LXVII

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Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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O corpo de Leonardo estava sendo preparado no IML como era de praxe, Fábio acompanhava tudo de perto para que não tivesse maiores surpresas futuramente.

Dona Fátima desejou sair do hospital para ir ao velório e enterro de seu único sobrinho e família que tinha, apesar de seu estado não ser adequado para ter fortes emoções, ninguém poderia lhe tirar aquele último desejo.

Gizelly pediu que Rafaella ficasse no hospital junto com Dona Fátima após assinar seu pedido de alta. E seguiu para o IML junto com seu pai, também queria acompanhar tudo de perto, o local do velório e o cemitério já estava tudo certo com os horários, Gizelly pagou e acertou como deveria ser.

A madrugada foi longa mas logo o sol nasceu, não tão brilhante como todos os outros dias mas ainda sim, iluminando aquela manhã mórbida de quarta feira.

...

Na casa de Giovanna quase todos estavam reunidos para tentar dar algum conforto para Dona Fátima que havia sido liberada do hospital sob a custódia de Fernanda.

— Será que ela vai demorar? - Rafaella perguntou ao olhar as horas no celular - São quase 7h...

— Logo ela chega. - Giovanna se levantou do sofá e se aproximou da loira, segurando suas mãos - Calma!

Era impressionante a forma que Giovanna tratava Rafaella, como se fosse de sua família, como se há anos conhecesse a loira.

As horas se passavam lentas, aquela manhã estava triste como há dias não amanhecia.

Carol estava sentada ao lado de Gabriel, ambos com duas canecas de café nas mãos. Nicolas estava dormindo no quarto de Camila, o pequeno não fazia idéia do que se passava ao seu redor.

— E a Dona Fátima?

Rafaella perguntou ao ver Fernanda entrando na sala, a médica estava ali para dar todo suporte necessário assim como dois enfermeiros do hospital estavam de plantão. Os rapazes haviam tido apego na senhora tão simpática que estava ali há poucos dias.

— Dormindo, o calmante não foi tão necessário assim, os enfermeiros estão com ela. - Fernanda respondeu, estava exausta - Os médicos que não tiverem plantão hoje irão ao velório e enterro... Dona Fátima conquistou o coração de uma boa parte deles no hospital!

As palavras de Fernanda era um conforto para Rafaella, Dona Fátima era uma boa pessoa e não iria está sozinha naquele momento tão doloroso.

— Vou pedir que façam mais café, o dia será longo hoje... - Giovanna se levantou - Fiquem a vontade, tem quarto para todos que quiserem dormir!

A mais velha saiu da sala e voltou após alguns minutos, logo a governanta que trabalhava para Giovanna há anos entrou na sala seguida da empregada, trazendo um café bem reforçado para todos que iriam precisar.

Rafaella secou a caneca de café e deixou sob a mesa, estava inquieta, preocupada e aflita. A loira começou a andar pela sala de braços cruzados, olhava seu celular de minuto a minuto, sentia algo muito além do que tristeza pela perda de Dona Fátima.

— Hey? - Carol se aproximou - Tudo bem?

— Ela ainda não chegou... - Rafaella falou, deixando sua preocupação transparecer

NORONHA | GIRAFA - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora