XXXV

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Chorem não, estou aqui trazendo outro mimo...

Soltem aquela estrelinha ai pra mim uai!

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Todos estavam incrédulos naquela sala, Gizelly estava sendo desligada do hospital em que trabalhava pela própria mãe, aquilo beirava o ridículo para quem sabia da história verdadeira.

— O que? - Gizelly sorriu sem humor

— Isso mesmo, aqui estão os papéis basta que você assine. - Mariana colocou um documento sobre a mesa

Gizelly deixou sua expressão cair naquele momento, era como ouvir uma piada e aos poucos ela ia se tornando real, estava sendo tirada de seu próprio trabalho onde dava a vida todos os dias por seus pacientes, tirada brutalmente.

— Mariana... - Marcela tentou levantar

Gizelly segurou no braço da loira e impediu que ela falasse ou se movesse, não queria e nem deveria deixar Marcela intervir por si, não mais.

— Não pode fazer isso! - Gizelly enfim falou

— Não só posso, como já fiz e está feito... - Mariana rebateu - Assine!

Os médicos que estavam ali presente ainda estava sem acreditar naquela situação, Mariana era capaz de tirar qualquer um deles por causa da filha mas naquele momento estava fazendo o contrário de seus princípios.

Gizelly pegou a caneta e puxou o documento para próximo de si, era como se seu coração estivesse se rasgando ali, não imaginava que sua mãe fosse capaz de fazer aquilo mas pelo visto estava totalmente enganada.

A rubrica bem feita de Gizelly preencheu o espaço da assinatura e só assim seus parceiros de trabalho entenderam que o que estava acontecendo ali era real.

— Gigi... - Manoela falou com a voz quase embargada

Gizelly se levantou de seu lugar e tirou o jaleco que usava jogando sobre a mesa.

— O jaleco do seu hospital, não irei precisar mais... - Gizelly falou - Dona Mariana!

A mulher apenas olhava sua filha com uma expressão séria no rosto, era inimaginável o que se passava na cabeça de Mariana naquele momento.

Honrem o juramento! - Gizelly falou antes de sair da sala

Gizelly passou em sua sala e pegou apenas seus pertences pessoais, deixando tudo que não fosse seu ali, não queria Mariana em sua porta lhe cobrando algo que levou.

A cirurgiã saiu do hospital diretamente para o estacionamento, assim que entrou socou o volante com força e deixou suas lágrimas rolarem com ódio, não era mais sobre seu divórcio, sua mãe mexeu em algo que escolheu quando criança, tocou em seu sonho, Mariana tirou algo importante de Gizelly por puro capricho próprio.

Após alguns minutos tentando se acalmar Gizelly deu partida e saiu dali, queria apenas dirigir e extravasar em um lugar qualquer, nada mais.

...

Mariana adentrou os portões de sua mansão no horário do almoço, a mulher estava com a mente imersa em pensamentos profundos, no fundo só queria que Gizelly seguisse uma linha, sua própria linha.

A mulher desceu do carro e deu bom dia dia para o jardineiro que estava ali, sempre simpática apesar dos pesares.

Entrou no hall da casa e seguiu para a sala, jogou a bolsa no sofá e andou até próximo as garrafas de bebidas se servindo uísque puro que queimou em seu estômago vazio.

NORONHA | GIRAFA - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora