LXXX

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Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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O clima tenso na sala dava para sentir até para os pacientes que estavam na sala de espera da área pública do hospital.

— Carlos... - Gizelly levantou-se, chegou a dar um riso curto - O que faz você pensar que eu vou aceitar isso?

— E porquê você não aceitaria? - O homem indagou

— Dois motivos... - Gizelly fez o sinal com os dedos - Primeiro, você só está fazendo isso para de certa forma punir a Mariana pela forma histérica que ela anda agindo, não conosco mas com você! Segundo, acima do cargo de diretor geral do hospital só está você, e consequentemente você iria mandar em mim, então vovô... Isso não vai acontecer.

Era impressionante a forma como Gizelly conseguia deixar seu avô sem palavras e mais impressionante ainda era a forma que ela ligava os pontos e acertava sempre qual era o verdadeiro intuito das intenções de seu avô.

— Gizelly, você está errada! - Carlos se recompôs - Você é a única dentro desse hospital que leva o nome da nossa família, nada mais justo que seja você a ser a nova diretora!

— Tecnicamente falando, Giovanna viria primeiro pois ela é a mais velha... - Gizelly arqueou a sobrancelha - Não é?

— A Giovanna não é médica. - Carlos coçou a testa

— Além de arquitetura ela fez gestão, então está muito bem capacitada para exercer o cargo! - Gizelly rebateu

— O cargo é seu! - Carlos se debruçou sobre a mesa

— Eu renuncio ao cargo! - Gizelly fez o mesmo gesto - E se você não quiser aceitar isso, ótimo, minha demissão estará sobre a sua mesa.

Giovanna quem era a envolvida na discussão estava apenas calada ouvindo tudo, esperando o momento certo de falar.

O silêncio era tórrido entre os dois que estavam naquela discussão, mas a batalha que estavam travando era gritante.

— Você quer colocar alguém que nem se quer deseja está no meu lugar, que coisa patética! - Mariana falou

— Mariana, cale-se! - Carlos mandou

— Você ainda estaria no cargo se não fosse uma maluca psicótica! - Gabriel disparou, sempre na defesa pela irmã caçula

— Me respeite, eu sou sua mãe, Gabriel! - Mariana vociferou

— Respeito a gente conquista, não se impõe à ninguém, muito menos aos próprios filhos! - Gabriel falou, sem se exaltar

— Está vendo? - Mariana se voltou na direção de Fábio - Eles me ofendem, me tratam como se eu fosse uma qualquer e você não faz nada!

— Se você fosse uma boa mãe, talvez tudo seria diferente, não é? - Fábio falou

Carlos andou pela sala como se tivesse colocando seus pensamentos em ordem.

Gizelly seguiu até o frigobar e pegou duas garrafinhas de água, colocou uma na frente de Rafaella e entregou outra para Giovanna, apesar das duas não terem dito nada, eram as que estavam mais nervosas de certa forma.

— Tudo bem? - Gizelly se abaixou e perguntou num sussurro

— Tudo, não se preocupe! - Rafaella fez um carinho no rosto da cirurgiã

NORONHA | GIRAFA - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora