29.

94 13 3
                                    

Boa leitura!

#JisuMafiosa

🎭

Ryujin matou alguém.

Prometeu para si mesma que, enquanto policial, jamais mataria alguém, mesmo que lhe fosse dito que, em último recurso, essa seria a única solução possível. A morte não era sempre a solução, e ela não queria ser mais um daqueles policiais babacas que matam e abusam do poder por tudo e por nada.

Ryujin matou alguém. Ryujin matou um ser humano! E com tanta naturalidade!

Era demasiado para processar.

Deixou cair a arma da mão trêmula enquanto, aos poucos, se apercebia do que tinha feito. Atrás dela, Chaeryeong e Yuna não conseguiam processar o que acabou de acontecer. Assim como Ryujin, estavam assustadas, olhando para o buraco de bala na testa de Yeji e muito sangue e parte de seus miolos espalhados pelo chão. De facto, foi assustador a frieza com que atirou, e nem pensou duas vezes em fazê-lo!

O que estava acontecendo com ela!? Era uma assassina agora!?

– O que eu fiz...!? – gaguejou com a respiração começando a ficar acelerada.

– O que precisava ser feito. – Jisu se pronunciou com dificuldade. – Merda. – levou a mão ensanguentada a onde tinha sido atingida.

– Está perdendo muito sangue... – Chaeryeong desesperou.

– Vamos levá-la lá para cima, ela precisa ser tratada. – Yuna falou.

– Tratada por quem, menina!? Eu só sei tratar de joelho ralado e fazer manobra de reanimação!

– É só chamar uma ambulância!

– Com um corpo no porão!? A gente acabou de cometer a porra de um crime, não acho que seja boa ideia chamar alguém cá!

Ambas ficaram em silêncio quando a respiração da Shin começou a ficar mais audível. Preocupantemente audível.

– Ryujin...!? – Chaeryeong chamou.

– Ah não... – Yuna se levantou aflita. Desde quando Ryujin tinha ataques de pânico!? – Ryujin. – chamava, segurando timidamente suas mãos para que ela parasse de se arranhar. A Shin não viu desconforto com seu toque, então a deixou fazê-lo. Sentiu o aperto e as tremuras de suas mãos frias. Estava habituada a lidar com ataques de pânico, então sabia o que fazer. – Tenha calma, está tudo bem...estou aqui para ajudá-la, sim? – se colocou estrategicamente à sua frente para que não pudesse ver o corpo de Yeji, que presumiu ter sido o gatilho, e pousou uma das mãos em suas costas para a afagar. Ela não respondeu, apenas chorava e murmurava coisas desconexas. – Olhe para mim. Vou contar até três, e você vai respirar fundo, ok? – assim que teve a confirmação, contou até três e respirou fundo junto dela. – Agora expire. – soltou o ar e ela fez o mesmo. – Outra vez. Inspire. – voltou a respirar fundo. – Expire. – soltou o ar outra vez. E foi repetindo o processo até que o ataque de pânico fosse embora. – Muito bem, muito bem. – sorriu. – Se sente melhor?

Ela assentiu secando as lágrimas, e falou finalmente. – Obrigado, Yuna...

– Uhh, não quero interromper o momento, mas temos alguém morrendo aqui! – Chaeryeong exagerou de propósito.

– Ai, caralho! – Yuna ficou desesperada.

– Merda...calma, eu sei o que fazer. – mesmo atordoada, Ryujin se viu obrigada a tomar as rédeas da situação. Tentou rasgar um pouco do próprio casaco, mas o tecido caro do terno não rasgava com facilidade. – Ok, preciso de um pedaço de pano.

Scandal | Ryujisu (G!P) [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora