XXXIII

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Oia quem está aqui para mimar vocês, sentiram saudades, espero que sim!

Então vocês gostariam de ver a Rafaella como vilã em uma fic, né?

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O clima naquela sala nunca esteve tão tenso como estava naquele momento, eram turbilhões de emoções e nenhuma delas pareciam ser boas.

— Então... - Marcela indagou - O que você quer falar?

Gizelly respirou fundo e tentou achar as palavras certas para aquele momento, mas elas não existiam, não existia nenhuma palavra certa para se contar que havia traído e tinha um filho fora do casamento.

— Eu... Na verdade... - Gizelly sentia seu coração parar e acelerar rápido - Não sei por onde começar...

— Seria mais fácil se você começasse pelo começo! - Marcela estava impaciente

— Claro...

Gizelly deu um riso fraco e se sentou ao lado de Marcela, segurando nas mãos da loira que agora já estava muito mais impaciente.

— Fala Gizelly! - Marcela pressionou

— Eu fiz uma viagem pra Noronha com o Gabriel, antes do nosso casamento, lembra? - Gizelly perguntou

— Lembro, tivemos um desentendimento por isso... - Marcela respondeu - O que tem?

A cirurgiã sentia seu coração disparar no peito, estava a um passo de destruir seu casamento e a pessoa que lhe amava, mas não poderia e nem devia adiar aquilo, seria muito pior.

— Nessa viagem eu conheci uma pessoa... Uma mulher... - Gizelly engoliu seco - Nós nos esbarramos no luau a noite, e no outro dia na praia também, bom, acabou que tomamos um vinho e...

— E o que?! - Marcela desfez o contato de suas mãos

— Acabou que nós ficamos, ficamos enquanto eu estava em Noronha!

Gizelly disparou e foi como se facas afiadas cortassem Marcela por dentro e lhe destruísse de todas as formas possíveis, o chão se abriu diante de seus pés e estava engolindo a loira.

— Você me traiu...

Marcela baixou os olhos e soltou um riso sem humor, seus olhos estavam sem cor, sem vida, absolutamente nada fazia sentido naquele momento.

— Sim... - Gizelly afirmou com pesar - E acabou que não usamos proteção, ela tomou o remédio mas não adiantou nada, eu tenho um filho, Marcela.

A loira levantou seus olhos para se fixar nos de Gizelly, queria olha-la, encarar aqueles olhos castanhos para que ela lhe afirmasse aquilo.

— O que... - Marcela negou com a cabeça e soltou uma risada, estava em estado de negação - Você tem um filho?

— Tenho! - Gizelly afirmou e baixou os olhos

— Olha pra mim! - Marcela a segurou pela camisa - Olha na porra da minha cara e fala, FALA!

Eu tenho um filho! - Gizelly falou a olhando nos olhos

Era como se fosse um soco no estômago, Marcela a soltou vagamente e deixou que a realidade das palavras que acabara de ouvir tomasse conta de seu eu, deixou que aquela dor da traição tomasse conta de seu corpo.

— Eu não sabia Marcela, eu... - Gizelly engoliu seco - Eu vacilei, mas a gente...

— A gente?! - Marcela se levantou - Não existe a gente Gizelly, nunca existiu a gente nesse casamento, foi apenas eu, EU, eu e as minhas vontades de fazer dar certo, eu te amando sempre e aceitando tudo que você fazia, suas viagens, suas noitadas, seus caprichos, me submetendo a tão pouco e sendo traída por você sabe Deus desde quando!

NORONHA | GIRAFA - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora