmurou num tom brincalhão, arrancando uma pequena risada da Shin, que pareceu mais aliviada por ver que ela não era tão séria quanto parecia.

– Então...sabe me dizer o que se passa comigo? – ousou perguntar, com medo de encarar seus olhos vermelho sangue.

Ela ajeitou a armação dos óculos e se reposicionou no sofá. – Ryujin, esse...episódio sem dúvida causou danos graves ao seu psicológico. Desde o primeiro dia, percebi que se encaixa no padrão do comportamento de vítimas de abuso. Instabilidade emocional. Dificuldade em se concentrar. Evitação. Desconfiança de tudo e todos. Até mesmo sintomas físicos como tensão muscular. – em resposta ao olhar dela, ela ficou mais acanhada. Se sentia muito exposta ao ver como a mulher lia seu comportamento na perfeição, como se ela fosse um livro. – Mas eu diria que o mais evidente deles todos é o sentimento de culpa e de autoacusação. Você se sente culpada pelo que aconteceu, mesmo que evitar tal acontecimento estivesse além do seu controle, e fica ainda pior quando outras pessoas mesmo dizem que a culpa foi sua porque, por exemplo, "foi sua culpa porque você quem foi conversar com ele" ou "você que deixou acontecer". E você não é exceção. E é isso que provoca suas alucinações. Culpa. Essa assombração dessa garota na sua cabeça pode ser seu subconsciente tentando te convencer de que você fez a coisa errada. De que você não devia ter feito o que fez. E para tentar fazê-la se sentir mal, assume a forma da pessoa que matou. Me parece ser um caso de estresse pós-traumático, mas teremos que fazer mais uns testes para eu ter a certeza absoluta e podermos começar o tratamento.

Scandal | Ryujisu (G!P) [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora