LXVIII

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Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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O caminho até a capela onde seria o velório de Leonardo foi em completo silêncio, tórrido e melancólico.

A manhã daquela quarta feira que já estava melancólica se fechou completamente e começou a chover.

Gizelly seguia junto com Rafaella em seu carro, Fernanda se encarregou de levar Dona Fátima e os dois enfermeiros, Giovanna junto de Gabriel e Carol. Os outros pegaram o endereço e também já estavam a caminho.

Após alguns minutos todos chegaram juntos, Fábio já estava no local como era de se esperar, Aiane, Manoela e Vinícius também estavam, fora outros três enfermeiros do hospital que fizeram plantão e conheceram a doce Dona Fátima.

Todos desceram dos carros, exceto Gizelly e Rafaella que demoraram um pouco.

— Você está bem? - Rafaella perguntou

— Sim... - Gizelly suspirou, e pegou um par de óculos escuro - Vamos?

Rafaella se virou pro banco de trás e pegou sua bolsa, tirou um óculos escuros e também colocou no rosto.

Vamos! - A loira respondeu

As duas desceram do carro de mãos dadas e seguiram até a capela, a fina chuva ainda caía.

Um choro baixo já era ouvido, era doloroso passar pela perda de alguém, ninguém nunca estaria preparado para aquilo e por mais que fosse esperado ou não, era doído da mesma maneira.

A equipe médica do hospital que estava ali se deixou chorar a dor daquela senhora que parecia que já tinha sofrido as dores da vida o suficiente e aquela era mais uma pela qual ela iria passar.

Dona Fátima se aproximou do caixão qual Leonardo estava e com as mãos tremendo tocou o rosto de seu sobrinho, estava pálido e gelado, como se estivesse em um sono profundo e calmo. Leonardo usava uma roupa branca que foi colocada pela equipe médica do IML.

— Meu menino...

O choro baixo e sôfrego da única família que o rapaz tinha, começou a se fazer presente.

Rafaella se aproximou de Dona Fátima e a abraçou pelos ombros, e assim ficou, por longos minutos.

— Estamos com a senhora! - A loira sussurrou

Aos poucos todos se aproximaram para prestar suas condolências, era um momento de dor então seria feito aos poucos, e assim Rafaella se afastou para que todos pudessem fazer o que queriam.

Fábio cumprimentou todos e deu suas condolências para Dona Fátima que o agradeceu por tudo que fez, o advogado apenas assentiu e se afastou.

— Filha! - Fábio suspirou, aparentemente cansado

— Pai! - Gizelly o abraçou - E o Carlos?

— Eu cancelei a reunião, sua mãe quis saber os vários motivos para isso e enfim... Tive que falar pra ela o porquê, desculpe! - Fábio falou, cansado, aparentemente cansado

— Tudo bem, não se preocupe! - Gizelly disse por fim

O assunto fez-se por fim e não falaram mais sobre o assunto, talvez fosse melhor assim.

— Oi...

Manoela se aproximou, a baixinha estava de braços cruzados e sem nenhuma maquiagem no rosto.

— Plantão? - Gizelly indagou e deixou um beijo casto na testa da menor

— Sim. - Manoela respondeu - Eu vim direto do hospital, fiquei sabendo ontem pela Aiane, eu sinto muito pela perda dela!

NORONHA | GIRAFA - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora