Estudando as pétalas do amor

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Enquanto isso, na aula de História de Aleph, os estudantes entram na sala, eles vêem apenas um poleiro ao lado da mesa e um jovem aparentando seus trinta anos, sentado do lado oposto ao poleiro. Os alunos, estranham por não verem o coruja. Por isso perguntam ao indivíduo:

_ Quem é o senhor? Em nossa planilha diz que o Gutu Índigo seria o professor de História.

_ Eu me chamo Gustav. Estou aqui apenas como assistente do Sr. Índigo. Ele deve estar para chegar. Tinha-me dito que caçaria alguns ratos, depois viria. Eu irei apenas fazer anotações por ele.

Após alguns segundos de espera, o coruja entra pela janela, pousando no tronco seco. Ele terminava de engolir um rato, com apenas o rabo de fora.

_ Não estranhem em ver um Gutu coruja lecionando para vocês, alunos da Terra. Esse é sistema adotado apenas recentemente._ fala Índigo.

_ Ontem._ corrige Jamil.

_ Hum! Vejo que temos um discípulo de Syagrus em minha classe.

_ Discípulo de… O quê? Não entendi._ Jamil fez cara de bobo.

_ Esquece! Vamos ao que interessa. Primeiramente, quero que levantem a mão aqueles que ainda não tiveram a experiência de atravessar um dos portais de convergência.

Apenas uns poucos garotos levantam as mãos, quase em sua maioria da Terra.

_ Muito bem. Hoje vocês começarão a praticar. Nada mais apropriado que aprender sobre a História de Apeph que indo pessoalmente ao próprio planeta. Não concordam?

Todos os alunos balançam a cabeça energicamente, externando um SIM.

_ Gostaria que a turma se retirasse e fosse ordeiramente e em silêncio ao pátio da ala central. Nele, como já devem saber, há uma velha nogueira. É por ela que iremos atravessar. Alguns Gutus irão nos acompanhar, para facilitar a locomoção em Aleph.

A turma segue as instruções do professor, que passa sobrevoando por eles, após a sala ficar esvaziada. Gustav veio logo depois.

Amih, Oby, Prunus e mais uns quinze Gutus esperavam por eles, em torno da árvore. Em breves minutos, a classe inteira se encontrava em um vale muito verdejante e profundo, com um filete d'água serpenteando por ele.

_ Em que lugar de Aleph estamos exatamente?_ pergunta Jamil.

_ Em Kayolius._ diz o coruja.

_ Legal! E onde fica o castelo real?_ interroga um dos alunos da Terra.

Índigo põe-se a explicar.

_ Ele não existe mais. Após esses milhões de anos, o castelo foi reconstruído e reformado inúmeras vezes. Na verdade, o planeta inteiro passou por reconfiguração geológica, semelhante ao que ocorreu na Terra. Todos os planetas passaram por transformações, exceto Alaranil, por não possuir continentes fixos. Aqui em Aleph, o norte deixou de ter montanhas, passando a ser uma planície muito extensa. A Península de Jugend desgrudou-se do continente, virando a maior ilha do planeta. Os penhascos onde antes ficava a Dhea e o zigurate de Caliandro, agora é o ponto mais alto de Aleph, pois formaram a maior cadeia de montanhas do mundo. Atualmente, Caliandro reina o extremo sul, onde antes ficava Irundy. O castelo real de Kayolius fica no extremo norte, no mesmo lugar onde Livyo e os outros membros do clã dos Calibs despertou; o mesmo lugar onde Calíodo e Azraq morreram. Em virtude do sumiço de Emir e seu filho, Dahab, o governo passou para as mãos de Padma, que tornou-se a primeira regente de Aleph. Ela, juntamente com as cinco filhas e os maridos delas, transformaram a face do planeta em um jardim florido, como podem ver.

A Noz DouradaOnde histórias criam vida. Descubra agora