𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫

𝑇ℎ𝑖𝑟𝑡𝑒𝑒𝑛

𝗘𝗦𝗧𝗘𝗙𝗔̂𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗢𝗩
Em minhas mãos, o moletom que a senhora Vargas me emprestou. Trajava um vestido preto que contornava todo o meu corpo, que tinham rendinhas delicadas no decote, e por cima uma jaqueta. Meus pés foram cobertos pelo clássico All Star preto de todos os dias, meus cabelos estavam soltos, com os cachos até que bem definidos, usava argolas pratas em minhas orelhas e apenas um brilho nos lábios.

Não queria parecer que me arrumei demais para passar um tempo com a senhora Vargas, mas também não queria parecer desarrumada. Pedi um uber e fui para a casa da mais velha.

Chegando lá, bato na porta e uma mulher de cabelos curtos platinados atende.

- Oi, boa noite. A Saray está aí? - pegunto a mulher que me recebe com um sorriso com os lábios unidos.

~ Oi, boa noite. Claro, irei chama - la para você. - ela vai até o fundo da casa, trazendo a professora.

Da última vez que vim aqui, essa mulher não estava...

~ Oi! Entra, fica a vontade. - Saray se aproxima da porta com um sorriso enorme.

Ela estava linda. Seu cabelo em um rabo de cavalo alto de costume, seus olhos bem marcados de lápis preto. Ela se apresentava com um blusão regata que ficava larga no corpo e um shorts jeans preto que quase não dava para ver, por causa da blusa cumprida.

Nos cumprimentamos com dois beijos na bochecha e ela fecha a porta.

~ Você está muito linda Fanni. - ela elogia.

- Você também, senhora Vargas. - me sentindo atrapalhada com seu elogio, o retorno para a mulher dos cabelos extensos.

~ Pode me chamar de Saray aqui. Se senta, eu vou pegar alguma coisa.

Me sento ao sofá e ela vai até a cozinha. Enquanto esperava a mesma, era difícil não reparar naqueles quadros que vi da última vez, já que a senhora Vargas é uma mulher reservada que guarda sua vida a sete chaves.

~ Bebe vinho? - ela volta com duas taças e uma garrafa de vinho.

- Sim.

~ Ah, esqueci, menor de idade não pode beber. - a mais velha diz na intenção de me provocar.

Ela adoro me provocar de todos os jeitos.

Sabendo que me deixou irritada, ela olha para mim com um sorriso sem mostrar os dentes e eu rolo os olhos para a mesma, que dá risadas leves em seguida.

- Aqui sua blusa, está limpa, eu lavei. - entrego o moletom a ela.

~ Não precisava, valeu.

- Mas e aí... - ela enche as taças. - eu não sei nada sobre a mulher que me chamou para sua casa...

~ O que você quer saber senhorita Fanni? - ela debocha.

A campainha toca nos interrompendo.

~ CASPER... CASPER... CASPER... Puta que pariu, eu tenho que fazer tudo aqui. - Saray levanta e atende a porta.

Na porta, um homem a cumprimenta com beijo na bochecha e abraço, ele segura ela pela cintura, descendo sua mão um pouco mais para baixo.

Eles conversam sobre algo que não consigo escutar, logo ela se despede do homem e uma garotinha entra em sua casa. Saray abraça e carrega a criança no colo, a senhora Vargas parece gostar muito da pequena.

~ E como foi o passeio com o papai? - Saray pergunta para a garotinha.

~ Foi legal mamãe, eu blinquei i comi muito. - a mais velha solta risadas fracas da fala da garota.