𝑺𝒆𝒗𝒆𝒏𝒕𝒚-𝑶𝒏𝒆

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ESTEFANIA POV

Assim que colocaram as algemas, nos posicionaram violentamente dentro da viatura policial, na parte traseira. Um dos policiais que pegou Estrella, não entrou na viatura, e quando o carro arrancou, Saray entrou em desespero ao ver nossa filha ferida e nas mãos de um estranho. Ela não poderia fazer nada, ele era autoridade, e sua função é ajudar a criança também, por isso a tranquilizei. Aparentemente não adiantou, pois a cigana batia histericamente nas grades que separaram os "criminosos" dos bonzinhos.

~ Cadê minha filha?! Eu quero vê-la! Traz Estrella para mim! - ela gritava e batia nas grades com a viatura em movimento, mesmo que suas mãos estivessem presas nas algemas.

~ CALA A BOCA! - um deles reponde da frente irritado.

Olho para Zulema, a mulher estava com os olhos fechados, parecia estar rezando.

- Zulema... Você tá rezando?

~ Claro que não garota. - reponde com ignorância. ~ Eu estou me controlando para não voar na sua namoradinha.

- É esposa!

~ Fodas. - árabe retruca.

~ Zulema, não foi minha culpa porra! - disse Saray

~ Ah não, foi sua burrice mesmo... Como sempre eu tendo que arrumar as merdas que você faz, Saray. Você sabe quanto custa um advogado descente?

~ Hambal tá aí pra isso... E como se você fosse certinha né? Vou polpar Estefânia de saber o meu passado com você.

- Vocês nunca brigam, vão brigar agora? - tento amenizar as coisas.

~ E você fica quietinha, nunca teve futuro, seu lugar é na cadeia mesmo. É mal educada e atrevida, mas quero ver se vai sustentar com assassinas de verdade!

Caralho Zulema.

~ Você tá maluca? Não fala assim com ela.

E em cerca de segundos, Saray avança em sua amiga. Claro que Zulema não deixou baixo assim que uma amizade de anos ficou balançada. Tento tirar a árabe de cima da cigana, mas com o carro em movimento e naquele espaço pequeno era impossível. Zahir agarrou a bochecha de Saray, fazendo uma marca de suas presas, como um animal. Vargas grita de dor ao ver que estava sangrando. Eu não pude fazer nada, só fiquei assustada.

~ Filha da puta, árabe de merda! - disse estancando o sangue com seus dedos.

~ Senhor. Senhor... Por favor! - chego da grade e tento chamar a atenção do policial que estava no banco do passageiro tomando um copo de café.

~ Seja breve. - reponde seco.

- Eu só preciso saber o que vai acontecer com a criança, ela vai ser bem cuidada?

~ Meu colega levará para um hospital.

𝑫𝒐𝒊𝒔 𝒎𝒆𝒔𝒆𝒔 𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔

ESTEFANIA POV

Sim, fomos presas por porte ilegal de armas, roubo de carro e homicídio. Nos transferiram para um presídio chamado cruz do sul, e nos colocaram na mesma cela.

Até tento olhar pelo lado bom... Estou na mesma penitenciária e cela que Vargas, não preciso trabalhar nem estudar. Ganho roupas e comida de graça, e férias! Mas a saudade que Estrella faz, é imensa.

Sobre Estrella, ela está viva e ficou um tempo grande no hospital. Felizmente ela não lembra de nada do ocorrido antes dela perder a consciência, o foda é que ela não entende a razão de sua mãe abandona-la repentinamente. Saray não quer tocar no assunto com ela, para não causar mais traumas. Agora Santiago tem a guarda de Estrella, não há nada que parta mais o coração da minha cigana do que isso.

𝗦𝗔𝗥𝗔𝗬 𝗣𝗢𝗩

As grades se abrem e vejo sentados na mesa de visitantes, Estrella e Santiago.

- Filha meu amor! - a envolvo em um abraço.

Só se passaram dois meses desde que a vi, mas ela parecia tão diferente. Parecia madura, e triste.

- Cadê aquele sorriso que eu amo? - a criança sorri fraco.

~ Filha, vai ali buscar uma água pro papai, só para eu conversar aqui com sua mãe rapidinho. - disse aquele asqueroso e Estrella faz o que ele manda nos deixando sós. Ai como eu queria que Estrella trouxesse uma água com veneno...

~ E aí Saray? Tá gostando do hotel cinco estrelas? - aquele olhar debochado dele... ~ Desde que nos casamos, sempre soube que você não manteria o seu réu primário por muito tempo.

- O que será que Estrella vai pensar quando descobrir que ela passou dois meses no hospital por causa que seu próprio pai atirou nela, heim desgraçado?

~ Será que é isso mesmo que aconteceu? Eu lembro de você atirando na Estrella e em meus homens.

- "Meus homens" viado do caralho. - resmungo.

~ O que?

- Eu sempre fiz de tudo para protege-la, por isso estou aqui.

~ Você está aí porque escolheu Estefania do que eu...

- Bem melhor né! - solto gargalhadas.

Seus olhos pegavam fogo de raiva. Não importa o que ele faça, sempre vou amar a cachinhos, não tem o que fazer.

Eu não amo Estefania com o coração, eu amo ela com toda minha alma, porque o coração uma hora para, mas a alma é para sempre.


...

Capítulo curtinho hoje, espero que gostem!

𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora