𝟯𝟮.

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Regulus

Saio dali o mais rápido possível. Não sou de bater em ninguém fisicamente mas aquele exibido do James mereceu além de ter me dado um soco teve que humilhar a Elizabeth com uma coisa sem noção alguma. O mais impressionante depois daquele soco foi ela basicamente ter me defendido.

Me sentei em um dos bancos do jardim de baixo de uma árvore olhando pra cima observando as folhas se movimentando com o vento. Senti alguém se aproximando e se sentando ao meu lado a poucos centímetros de distância fazendo o mesmo gesto que eu. Nem foi preciso ver quem era, sabia que seria ela por conta de seu perfume.

- Belo soco. - ela disse sem me olhar.

- Foi seu irmão quem eu soquei. - disse curto sem olhar ela.

- Eu sei. - ela disse ainda olhando pra cima.

Parecia despreocupada que eu havia dado um soco no seu IRMÃO, o motivo do meu choque foi porque qualquer motivo ela brigava comigo e isso foi o ápice dos motivos que ela poderia brigar comigo. Suponho que ela deveria ter gostado mais que eu quando bati no seu irmão.

- Você deveria me dar outro soco e não elogiar o meu. - disse pondo os olhos nela ali com a cabeça jogada na parte de trás do banco.

- Eu sei. - ela disse finalmente me olhando. - Mas ele mereceu. - concluiu franzindo o nariz e voltou a olhar pra cima.

- Estamos ferrados. - sua voz estava preguiçosa pra não expressar preocupação.

Passou alguns segundos sem nós falarmos nada. Ela apenas olhando aquelas folhas balançando e eu olhando seu rosto.

- Tô esperando você falar que EU tô ferrada. - disse me olhando de canto de olho. Dei um riso nasal lembrando que ela tinha lembrado do nosso incidente com a instante de troféus e eu havia falado isso.

- Dessa vez nós estamos. - disse voltando meu olhar para cima com um sorriso fraco.

- Se isso chegar aos ouvidos da minha mãe aposto que ela atravessará toda Londres pra me dar mais um soco pra combinar com o outro. - ela deu um sorriso pequeno depois da minha fala. Mas não era mentira, nunca duvide de Walburga Black, eu aprendi isso ao logo dos anos.

- Se serve de consolo eu vou ganhar um sermão do meu pai, da minha mãe e fora vou ter que lidar com James. - ela disse colocando as mãos dentro do casaco por conta do frio.

- Só queria saber quem espalhou isso. - ela disse se endireitando no banco ohando para um ponto fixo.

- Não deveria se preocupar com isso. - Não queria meter ela nisso. Era assunto da minha gente se posso chamar assim. Bartolomeu só fez isso por uma coisa e eu sei qual foi.

- Não devo? Espalharam por aí que eu dormir com você. Como não devo me preocupar com isso? - ela disse me olhando séria. Como pode ser tão teimosa?

- Não é sua reputação que vai ser manchada. - me levanto pronto pra ir embora pra encerrar logo aquele assunto antes dela disparar um monte de palavras pra dizer que está certa e que ela deve fazer isso.

- Você é um egoísta. - ela disse se levantando que fez virar para olhar ela. Não sei o que essa garota tem mas não consigo terminar um assunto na qual queria encerrar o mais rápido possível.

- Egoísta, certo. - chego mais perto dela ficando a sua frente, dava de notar seu peito subindo e descendo, seus fiapos rebeldes de cabelo se movimentando ao alinhar do seu rosto.

- Toda sua arrogância e presunção, todo seu desdém egoísta pela vida dos outros me fizeram compreender que você é última pessoa na face da terra a se importa com alguém além de seu bom senso. - ela disse com o queixo erguido na direção do meu rosto.

- Esperava eu me importasse com você? - disse curvando mais meu rosto para encará-la já que nossos tamanhos de altura eram bem diferentes. Seus lábios cerrados e seus olhos me olhando cheios de raiva sem quebrar o contato visual.

- Não achei. Não espero de alguém que só se importa com sigo mesmo e sua grande reputação. - repreendeu ela. Essa garota me tirava do sério rapidamente.

- Não sou o único aqui com medo de estragar minha reputação. - falei com meus lábios apertados e meus olhos reparando em cada detalhe de sua expressão.

- Não tenho uma reputação a zelar. - o vento batia fazendo os fios de cabelo castanho cruzar pelo seu rosto repleto de ira.

- Finje que está tudo bem, colocam o peso do mundo em seus ombros e você tem medo de falhar. Vive na sua para as pessoas não se aproximarem e quando se aproximam vocês as afasta. Se afoga nos livros porque odeia a realidade. Você gosta de livros na mesma intensidade que odeia pessoas. E gosta de estar nessa caixinha onde você própria se titulou e quando saí dos trilhos você surta porque no final ama ser vista assim. Você é a garota exemplar que tem medo de se arriscar.

Terminei olhando ela com sua boca meia aberta e seus olhos dançavam em torno do meu rosto. Era nítido que eu havia deixado ela sem palavras.

Eu a deixei sem palavras. Pisquei lentamente observando cada movimento dela. Ela não recuou. Ela continuou com os olhos um pouco levantados e seu queixo erguido olhando prós meus.

- Você não me conhece.

Dei um sorriso de canto e a olhei, havia deixado ela realmente sem palavras.

- Não preciso te conhecer pra prestar atenção nos detalhes de sua insignificante vida. - perto do banco de baixo daquela árvore eu e Elizabeth Potter estávamos brigando, não era novidade.

Qualquer um se feria com essas palavras mas nós dois brigamos jogando o dicionário na cara um do outro, humilhando um a outro. Todas nossas brigas foram assim. Mas essa briga eu ganhei Elizabeth Potter. Eu posso me gabar assim que outra briga surgir entre nós.

- Você e eu temos grandes reputações. - me inclinei me aproximando mais fazendo ela chegar mais pra trás com a proximidade de meu rosto ao seu. Deixe-a ali dando as costas caminhando com as mãos no bolsos com com a expressão séria.

Esses dois só brigam, parece eu quando gosto de alguém. Espero que tenham gostado.

E eu já publiquei o Imagines do Timothée com as músicas da Taylor então vão lá ver :)

Dandelions ⋅ 𝒓𝒆𝒈𝒖𝒍𝒖𝒔 𝒃𝒍𝒂𝒄𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora