Capítulo 9

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Harley narrando...

Saí da loja de tatuagens sentido ardência no local e dor onde foi posto o piercing.  Mas nada demais. Estava a despedir-me da Lia, quando a alguns metros, não muito distante do bar. Estava uma rapariga magra, de cabelos escuros sendo agarrada de forma agressiva por um homem bêbado.  Num instinto eu fui até lá e a defendi do homem com péssimo aspecto. Com certeza queria se aproveitar dela. É um homem alto, usava um gorro e um casaco para o frio. Ruivo e barbudo. Ele se parece com um segurança de bares e assim.

Atingi um soco no estômago do homem o afastando da rapariga e o fazendo cambalear no mesmo instante. 

***: tu achas que és o quê,  para vir brigar comigo? - ele gargalhou ainda tentando se recompor. 

Harley: afaste-se! - digo para o homem a minha frente. 

Enquanto passo a rapariga que está agora assustada atrás de mim. O homem tira um canivete do bolso e se aproxima com um sorriso no rosto. Me afastei calculando a melhor maneira de arrancar o canivete dele, enquanto ele continuava a caminhar na minha direção. Ele estica a mão para tentar me atingir e eu me afasto com um salto para trás.  Ele volta a fazer o mesmo movimento mas consigo agarrar a mão dele, prendendo-a no meu braço e retirei o canivete o atirando para qualquer lugar. A seguir chutei a barriga dele e sem o deixar revidar soquei o rosto dele o fazendo cair ao chão. Só aí os guardas do bar apareceram para tirar o homem ruivo e bêbado daí.

Me virei para a rapariga que parecia estar assustada. 

Harley: estás bem? - pergunto para ela.

Ela apenas acena freneticamente e aperta mais a mala branca que por sinal é muito cara, no seu corpo. Olho para o lado onde estava o homem, e agora dois polícias o levam.  Fecho os olhos e respiro fundo agora, mais tranquila.

***: obrigada por me salvar. Eu não sei o que teria feito se...

Ela ainda estava assustada. Estava claro que ela não pertencia a um lugar como esse.

Harley: não tem de quê. Posso te ajudar em mais alguma coisa? - pergunto me aproximando mais dela.

***: não, eu estou bem. Obrigada. Bom... eu sou a Sophie. - ela estende a mão sorrindo. 

Harley: eu sou a Harley. - estendo a mão apertando a dela em cumprimento. - desculpa, mas o que lhe traz aqui num bairro como esse? Sem querer ofender, mas me parece que não mora aqui.

Sophie: e tem toda a razão. O meu irmão teve uma briga feia com o meu pai, e por isso, passei o dia todo tentando encontra-lo. Até me lembrar do GPS no carro e no telefone dele. - ela explica com uma expressão de tédio. 

Harley: entendi. Mas então? Já entraste para o ver aí? - pergunto preocupada com ela.

Sophie: eu ia fazer isso, mas aquele bandido de meia tigela me atacou. - disse ela com um tom irritante. - eu consigo mesmo falar muito né? - ela sorriu sem graça e eu a acompanhei.

Eu ia dizer algo quando ouço uma voz arrastada atrás de mim. Ethan. Só pode ser ele.

Ethan: Sophie? O que fazes aqui? - me virei e nesse instante ficámos parados a olhar um para o outro. - Harley?

Ele estava completamente bêbado, e vinha acompanhado de um homem de terno preto.

Sophie: que situação, Ethan. O pai está uma fera! - ela disse em desaprovação.

Ethan: o que tu fazes aqui,  Harley? - diz ignorando a irmã. 

Harley: eu...

Sophie: vocês se conhecem? - olhou para nós confusa.

Fera FeridaOnde histórias criam vida. Descubra agora