A Academia de Ehtra

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A casa do rei


Kayolius fora construída sob os fundamentos da fraternidade que unia aqueles cinco Calibs. Nada mais apropriado que o símbolo de sua aliança fosse o forte bisão aleph, que lhes servia de montaria; de seu pêlo eram feitas suas vestes; o leite nutritivo das fêmeas alimentavam seu forte povo; e do chifre faziam a célebre corneta de prata dos Calibs, que podia ser ouvida a quilômetros. Portanto, sua insígnia estava muito bem representada por um losango simulando a cabeça do touro, e cinco estrelas em volta.

Nos primeiros anos de Kayolius, as casas foram construídas de pedra, o que estranhou os membros pertencentes à raça dos Castiros, pois estavam acostumados a construir suas casas com palha. Mas certo dia, enquanto estavam reunidos em volta do marco que os cinco homens haviam erguido, apareceram Yo e Higgs. Este lhes instruiu como produzir tijolo, com o qual podiam construir suas instalações. Noka, Jocalis e Sídero foram seus insaciáveis aprendizes, absorvendo e ampliando as instruções básicas que recebiam de Higgs, que por sua vez transmitiam o conhecimento aos seus filhos. Mas ninguém assimilava melhor que Akademus, filho adotivo de Noka. Estes três homens foram as mentes propulsoras do progresso tecnológico de Kayolius, que aumentava exponencialmente, à medida que se ramificava, alcançando o conhecimento de outras áreas e proporcinando o enriquecimento e aprimoramento de suas técnicas e métodos. Ao final de cinco anos eles já tinham casas charmosas e confortáveis que uniam a resistência do tijolo com a maleabilidade da madeira e da palha; além de ruas pavimentadas, canais que distribuiam água por toda a cidadela, transportes movidos por animais de carga, ferramentas de trabalho e iluminação artificial, através da gordura de um grande peixe encontrado nos lagos do sul.

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