XXXII

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Oia quem ta aqui, soltem aquela estrelinha ai pra mim uai!

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O clima dentro daquele escritório não era dos melhores, Fábio era um homem justo, pensava em sua família e queria o bem de seus filhos mas a cima de tudo era um ser humano, e pensava que além dos quereres de sua filha caçula existia um garoto inocente e uma mãe que não poderia ficar sem o seu filho.

— Gizelly, as coisas não se resolvem assim! - Fábio falou

— E como se resolvem? - Gizelly se levantou no susto - Ela me escondeu algo sério pai, UM FILHO, O MEU FILHO!

— Eu sei, e entendo a sua dor, mas não precisamos e nem vamos ser extremos... - Fábio estava calmo - Você quer tirar um filho de uma mãe, e isso não é certo, Gizelly você nunca quis ter filhos, você só quer fazer com que essa moça sofra, não está pensando em nada, apenas em si própria!

— Pai, você não está me entendendo... - Gizelly soltou um riso fraco - Eu tenho um filho, não foi uma escolha, eu tenho um fruto, e eu quero poder recuperar tudo que perdi, eu não vi o nascimento dele, não o vi dando os primeiros passinhos, não escutei suas primeiras palavras, não achei seu primeiro dentinho, não estive no aninho dele, e tinha outra pessoa fazendo isso no meu lugar, será que eu não tenho o direito de tentar recuperar isso?!

Fábio passou as mãos pelos cabelos grisalhos e respirou fundo, Gizelly estava magoada pela mentira e cega por ela, queria fazer algo pelo calor da emoção e aquilo não era certo.

— Eu te entendo filha, não tiro sua razão de está chateada mas você pensou na mãe do seu filho ou ao menos está pensando nele? - Fábio indagou - Ou na Marcela, você tem uma esposa que sempre quis um filho e faz de tudo para tentar isso e você nunca quis, e aparentemente do nada você vai chegar e jogar uma bomba no colo dela dessa forma?! Isso não me parece justo Gizelly, você não está pensando, então para e tenta colocar sua cabeça no lugar antes de tomar qualquer decisão, você tem os seus direitos desde que eles não passem por cima da mãe do seu filho e muito menos dos sentimentos dele que é apenas um inocente no meio de toda essa história!

Gizelly se serviu uma dose generosa de uísque e tomou em um único gole, o líquido desceu queimando por sua garganta, colocou o copo de volta no lugar e se aproximou de seu pai.

Com ou sem a sua ajuda, vou ter a guarda do meu filho!

Foi a única coisa que a médica falou antes de sair do escritório de Fábio, batendo a porta com força.

...

Rafaella estava fazendo carícias nos cabelos castanhos de Nicolas enquanto o pequeno assistia algum desenho que se passava na tv, ou ao menos a loira pensava que ele estava assistindo.

— Você está tão concentrada que nem notou que ele dormiu! - A voz de Carol se fez presente no quarto

A loira olhou para a porta e viu sua irmã encostada na mesma de braços cruzados, Rafaella se mexeu com calma na cama e viu que Nicolas realmente havia adormecido sob suas carícias.

— Ele estava elétrico quando cheguei, mais tarde acordo ele... - Rafaella se levantou com calma - Não deveria está na agência?

— Deveria mas eu tenho uma fada que me contou que aconteceu algo na sua clínica... - Carol respondeu - O que houve Rafaella?

Rafaella ajustou a velocidade do ar-condicionado e cobriu Nicolas com o edredom, deixou um beijo casto na testa do garoto e colocou a babá eletrônica do lado da cama, saiu do quarto com calma, seguindo para a sala com sua irmã.

NORONHA | GIRAFA - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora